Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI by advisor "Campos, Ricardo"
Now showing 1 - 5 of 5
Results Per Page
Sort Options
- A comunicação e a produção de informação em mídias digitais como estratégia de promoção de Interculturalidade e Integração sociocultural na cidade de Yamato no JapãoPublication . Silva, Luciana Rosa; Campos, Ricardo; Rosa, RosárioA dissertação buscou explorar e compreender as atuais práticas de Comunicação Intercultural, bem como os seus meios, processos, propósitos e efeitos em uma determinada Associação Internacional local no Japão, da cidade de Yamato, que através de documentos e materiais produzidos no ambiente virtual, tem o propósito de integrar os imigrantes e as minorias étnicas. O estudo envolve interculturalidade, diversidade cultural, reconhecimento da alteridade, inclusão e exclusão social, integração sociocultural, transnacionalismo, discriminação, preconceito, xenofobia, estereótipos, e demais questões. Os documentos que foram analisados são variados e dispersos em várias plataformas na internet, com variadas simbologias, exigindo uma maior flexibilidade na investigação, por isso será escolhida a metodologia qualitativa e como base a pesquisa documental, para analisar a contribuição deles para a interculturalidade para a integração dos imigrantes com o povo local. Para análise dos materiais, optou-se pela análise de conteúdos de Laurence Bardin (2021), aplicável aos documentos textuais e não textuais. Essa técnica permite codificar, categorizar e contar frequências de elementos, além de possibilitar o uso de gráficos com percentuais para ilustrar e resumir as principais informações identificadas. Dessa forma, a dissertação pode manter o foco em uma abordagem predominantemente qualitativa, mesmo que utilize alguns recursos visuais que tradicionalmente são associados a pesquisas quantitativas. Os resultados revelaram as prioridades e preocupações da Associação Internacional de Yamato em relação à Interculturalidade, à situação, imagem e sentimentos do estrangeiro retratados nos documentos e os assuntos envolvendo a cidadania e a promoção da integração sociocultural, indicando principalmente quais áreas temáticas, assuntos, plataformas utilizadas e função comunicativa foram utilizadas. Os dados recolhidos refletiram as consequências da pandemia Covid-19, servindo de base para outros estudos sobre a produção de materiais destinados a integração de imigrantes e autóctones.
- "Ladrões fora, corruptos fora, assassinos fora" : o RAP de protesto em Moçambique pós-colonialPublication . Sitoe, Tirso Hilário; Bäckström, Bárbara; Campos, RicardoA investigação desenvolvida explora experiências sobre a forma como o RAP de protesto, constitui um espaço em que os músicos e o público, exercem os seus direitos cívicos e de cidadania em Moçambique pós-colonial. Portanto, a análise centrou-se na forma como é discursivamente construída em narrativas musicais, a representação social da exclusão dos grupos sociais mais pobres e como se constroem identidades político-partidárias entre os músicos. Paralelamente, questionámo-nos sobre a relevância das plataformas digitais utilizadas pelos músicos, para o engajamento cívico e de cidadania. Dentro desse contexto, o estudo sugere que o desafio de se pensar o exercício dos direitos cívicos e de cidadania em Moçambique, através da música, devem ser pensados a partir de dois pontos modais. Primeiro, por onde a luta política passa discursivamente, através das narrativas musicais, onde são negociadas e construídas identidades, com a proliferação de diferentes revindicações como forma de exercício do direito à liberdade de expressão, constitucionalmente instituído. O segundo desafio está relacionado com a própria noção de "povo" e como ela legitima a elite governante. Quando o "povo" se mobiliza e apresenta suas aspirações e demandas, como uma coletividade excluída dos processos políticos e de governação, eles estão, de fato, também dando legitimidade à elite governante. Pois estas aspirações e demandas são apresentadas à elite governante, para que possam ser tratadas. O ciberespaço neste contexto, oferece a interconetividade entre saberes locais e globais, porque torna-se um espaço alternativo de engajamento coletivo, ao instituído e controlado pelo poder político, para o exercício dos direitos cívicos e de cidadania. No quadro da pesquisa, desenvolvemos uma abordagem qualitativa com recurso a entrevistas e conversas informais. Não menos importante foi nesse processo, a recolha e análise de narrativas musicais RAP.
- A olaria na província de Benguela: tradição, género e territórioPublication . Brito, Joana Isabel Ramos de; Campos, Ricardo; Benjamin, HelenaNo presente estudo procurou-se fazer uma ligação entre a mulher de Benguela (Africana) e a criação de olaria tradicional, atividade ancestral que vem passando de geração em geração, de mulher para mulher. Lembrar a imagem da mulher, associada à terra e à sobrevivência, questionando o seu papel na comunidade a que pertence e à cultura que carrega consigo. Pretende-se, ainda, refletir acerca da criação: quando se constrói com argila, utilizam-se os quatro elementos: terra, água, ar e fogo. Só através da articulação destes elementos é possível criar peças de cerâmica, pelo que são estas que nos revelam a intimidade entre a olaria e a terra na sua relação mítica com a natureza, a cultura e o género. Tendo em consideração a componente prática da olaria tradicional, assim como o meio envolvente e a vida em comunidade das oleiras, este estudo teve por objetivo a criação de um documentário. Este documentário foi planificado com base nas informações que foram sendo recolhidas ao longo dos meses de investigação e pretende retratar a história de vida das oleiras e o seu território como meio identitário. Espera-se que através do documentário a história das panelas de barro chegue a uma comunidade mais alargada e menos especializada.
- O papel das criações artísticas na integração de refugiados em Paris: o caso dos artistas refugiados do “Atelier des artistes en exil”Publication . Mascarenhas, Nilton; Sousa, Lúcio; Campos, RicardoTipo universal de linguagem, a arte é um dos meios mais utilizados para expressar pensamentos, emoções, identidades de grupos e indivíduos. Por via da arte, grupos humanos e indivíduos influem sobre o comportamento dos seus semelhantes, influenciam a opinião, exercem a cidadania, manifestam as suas reivindicações políticas e de direitos, críticas ao estado do mundo e da sociedade assim como projetam as suas visões do mundo. Com efeito, as práticas artísticas são instrumentos úteis para a compreensão da alteridade e das relações interculturais. Sendo ela mesma um espelho da diversidade cultural humana, a arte tem potencialidades para facilitar a comunicação com o “Outro”, o qual pode assumir várias formas: tanto pode designar uma posição fora de nós ao qual atribuímos os mesmos pensamentos e sentimentos que nós, como também pode representar um perigo, o rival ou o inimigo. O “Outro” pode também ser o estrangeiro, o hóspede, o ser que vem de longe, que tradicionalmente as religiões aconselham que sejam recebidos e abrigados. É precisamente nesta última forma que se concentra o nosso estudo. Na sequência do aumento dos fluxos migratórios em direção à Europa entre 2015 e 2016, a França à semelhança de outros países da UE, viu-se confrontada com a necessidade de pensar a integração de um número crescente de requerentes de asilo e refugiados. Face à insuficiência das respostas da parte do Estado, surgiram muitas iniciativas da parte da sociedade civil que visam promover a hospitalidade e a integração plena de migrantes. A partir do estudo das atividades de um espaço cultural de Paris criado com essa finalidade, atelier des artistes en exil, do estudo das narrativas e práticas de artistas refugiados a ele associados, procuramos compreender qual é o papel da arte na integração de refugiados.
- Violência de género nos media em Portugal: análise do discurso nas redes sociaisPublication . Iria, Maria Filomena Madrugo; Campos, Ricardo; Alves, FátimaAs redes sociais virtuais são um palco privilegiado para a comunicação das mais diversas ideias entre os indivíduos, ultrapassando fronteiras físicas, obstáculos culturais e barreiras de linguagem. A internet faz parte do quotidiano de um número crescente de utilizadores em todo o mundo, promovendo a partilha intercultural cada vez mais facilitada pela partilha de imagens, vídeos e textos com tradução automática, que abrem janelas de conhecimento. Os meios de comunicação social compreenderam a vantagem de se aliar a esta partilha, primeiro criando os seus sites na internet e também participando das redes sociais virtuais. As plataformas de redes sociais são usadas pelos meios de comunicação social para uma aproximação aos leitores, disponibilizando publicações de acesso rápido aos factos noticiados nos seus sites, que vão muitas vezes provocar a participação dos utilizadores que os seguem, através de comentários e republicações. O objeto do nosso estudo incide nos comentários que os utilizadores fazem nas publicações sobre violência de género, nos meios de comunicação social portugueses mais lidos na internet, publicados na rede social virtual com mais utilizadores em Portugal, o Facebook. Através do prisma das representações sociais, a nossa análise perceciona que o público tece considerações que refletem as suas convicções: sobre a aplicação ineficaz da justiça e a desigualdade com que é aplicada de acordo com o género da vítima, sobre os preconceitos, fazem revelações sobre o seu papel pessoal na vivência do fenómeno e manifestam a sua revolta contra os agressores. Exibem as suas representações da realidade partilhando emojis, memes e palavras que ficam presas no ciberespaço, prontas a serem consumidas e interpretadas por outros utilizadores que, em debate, concordam ou contrariam o conjunto. Verificámos que os factos são transmitidos com pouco conteúdo que caracterize os intervenientes e as circunstâncias, mas que fazem questão de referir factores comportamentais que desacreditam as vítimas e legitimam as agressões. Concluímos que este tipo de publicações não coopera na construção de valores ou desconstrução de crenças sobre a violência de género.