Browsing by Author "Santos, Fernanda"
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- Distopias femininas: cultura africana em negativoPublication . Santos, FernandaNo século xx, e com o processo de independência dos vários países africanos, começaram a surgir nomes da literatura de autoria feminina, quer dos países lusófonos, como dos países francófonos e anglófonos. A literatura no feminino nasce de uma expressão de revolta contra o poder colonial, mas é, ainda, um veículo do poder negativo que a sociedade e a cultural patriarcal exerceram, e vêm exercendo, sobre as mulheres. Toda a literatura africana de autoras femininas surge, assim, ligada ao pós-colonialismo, ao nascimento de novas nações independentes, e por isso mesmo estas escritoras representam uma luta contra um poder instituído que constantemente as despromove e as coloca à margem da sociedade. Mas mais do que focar este aspeto negativo que as rodeia, as escritoras, tal como os escritores pós-coloniais, procuram dar um passo atrás e refletir, num plano mais vasto, o contexto que as subjuga, as distopias que as rodeiam e as utopias possíveis que as direcionem para um futuro mais promissor.
- Echos politiques et idéologiques de la Restauration de la Compagnie de Jésus: réactions antijésuites et philojésuitesPublication . Franco, José Eduardo; Santos, FernandaLa restauration de la Compagnie de Jésus a provoqué une série de réactions divergentes de la part des protagonistes politiques et des faiseurs d’opinion publique au Portugal et au Brésil, où la cour portugaise a été installée en 1814. Notre article se propose d’identifier et d’évaluer les principales positions, permettant ainsi d’observer le clivage accentué entre les antijésuites et les philojésuites, qui défendaient des interprétations antagonistes de l’action des Jésuites et du sens de leur expulsion par le Marquis de Pombal.
- Gêneros retóricos na «Relação da missão da serra da Ibiapaba», do Padre Antônio VieiraPublication . Santos, FernandaA «Relação da missão da serra da Ibiapaba» é um texto do Padre Antônio Vieira de 1660. Após algumas missões frustradas à região, Vieira decide escrever o relato como forma de angariar recursos para os inacianos e, sobretudo, obter posição favorável da Coroa portuguesa. Pretende-se analisar as preceptivas retóricas da «Relação» e o seu pertencimento aos gêneros demonstrativo (ou ecfrásico), deliberativo e judiciário, a partir de autores clássicos como Aristóteles, Platão e Quintiliano. Se por um lado o texto não se coíbe de mostrar a dureza dos escolhos que os missionários enfrentam, por outro lado, Ibiapaba é configurada como um locus amoenus, em termos horacianos. A capacidade descritiva do texto (evidentia) mostra uma série de elementos históricos, geográficos e etnográficos que permitem a compreensão da ação temporal e espiritual da Companhia de Jesus na América Portuguesa, em plena Contrarreforma. A missão a Ibiapaba pretende alegorizar, narrativamente, as conquistas inacianas em terras brasis. Mais do que isso, a «Relação» está assente no pensamento teológico-político providencial da Companhia de Jesus, com a inscrição do futuro nos acontecimentos narrados. Para além dos autores clássicos supracitados, o artigo tem como base os estudos sobre os gêneros retóricos de Rodolpho (2014), Santos (2018 e 2019), Guedes (2014), Pernot (2000) e, no âmbito da alegorização e providencialismo da Companhia da Jesus, Lima (2009), Hansen (1993 e 2017), Sartorelli (2011) e Luz (2018).
- Os jesuítas e a «ideia republicana» em PortugalPublication . Santos, FernandaEste artigo procura mostrar que a relação entre os Jesuítas e a «ideia republicana» foi pouco pacífica para ambas as partes, mas foi também muito controversa no seio da própria Igreja. Durante a época da República, em Portugal, e nos anos que a antecederam, o antijesuitismo era uma forma de combate ao poder dos Jesuítas. Os republicanos pugnavam por soluções diversas para o futuro político e social do país por oposição à Monarquia constitucional. O recurso à bandeira ideológica antijesuítica tinha sido usado muito cedo nos manifestos propagandistas do Partido Republicano Português. Todavia, alguns Jesuítas estavam envolvidos politicamente, partidarizando o catolicismo. Alguns membros da Companhia de Jesus tinham-se, de facto, empenhado na criação do Partido Nacionalista, em 1903, como partido católico, acreditando que a aglutinação dos votos católicos num só partido que defendesse os valores da Igreja era a melhor solução para contrariar a vaga anticlerical que se fazia sentir nos meios políticos e culturais do país. Este trabalho tem também como objetivo mostrar que, durante a República, esteve sempre em causa o problema do envolvimento do clero e dos católicos em geral com a política partidária, mostrando as relações controversas entre os Jesuítas e a «ideia republicana».
- Les débats sur les réformes pombalines et la doctrine anti-jésuitique antérieurs à la Restauration de la Compagnie de Jésus au Portugal et au BrésilPublication . Franco, José Eduardo; Santos, FernandaAprès l’expulsion de la Compagnie de Jésus d’Europe et du Brésil, le marquis de Pombal a poursuivi une campagne anti-jésuite capable de renverser l’influence des jésuites dans la société, la politique et l’éducation. La propagande du marquis de Pombal contre les jésuites se présente sous forme de documents de nature hétérogène: opuscules, circulaires, correspondance, traités historiques, oeuvres juridiques et théologiques, rapports sur l’éducation, la législation et matériaux iconographiques. La doctrine antijésuitique du marquis de Pombal a configuré une matrice qui inspirera le courant de l’antijésuitisme à venir. Il est important de garder à l’esprit qu’il n’y a pas eu unanimité dans l’acceptation des politiques pombalines. Cependant, tous n’étaient pas d’accord avec les mesures prises par Pombal. Parmi ses critiques les plus vifs figurent Ribeiro Sanches et D. Francisco Lemos, qui font une analyse moins optimiste du succès réel des réformes de l’État. Les divergences autour de l’évaluation de l’impact de l’expulsion de la Compagnie de Jésus va ouvrir la porte au retour des Jésuites.
- A Maçonaria madeirense nos primórdios da Maçonaria portuguesa: elites em conflito, denúncias e perseguiçõesPublication . Franco, José Eduardo; Santos, FernandaA primeira loja maçónica portuguesa que se estabelece na ilha da Madeira é fruto de um intenso tráfico comercial que se faz entre a Ilha, a Inglaterra e as suas colónias na América e outras cidades europeias. Em 1770, numa longa carta ao Marquês de Pombal, o Capitão-general da Madeira, João António de Sá Pereira, denuncia a existência de pedreiros-livres na Madeira, referindo o fato de estes elementos serem originários das classes sociais mais altas, ou seja, das elites. Os madeirenses que estudam e negoceiam no estrangeiro são largamente influenciados pelo espírito revolucionário que cresce na Europa e na América. É também referido que o maior perigo vem de alguns militares franceses que aproveitam o clima social propício para fundarem lojas maçónicas, em união com cidadãos portugueses.
- A Maçonaria no espaço insular atlântico português: as origens católicas da maçonaria madeirensePublication . Franco, José Eduardo; Santos, FernandaSéculos de polémicas, proibições e ataques mútuos tornaram a Maçonaria e a Igreja Católica uma espécie de adversários irreconciliáveis. Não obstante, não deixa de ser paradoxal a atração que a Maçonaria exerceu sobre membros da Igreja. Nas fileiras da maçonaria e, em particular, nos quadros das lideranças maçónicas, contaram-se membros provindos da Igreja Católica, nomeadamente do seu clero secular e regular. Se isto foi verdade a nível internacional, foi, mais ainda, de modo especial para o nosso caso de estudo, que é o arquipélago da Madeira. Como explicar esta atração e este transpor de fronteiras proibidas, mormente da parte dos católicos que aderiram à Maçonaria, continuando a sua prática católica? Ao longo deste estudo vamos tentar compreender a Maçonaria como um movimento e uma instituição, latu sensu assim definida, que procurou constituir elites com um certo nível de preparação intelectual e de influência social.