Centro de Estudos Globais
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O Centro de Estudos Globais (CEG-UAb), é um centro novo criado em 2021 e decorre do trabalho de investigação realizado nos últimos cinco anos no âmbito da Cátedra FCT Infante D. Henrique para os Estudos Insulares Atlânticos e a Globalização (CIDH), presentemente continuado na Cátedra CIPSH de Estudos Globais e pretende enquadrar e potenciar a investigação em desenvolvimento no âmbito do Programa Doutoral de Estudos Globais, em cooperação com outros programas de formação avançada da Universidade Aberta, e tendo em conta as suas parcerias internacionais em funcionamento e as suas iniciativas científicas e pedagógicas, através da realização de projetos de investigação com a participação de investigadores em formação avançada, em cooperação estreita com especialistas nacionais e internacionais.
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O Centro de Estudos Globais (CEG-UAb) tem como objetivo geral contribuir para a adequada compreensão dos processos e dinâmicas da globalização, focando-se nas relações complexas entre contextos locais, nacionais e internacionais, com o propósito de investigar para uma globalização de rosto mais humano e de contribuir para um desenvolvimento mais sustentável, em termos culturais, sociais, económicos e ambientais. Como novo centro que se inscreve no espírito e nas dinâmicas do seu tempo, assume, entre os seus valores, um forte compromisso com o respeito pelos direitos humanos, a liberdade dos povos e o combate aos desequilíbrios, desigualdades e violências, numa perspetiva inter e transdisciplinar.
Os professores e investigadores envolvidos na criação do CEG-UAb consideram que a inovação é a característica principal das suas atividades, em linha com a estratégia de desenvolvimento científico da Universidade Aberta. O modelo de ensino a distância da Universidade permite um compromisso com as novas dinâmicas da ciência aberta e condições favoráveis de pesquisa num contexto global, possibilitando a criação de uma rede de interessados nesta área emergente.
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Browsing Centro de Estudos Globais by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Economia e Gestão"
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- Barreiras no processo de internacionalização empresarial: uma análise multidimensional dos obstáculos enfrentados pelas empresas na expansão internacionalPublication . Jacquinet, MarcO processo de internacionalização empresarial constitui uma estratégia fundamental para o crescimento e sustentabilidade das organizações na economia globalizada contemporânea. Contudo, este processo é caracterizado por uma multiplicidade de barreiras que podem comprometer o sucesso da expansão internacional. Este artigo propõe uma análise sistemática das principais barreiras enfrentadas pelas empresas no processo de internacionalização, organizando-as em categorias distintas e examinando as suas implicações teóricas e práticas. Através de uma revisão abrangente da literatura académica, identifica-se que as barreiras à internacionalização podem ser categorizadas em internas, externas, culturais, financeiras, regulamentares e operacionais. A investigação evidencia que o sucesso da internacionalização depende crucialmente da capacidade das empresas para identificar, avaliar e superar estes obstáculos através de estratégias adaptativas e inovadoras.
- Os catorze pontos de Deming como fundamento para a gestão da mudança organizacional: uma análise crítica dos princípios de transformação sistémicaPublication . Jacquinet, MarcA gestão da mudança organizacional constitui um dos desafios mais complexos e críticos enfrentados pelas organizações contemporâneas, particularmente num contexto de crescente volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (VUCA ou seja volatility, uncertainty, complexity e ambiguity) que caracteriza o ambiente empresarial atual (Kotter, 2012; Burnes, 2017). Neste panorama, os catorze pontos de W. Edwards Deming emergem como uma estrutura teórica e prática robusta para fundamentar processos de mudança organizacional sustentável e eficaz.
- Os catorze pontos de Deming: fundamentos teóricos e aplicação estratégica nas pequenas e médias empresasPublication . Jacquinet, MarcOs catorze pontos de W. Edwards Deming constituem um enquadramento (framework) teórico-prático fundamental para a gestão da qualidade total e transformação organizacional. Este artigo examina criticamente cada um dos catorze princípios propostos por Deming, analisando sua fundamentação epistemológica e suas implicações práticas para as pequenas e médias empresas (PME). Através de uma análise bibliográfica abrangente, demonstra-se que a filosofia demingiana (ou deminguiana, relativa a WE Deming) transcende a mera aplicação de técnicas estatísticas, constituindo-se como um sistema holístico de gestão organizacional. A pesquisa revela que, embora originalmente desenvolvidos para grandes corporações industriais, os princípios de Deming apresentam particular relevância para PME, oferecendo caminhos viáveis para a melhoria contínua, competitividade sustentável e transformação cultural organizacional.
- Desafios das PMEs e prospectiva: capítulo 9Publication . Jacquinet, MarcEste capítulo oferece uma análise abrangente e prospectiva dos desafios das PME, combinando rigor académico com relevância prática. Os exercícios e atividades propostos permitem a aplicação dos conceitos teóricos em contextos realistas, preparando os estudantes para os complexos desafios da gestão contemporânea de PME. A abordagem prospectiva adoptada procura desenvolver capacidades de antecipação e adaptação estratégica essenciais para o sucesso futuro destas organizações.
- Ética, responsabilidade social empresarial e governança nas PME: capítulo 7Publication . Jacquinet, MarcA integração dos princípios éticos, da responsabilidade social empresarial (RSE) e das práticas de governança corporativa no tecido organizacional das pequenas e médias empresas (PME) emerge como uma dimensão crítica da gestão empresarial contemporânea, transcendendo considerações meramente instrumentais para se constituir como imperativo moral e estratégico (Carroll & Shabana, 2010; Fassin et al., 2015). A crescente complexidade do ambiente empresarial, caracterizada pela intensificação da vigilância pública, pela emergência de stakeholders mais exigentes e pela implementação de quadros regulamentares mais rigorosos, posiciona estas temáticas no centro da agenda de sustentabilidade organizacional das PME (Wickert et al., 2016; Jamali et al., 2017). As PME, que constituem a espinha dorsal das economias modernas representando mais de 99% das empresas na União Europeia e empregando aproximadamente 100 milhões de pessoas (Comissão Europeia, 2020), enfrentam desafios únicos na implementação de práticas éticas e de responsabilidade social. A sua natureza específica, caracterizada por estruturas organizacionais menos formalizadas, recursos limitados, proximidade entre propriedade e gestão, e dependência significativa das características pessoais dos proprietários-gestores, configura um contexto singular que requer abordagens adaptadas e contextualizadas (Spence, 2016; Moore & Spence, 2006). A literatura académica sobre ética empresarial, responsabilidade social e governança corporativa desenvolveu-se predominantemente através da análise de grandes corporações, gerando frameworks teóricos e modelos práticos que nem sempre se adequam às especificidades das PME (Jenkins, 2006; Perrini, 2006). Esta lacuna conceptual e empírica justifica uma análise aprofundada sobre como as pequenas e médias empresas podem conceptualizar, desenvolver e implementar práticas éticas e socialmente responsáveis, considerando as suas características distintivas e os constrangimentos estruturais inerentes à sua dimensão. O presente capítulo propõe-se analisar criticamente as dimensões éticas, de responsabilidade social e de governança nas PME, explorando as especificidades conceptuais, os desafios práticos de implementação, os mecanismos de avaliação e as implicações estratégicas destas práticas. Através de uma abordagem multidisciplinar que integra perspectivas da filosofia moral, da teoria organizacional, da economia institucional e dos estudos de sustentabilidade, procura-se contribuir para uma compreensão mais nuançada e contextualizada destas temáticas no universo das pequenas e médias empresas.
- Gestão da mudança nas PME: capítulo 6Publication . Jacquinet, MarcA gestão da mudança constitui uma das competências estratégicas mais críticas para a sobrevivência e prosperidade das pequenas e médias empresas (PME) no contexto económico contemporâneo, caracterizado por elevados níveis de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (Ansoff & McDonnell, 2019). As transformações tecnológicas aceleradas, a globalização dos mercados, as alterações nos padrões de consumo e as crescentes exigências regulamentares configuram um ambiente empresarial onde a capacidade de adaptação se revela determinante para a sustentabilidade organizacional (Burnes, 2017; Cameron & Green, 2019). As PME, que representam mais de 99% do tecido empresarial europeu e empregam aproximadamente dois terços da força de trabalho do sector privado (Comissão Europeia, 2020), enfrentam desafios particulares na implementação de processos de mudança organizacional. A sua natureza específica, caracterizada por estruturas organizacionais mais simples, recursos limitados, proximidade entre gestão e operações, e maior flexibilidade decisional, configura um contexto singular que requer abordagens adaptadas de gestão da mudança (Storey et al., 2017; Thorpe et al., 2018). A literatura académica sobre gestão da mudança tem-se desenvolvido predominantemente a partir da análise de grandes organizações, gerando modelos e frameworks que nem sempre se adequam às especificidades das PME (By, 2021). Esta lacuna teórica e empírica justifica a necessidade de uma análise aprofundada sobre como as pequenas e médias empresas podem conceptualizar, planear e implementar processos de mudança organizacional eficazes, maximizando as suas vantagens competitivas naturais e minimizando as limitações estruturais inerentes à sua dimensão.
- Onde é que o líder nunca deve falhar numa PME?Publication . Jacquinet, MarcNum contexto de Pequenas e Médias Empresas (PMEs), o papel do líder é determinante para o sucesso e sustentabilidade do negócio. A liderança, nesse tipo de organização, é muitas vezes mais visível e direta do que em grandes corporações, o que aumenta a responsabilidade pessoal do líder. Há, portanto, áreas críticas nas quais o líder nunca deve falhar. A seguir, apresenta-se uma resposta formal e detalhada à pergunta, incluindo a ordem de prioridades e referências teóricas relevantes.
- O que é uma empresa?: uma análise multidisciplinar da entidade empresarialPublication . Jacquinet, MarcA questão "o que é uma empresa?" constitui um dos problemas conceptuais mais fundamentais e complexos no domínio das ciências económicas, jurídicas e da gestão. Apesar da centralidade das empresas no sistema económico contemporâneo e da sua omnipresença na vida quotidiana, a delimitação precisa deste conceito revela-se extraordinariamente desafiante, atravessando múltiplas disciplinas e paradigmas teóricos. Como observa Chandler (1962), a empresa moderna representa "a mão visível" da coordenação económica, contrastando com a "mão invisível" do mercado smithiano, constituindo assim uma das instituições mais significativas da economia capitalista. Este ensaio propõe-se examinar criticamente as principais abordagens teóricas ao conceito de empresa, analisando as contribuições da teoria económica, da perspectiva jurídica, da teoria da gestão estratégica, da sociologia económica e dos estudos organizacionais. Através de uma análise multidisciplinar, pretende-se não apenas mapear as diferentes conceções existentes, mas também identificar os elementos estruturais, funcionais e institucionais que configuram a essência empresarial na economia contemporânea.
- Teoria organizacional e PMEs: capítulo 10Publication . Jacquinet, MarcEste capítulo examina a aplicação da teoria organizacional às pequenas e médias empresas (PMEs), explorando como os conceitos fundamentais da organização empresarial se manifestam em contextos de menor escala. Aborda-se a especificidade das estruturas organizacionais das PMEs, os desafios únicos que enfrentam e as teorias que melhor explicam o seu funcionamento e desenvolvimento. O capítulo integra perspectivas clássicas e contemporâneas da teoria organizacional, adaptando-as às realidades das PMEs no contexto económico atual.
- Vida de gestor de PME: capítulo 8Publication . Jacquinet, MarcA gestão de Pequenas e Médias Empresas (PME) constitui um fenómeno organizacional de singular complexidade, caracterizado por dinâmicas específicas que diferem substancialmente dos paradigmas de gestão aplicáveis às grandes corporações (Torrès, 2004). O gestor de PME encontra-se numa posição única no tecido empresarial, assumindo múltiplas responsabilidades que abrangem desde a formulação estratégica até à execução operacional quotidiana, frequentemente numa lógica de proximidade e personalização que configura um modelo de gestão sui generis (Julien, 1997). A importância das PME no contexto económico contemporâneo é incontestável. Segundo dados da Comissão Europeia (2019), as PME representam 99,8% de todas as empresas não financeiras da União Europeia, empregando aproximadamente 100 milhões de pessoas e gerando 56% do valor acrescentado. Esta relevância quantitativa traduz-se numa importância qualitativa que justifica uma análise aprofundada das especificidades da gestão destas organizações e dos desafios enfrentados pelos seus gestores. O presente capítulo propõe-se analisar de forma sistemática e rigorosa as múltiplas dimensões da vida profissional do gestor de PME, explorando as particularidades deste contexto organizacional, os desafios específicos que se colocam e as competências necessárias para o exercício eficaz desta função. Através de uma abordagem interdisciplinar que mobiliza contributos da teoria organizacional, da gestão estratégica, da psicologia organizacional e da sociologia das organizações, procuraremos construir um quadro conceptual abrangente que permita compreender a complexidade e a riqueza desta realidade profissional.