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- Influência das avós nos cuidados ao recém-nascido em AngolaPublication . Tavares, Elsy; Ramos, NatáliaAs práticas de cuidados aos recém-nascidos variam consoante as tradições culturais no seio das comunidades. Estas práticas são promovidas essencialmente pela figura da avó, que assume uma participação ativa nos cuidados. Este artigo teve como objetivo analisar a influência das avós nos cuidados ao recém-nascido, de acordo com os depoimentos das puérperas. E corresponde a um estudo descritivo, exploratório, comparativo e transversal, com metodologia qualitativa, realizado em Angola, sendo a amostra não probabilística por conveniência, composta por 40 mães angolanas de recém-nascidos. Verificou-se uma elevada presença e influência das avós nos cuidados, marcada pela transmissão de conhecimentos enraizados na sua cultura e nas suas crenças, adotando condutas de cuidados por vezes não recomendadas, como a aplicação de soluções caseiras no coto umbilical, as quais provocam infeções. Apesar de estar cientificamente comprovada a ineficácia destas práticas, bem como os danos para a saúde do recém-nascido, elas continuam, em muitos casos, a ser a primeira escolha nos cuidados realizados ao coto umbilical. Os resultados revelam a importância da implementação de medidas por parte do Ministério da Saúde de Angola, no sentido de reforçar e orientar a intervenção dos profissionais de saúde, permitindo a aproximação e inclusão das avós na promoção da educação em saúde, por meio de cuidados culturalmente competentes, de acordo com o recomendado pela OMS, melhorando a qualidade da saúde neonatal em Angola.
- Onfalites no recém-nascido: contributos para melhorar este problema de saúde pública em AngolaPublication . Tavares, Elsy; Ramos, NatáliaO presente estudo analisa uma questão de saúde pública importante em Luanda, Angola, relacionada com situações de internamento e morte de recém- nascidos por onfalite, um problema grave que este país enfrenta. O texto tem como objetivos descrever a realidade de um hospital público geral na cidade de Luanda, relativamente a este problema; identificar as principais causas de onfalites no contexto angolano; descrever os cuidados corretos com o coto umbilical; evidenciar as implicações sociais, culturais e de saúde nos cuidados ao recém-nascido. Os resultados obtidos evidenciam que as mães e os recém-nascidos em Angola permanecem vulneráveis no que se refere aos cuidados ao coto umbilical, o que se traduz pelo elevado número de onfalites registadas. Torna-se, assim, prioritária a formação dos profissionais de saúde nesse domínio, de modo a que as intervenções sejam efetivas e de qualidade, no sentido de diminuir este flagelo de saúde pública e infantil neste país.
- Cuidados corporais aos recém-nascidos de mães angolanas: saúde, interculturalidade e migração internaPublication . Tavares, Elsy; Ramos, NatáliaO período neonatal é crítico na vida de uma criança, devido à sua maior vulnerabilidade e ao maior risco de morte, sendo os cuidados realizados ao recém- nascido revestidos da maior importância e com reflexos na sua saúde futura. A cultura, os mitos e as crenças revelam-se num conjunto de saberes tradicionais que muitas vezes prevalecem sobre os conhecimentos científicos, dando origem a práticas de cuidados com o corpo não recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e com consequências negativas para a saúde, como é exemplo a onfalite. Em Angola, a mortalidade neonatal é elevada, constituindo a septicémia uma das principais causas. Analisou-se saberes e práticas de mães angolanas relativamente aos cuidados corporais com o recém-nascido, em particular com o coto umbilical, através de um estudo descritivo, exploratório, comparativo e transversal, com metodologia de cariz qualitativa, cuja amostra é não probabilística por conveniência. Verificou-se que os saberes e as práticas de mães angolanas relativamente a estes cuidados derivam da componente empírica, transmitida maioritariamente pela família através das gerações, sobretudo pelas avós do recém-nascido, e da componente científica, através dos profissionais de saúde. Observou-se que as mães com experiência migratoria revelam alguns comportamentos distintos das mães naturais de Luanda, nomeadamente ao mencionarem com mais frequência o álcool como conhecimento prévio, sendo no entanto as mães naturais de Luanda as que mais o utilizam de forma isolada como prática nos cuidados ao coto umbilical.
- Cuidados de mães angolanas ao recém-nascido: abordagem interculturalPublication . Ramos, Natália; Tavares, ElsyO processo de cuidar adquire características específicas do contexto sociocultural e familiar em que as pessoas vivem e encontra-se associado a um período de transição na vida da mãe e da família. Nas diversas culturas e nomeadamente na cultura angolana, é marcante a transmissão de saberes intergeracionais e culturais nos cuidados ao recém-nascido. Trata-se de conhecimentos, representações e hábitos adquiridos no contexto sociofamiliar e cultural do qual os cuidadores fazem parte. Neste contexto, surgem as avós, que são respeitadas e valorizadas na organização estrutural familiar e dão a sua contribuição para a continuidade das gerações futuras . Entre os saberes tradicionais, surgem também as parteiras leigas, possuidoras de um saber empírico, que, detendo a confiança das mães, orientam sobre questões de saúde. Desde o início da humanidade que as mães e outros membros da família realizam práticas e saberes populares com os seus filhos e utilizam certas substâncias, nomeadamente no cuidado do coto umbilical, acreditando nos seus benefícios . Os pais do recém-nascido, além das orientações dadas por pessoas da comunidade, vizinhos, familiares, deparam-se com recomendações divergentes, por vezes incompreensíveis e contraditórias, provenientes dos profissionais de saúde, nos cuidados ao coto umbilical, baseados em evidência científica. Algumas das práticas frequentes no cuidado ao coto umbilical realizadas pelas mães em Luanda referem-se à utilização de produtos como folhas, cinza, sal, barata queimada, óleo, azeite, pó de café, fezes. A utilização destas práticas está na origem da onfalite, infeção associada ao coto umbilical. Estima-se que as onfalites ocorram em maior número em países em desenvolvimento. Estima-se que cerca de 15% de todas as mortes neonatais a nível global ocorrem devido a infeções (WHO, 2016), e, designadamente as do coto umbilical, são responsáveis pela mortalidade de mais de 520.000 recém-nascidos a nível mundial. Angola, apresenta um dos mais elevados níveis de mortalidade infantil mundial (WHO, 2017).
- Onfalite : uma realidade de saúde pública em AngolaPublication . Tavares, Elsy; Ramos, NatáliaA investigação apresenta uma grave questão de saúde pública em Luanda, Angola, relacionada com situações de internamento e morte de recém - nascidos por onfalite que o país enfrenta. Objetivos: descrever a realidade de um hospital público geral na cidade de Luanda, relativamente a este problema; identificar as principais causas de onfalites no contexto Angolano; descrever os cuidados corretos com o coto umbilical; evidenciar as implicações sociais, culturais e de saúde nos cuidados ao recém-nascido. Método: estudo descritivo, exploratório e transversal. Foram analisados os processos de internamento de um serviço de pediatria de um hospital público com situações de internamento por onfalite, entre janeiro de 2017 e junho de 2018. Resultados: no período em estudo, foram analisados 182 processos de internamento neste hospital com registos de onfalites no recém-nascido. Destes internamentos, 26 culminaram em óbito. Dos 156 recém-nascidos internados, 153 tiveram alta para o domicílio, 2 tiveram transferência para o hospital pediátrico e houve um registo de fuga. Conclusão: os resultados obtidos demonstram que as mães e os recém-nascidos angolanos permanecem vulneráveis no que se refere aos cuidados ao coto umbilical, o que se traduz pelo elevado número de onfalites registadas. Torna-se, assim, prioritária a formação dos profissionais de saúde nesse domínio, de modo a que as intervenções sejam efetivas e de qualidade, no sentido de diminuir este flagelo de saúde pública neste país.
- A perspetiva dos profissionais de saúde sobre a influência cultural nos cuidados de mães angolanas aos recém-nascidosPublication . Tavares, Elsy; Ramos, NatáliaEstima-se que 56 milhões de crianças com menos de cinco anos venham a morrer entre 2018 e 2030, 80% dessas mortes devendo ocorrer no sul da Ásia e na África subsaariana. Desses 56 milhões de crianças, 28 milhões serão recém-nascidos (UNIGME, 2018). Angola encontra-se na cauda da tabela, a nível da mortalidade infantil mundial (WHO, 2017). Torna-se prioritária a assistência à saúde das mães e das crianças e a formação dos profissionais de saúde, de modo a que as suas intervenções junto daquelas e dos recém-nascidos sejam efetivas e de qualidade, no sentido de melhorar a saúde e reduzir os índices de mortalidade neonatal em Angola. O estudo deu voz aos profissionais de saúde que trabalham diariamente junto das mães e recém-nascidos em Angola e que conhecem o contexto cultural e de saúde da população, bem como as vicissitudes e vulnerabilidades existentes. Teve como objetivo analisar a influência cultural nos cuidados das mães angolanas aos recém-nascidos e as estratégias em saúde na perspetiva de profissionais de saúde angolanos, que exercem funções diretamente com mães e recém-nascidos, no sector público de saúde da cidade de Luanda, através de um estudo descritivo, exploratório e transversal que tem por base uma metodologia de cariz qualitativa. Com este estudo pretendeu-se sensibilizar para o tema, estimular a reflexão sobre cuidados culturalmente competentes e impulsionar estratégias e políticas por parte dos responsáveis políticos e da saúde relativamente à promoção da educação e literacia em saúde e ao desenvolvimento de medidas com vista à formação dos profissionais de saúde no país, bem como à melhoria do acesso à saúde e à qualidade na prestação de cuidados.
- Saberes e práticas de mães angolanas sobre os cuidados ao recém-nascido: contributos para melhorar a intervenção em saúde infantil e promover cuidados de saúde culturalmente competentesPublication . Tavares, Elsy; Ramos, NatáliaO período neonatal é crítico na vida de uma criança, pela sua maior vulnerabilidade e maior risco de morte. Assim, os cuidados realizados ao recém-nascido (RN) revestem-se da maior importância e têm reflexos na sua saúde futura. A cultura, mitos e crenças revelamse num conjunto de saberes tradicionais que muitas vezes prevalecem perante os conhecimentos científicos, levando a práticas de cuidados com consequências negativas para a saúde, como é o caso da onfalite. Em Angola, existe um elevado número de mortes nos recém-nascidos, sendo a septicemia uma das principais causas. Mantendo-se a tendência atual, entre 2017 e 2030, prevê-se que cerca de 60 milhões de crianças morrerão em todo o mundo, sendo metade recém-nascidos (UNIGME, 2017). Estas evidencias motivaram-nos a desenvolver o presente estudo, que teve como objetivo estudar os saberes e práticas de mães angolanas nos cuidados ao recém-nascido, nomeadamente ao coto umbilical. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, comparativo e transversal que tem por base uma metodologia sobretudo de cariz qualitativa. Optamos por uma amostra não probabilística por conveniência. Solicitamos a participação de informadores qualificados para dar o seu contributo especializado sobre o tema. Utilizamos a triangulação de meios de colheita de dados através da entrevista semiestruturada, observação fílmica, fotográfica, observação direta e registo em grelha de observação. Realizamos o tratamento através de estatística descritiva e de análise de conteúdo. Os principais resultados evidenciam que os saberes e as práticas de mães angolanas nos cuidados ao recém-nascido, nomeadamente ao coto umbilical, derivam da componente empírica transmitida maioritariamente pela família através das gerações, e sobretudo pelas avós do recém-nascido e da componente científica atráves dos profissionais de saúde. O tempo de permanência na cidade de Luanda, das mães naturais de várias províncias de Angola, pode ser indicador da aculturação à cidade e a razão de algumas semelhanças nos seus testemunhos quando comparadas com as mães naturais de Luanda. Contudo, observamos que as mães com experiência migratória revelam alguns comportamentos distintos das mães naturais de Luanda, nomeadamente, ao mencionar com mais frequência o álcool como conhecimento prévio, sendo no entanto, as mães naturais de Luanda que mais o utilizam de forma isolada como prática nos cuidados ao coto umbilical. As práticas nos cuidados ao coto umbilical revelam uma variedade de meios e de produtos tradicionais, traduzindo-se em práticas incorretas e com consequências nocivas para o recém-nascido. Constatamos que existem mães que mesmo referindo conhecer a prática recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), optam por manter os cuidados tradicionais. Perante a elevada influência cultural nos cuidados das mães angolanas recomendamos o investimento na formação de profissionais no âmbito de cuidados de saúde culturalmente competentes, contribuindo para a capacitação das mães e diminuição da morbimortalidade neonatal em Angola.
- Cultural influence on angolan maternal care of newborns and health strategies: health professionals’ perspectivePublication . Tavares, Elsy; Ramos, NatáliaChild mortality is a key indicator not only for child health and wellbeing, but also for the general progress towards the Sustainable Development Goals (SDGs). Health professionals are bestowed a prominent position and must be provided with skills for fostering quality and culturally consistent healthcare. Health education practice acts as a means for optimizing self-care. This is a descriptive, exploratory and transversal study with qualitative methodology, the sample of which is non probabilistic as a matter of convenience, composed of Angolan health professionals. We analysed cultural influence on Angolan maternal care of newborns and strategies for health intervention from the perspective of Angolan health professionals, as well as the performance of said professionals. Health professionals mention that cultural influence on care fosters practices which are not recommended by the WHO, with a detrimental effect on health, as happens for example in umbilical cord stump care by using products which cause omphalitis and increase the risk of sepsis and neonatal death. Said professionals defend that in view of this finding, it is fundamental to invest in strategies which will improve the quality of healthcare, in order to reduce neonatal mortality in Angola. These results support what has been described in scientific literature and studies within the same framework, reinforcing the need to pay attention to this reality.