CEMRI - Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais
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Browsing CEMRI - Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais by Sustainable Development Goals (SDG) "11:Cidades e Comunidades Sustentáveis"
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- Desafios interculturais e educacionais para um turismo sustentávelPublication . Araújo, Domira Fernandes; Ramos, Maria da Conceição PereiraEste artigo pretende fazer uma reflexão sobre os desafios interculturais e educacionais para um turismo sustentável, que favoreçam a integração de práticas educativas inclusivas. O intercultural implica relação, diálogo e comunicação entre as dife rentes culturas, através dos indivíduos e grupos, na qual se encontram e interagem indivíduos, grupos e instituições originários de universos diferentes. Implica uma troca entre as diversas áreas do conhecimento, cujos olhares interdisciplinares sejam capazes de levar as organizações a desenvolverem propostas de educação voltadas para a inclusão, buscando interagir conceitos de interculturalidade, educação intercultural e turismo sustentável. Porém há uma lacuna de produções que visam explicitar a relação entre educação e turismo sustentável, elemento motivador deste estudo, realizando pesquisa bibliográfica nas bibliotecas da Fundação Visconde de Cairu e da Universidade do Porto. É importante o diálogo dessas relações, numa perspectiva de interdisciplinaridade e de sustentabilidade, fazendo com que a atividade turística seja geradora de efeitos positivos sobre as populações e economias locais, a proteção do ambiente, a preservação da cultura e tradição e a utilização racional de recursos naturais. Estas reflexões teóricas sinalizam para a necessidade de comunicação entre as diferentes culturas, em especial na educação e no turismo, com ênfase na interculturalidade, à luz da revisão da literatura sobre o assunto, na perspectiva de uma sociedade mais igualitária e sustentável.
- Famílias migrantes nas cidades interculturais: acolhimento, solidariedade e saúdePublication . Ramos, NatáliaAs questões das migrações são da maior relevância e atualidade na sociedade contemporânea globalizada e nos diversos setores, nomeadamente no âmbito individual, psicossocial, intercultural, científico e político. Os percursos migratórios em relação ao passado são hoje mais diversificados, complexos, feminizados, qualificados, internacionalizados e individualizados, atingindo todos os continentes, países, géneros, classes sociais e gerações e implicando os vários domínios da vida pública e da vida privada, nomeadamente da família. Investigações e organismos internacionais e nacionais assinalam os desafios e oportunidades colocados pelos fluxos migratórios ao nível da multi/interculturalidade das sociedades e dos contatos interculturais, das políticas respeitantes ao acolhimento, integração social, solidariedade e saúde das famílias oriundas de diferentes universos culturais, bem como no âmbito da comunicação intercultural e da gestão dos contactos e espaços interculturais nas cidades, sendo estas caraterizadas por uma crescente pluralidade e diversidade étnico/cultural. A mobilidade familiar e a feminização das migrações promovem oportunidades para a família e para a mulher ao nível identitário, social, educacional e económico implicando, igualmente riscos e vulnerabilidades, nomeadamente de saúde e familiares, particularmente para as mães e as crianças. Através de uma abordagem multidimensional e intercultural e de investigações teóricas e empíricas, propomo-nos analisar algumas problemáticas psicossociais, culturais e de saúde colocadas às famílias e mães migrantes e discutir desafios originados pela migração ao nível das subjetividades, identidades, papéis e relações familiares, maternidade e saúde, sobretudo psicológica, bem como estratégias e políticas públicas de acolhimento e integração, promotoras dos direitos, participação, solidariedade e bem-estar destas famílias.
- Para além da sala de controle: o caminho da cidade inteligente (sustentável?) do Rio de Janeiro em tempos de crisePublication . Cabral, Luiza; Ramos, Maria da Conceição Pereira; Carvalho, LuisO Rio de Janeiro tem sido considerado na literatura como exemplo das limitações no desenvolvimento de cidades inteligentes, personificado pela sala de controle da IBM, desenvolvida no furor da agenda Olímpica da cidade. Nos últimos anos, a discussão sobre este tema passou a incluir noções de desenvolvimento sustentável na forma de uma perspectiva “inteligente-sustentável” de desenvolvimento urbano, observada pelo aumento da preocupação com aspetos socioambientais para além daqueles de natureza estritamente económica e tecnológica. Este artigo baseia-se em 61 iniciativas em curso na cidade para analisar como as ambições da mesma evoluíram neste aspeto, examinando domínios, atores e foco num novo contexto de turbulência política e restrições orçamentais. Enquanto a maioria das iniciativas reflete ambientes colaborativos limitados e tensões entre ambições “smart” e de sustentabilidade, há evidência de que a estagnação provocada pela crise pode coexistir com a fusão entre iniciativas “de cima para baixo” e de “baixo para cima”, abrindo espaço para novos desafios na forma de entender o desenvolvimento urbano, inteligente e sustentável, no contexto de cidades em situações de crise e escassez de recursos.