Mestrado em Ensino das Ciências | Master's Degree in Sciences Teaching - TMEC
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Recent Submissions
- Estruturação do conhecimento através do hipertexto: uma aplicação ao ensino da geologiaPublication . Bolacha, Edite Paula Silva; Amador, FilomenaTecnologias da Informação e da Comunicação como a televisão, a Internet, o correio electrónico, aumentam diariamente a quantidade de informação que atinge o cidadão europeu. Mais do que nunca, torna-se hoje importante, distinguir o essencial do que é dispensável aprender em cada momento. E para que esta tarefa seja facilitada é necessário organizara informação, de modo que, os nossos alunos através das novas tecnologias, e usufruindo dos seus benefícios, aprendam significativamente. Teorias da aprendizagem como a da aprendizagem significativa de Ausubel ou a da flexibilidade cognitiva de Spiro, revelam preocupação quanto à organização dos conhecimentos na mente humana e à melhor forma de organizar a informação para que seja apreendida. Assumindo como pressupostos teóricos principais, aspectos das duas teorias supracitadas, e utilizando conceitos/conteúdos do programa de Biologia e Geologia do décimo ano de escolaridade, proposto em Maio de 2000 no âmbito da revisão curricular em curso no nosso país, construímos dois documentos hipertextuais com estruturas distintas: hierárquica e em rede. O estudo que consistiu na exploração, dos dois documentos, por alunos de uma escola da região de Lisboa, assumiu um carácter exploratório e teve por principal finalidade, a formulação de hipóteses que relacionam o tipo de organização hipertextual com o tipo de raciocínios e aprendizagens daí resultantes, susceptíveis de aplicação em futuros estudos. Os resultados sugerem que o documento hierárquico facilitou os raciocínios do tipo descritivo/classificativo dos alunos que o exploraram, enquanto que o documento em rede terá facilitado os raciocínios do tipo interpretativo/explicativo.
- A utilização da calculadora gráfica : um estudo no 12º ano de escolaridadePublication . Marques, Andreia Silva dos Santos; Domingos, António Manuel DiasDesde os anos oitenta que a utilização da calculadora gráfica é recomendada para o ensino da Matemática. A partir do ano lectivo de 1997/98 as calculadoras gráficas passaram a constar no programa oficial como utilização obrigatória e o seu uso a nível de realização do Exame Nacional passou a ser permitido. Parece indiscutível que a “vulgarização” do uso desta ferramenta dentro das nossas salas de aula, trouxe benefícios para o ensino da disciplina de Matemática. Contudo, a utilização por si só de uma calculadora gráfica não resolve todos os problemas inerentes ao insucesso da disciplina. Em 2004 foram publicadas pelo GAVE, as classificações que os alunos obtiveram nas questões de Exame Nacional referentes à utilização obrigatória da calculadora gráfica. Estes resultados mostraram que muitos alunos tinham uma classificação nula neste tipo de item. Surge então, como um tema pertinente para analisar, a forma como os alunos do 12º ano de escolaridade estão a utilizar a sua calculadora gráfica. Assim é objectivo deste estudo a compreensão e o conhecimento de todas as acções que permitam descrever a interacção que os alunos estabelecem com a sua calculadora gráfica, ou seja a frequência com que os alunos recorrem à calculadora gráfica para a resolução dos exercícios propostos, o tipo de utilização feita e os critérios escolhidos na sua utilização. Iremos também analisar e descrever as normas, crenças e valores desenvolvidos numa ambiente educacional onde está presente a calculadora gráfica. Por último e por ser preponderante o papel do professor analisaremos a interacção deste com esta ferramenta e a relação que este estabelece entre o uso da calculadora gráfica e os seus alunos. Para tal, pretendeu-se encontrar respostas ao seguinte conjunto de questões: - Qual o desempenho dos alunos na realização de tarefas matemáticas, onde é exigido a utilização da calculadora gráfica? - Que dificuldades é que os alunos sentem na resolução destas tarefas? - Que normas sociomatemáticas podem ser observadas na utilização da calculadora gráfica? Tendo em conta os objectivos delineados e o âmbito que as questões pretendem abranger optou-se por adoptar uma metodologia de natureza qualitativa, em particular os estudos de caso, que incidiram em três alunos do 12º ano de escolaridade. A estratégia de recolha de dados foi bastante diversificada. Optou-se por observação de aulas e como complemento procedeu-se a entrevistas onde se analisou a relação que os alunos estabelecem com a calculadora gráfica, a Matemática e a professora; entrevistas com tarefas onde era solicitado ao aluno que recorresse à sua calculadora gráfica para a sua realização e ainda recolha de documentação diversificada que se considerasse de interesse para o estudo. A análise de dados dividiu-se em três grupos. O primeiro onde se faz uma descrição do contexto do estudo. De seguida, tendo em conta as diversas etapas para a realização das três tarefas, descreve-se os procedimentos escolhidos pelos três alunos participantes no estudo. Por fim, como forma de caracterizar as interacções existentes na sala de aula identificou-se situações caracterizadas como sendo normas sociais e sociomatemáticas. Da análise destes dados pode-se concluir que o tipo de utilização feito da calculadora gráfica por parte dos alunos é bastante diversificado. Assim, foi possível constatar que a qualidade do uso desta tecnologia depende de vários factores, como seja: o conhecimento das funcionalidades da calculadora gráfica, as competências adquiridas na disciplina de Matemática, a motivação para o estudo bem como a intervenção da professora em todo o processo de ensino-aprendizagem. A calculadora gráfica foi vista como uma mais valia para o ensino, quer por parte dos alunos quer pela professora. As tarefas propostas, neste estudo, aos alunos participantes incluíam exercícios de Exames Nacionais, pelo que consideramos que será de interesse alargar este estudo a outro tipo de exercícios, bem como a uma observação alargada a um ano lectivo completo.
- Um estudo de etnomatemática : a matemática praticada pelos pedreirosPublication . Pires, Eugénia Maria de Carvalho Pardal; Moreira, DarlindaA presente Dissertação tem como objectivo principal responder à problemática: qual a Matemática praticada pelos pedreiros em contexto profissional. O quadro teórico que serviu de base à investigação é composto por duas partes: uma sobre a Etnomatemática, baseada principalmente no autor D’Ambrósio e a outra nas Comunidades de Prática, baseada no trabalho de Lave e Wenger. No domínio metodológico o estudo inclui uma componente empírica que envolveu a recolha de dados, numa empresa da construção civil (obra). Foi realizada através de procedimentos de inspiração etnográfica e envolveu um grupo de pedreiros, alguns serventes e o mestre-de-obra. Foram realizadas observações em contexto profissional e entrevistas semi estruturadas. A análise dos dados seguiu um esquema analítico de natureza interpretativa. Foram analisados dez episódios em contexto profissional: nomeadamente “A construção de um esquadro de grandes dimensões”; “ Um traço de massa!”; “Uma fracção de terreno ou de um mosaico…”; “Do desenho à realidade!”; “O lago circular sem Pi!”; “A inclinação do telhado”; “Quantos degraus colocam na escada?”; “Quantos tijolos vão precisar…”; “Uma carga de areia do rio quantos metros cúbicos traz?”; “Círculos inscritos num quadrado”; “As casas geminadas…”. Nestes episódios a Matemática encontra-se de forma implicitamente emergindo, evidenciando os saberes matemáticos praticados pelos pedreiros em contexto profissional. Como conclusões para o referido estudo apontámos a dicotomia existente entre a origem do conhecimento matemático dos pedreiros embutido nas suas práticas profissionais e aquele conhecimentos legitimados pela Matemática escolar. A origem da aquisição do conhecimento matemático e o rigor da sua aplicabilidade são aspectos igualmente analisados neste estudo. Por fim, nesta investigação emergem implicações para a prática lectiva da Matemática, nomeadamente, em relação ao currículo numa abordagem mais prática e próxima do quotidiano dos alunos podendo inspirar exemplos para utilizar em contexto educacional, tanto no ensino básico, como no secundário, no ensino recorrente ou até mesmo nas novas oportunidades, e na educação matemática para adultos.
- A literatura para crianças, meio de potenciar aprendizagens em matemáticaPublication . Rodrigues, Ana Paula Alves; Reis, Raquel
- A utilização dos materiais didácticos nas aulas de matemática : um estudo no 1ª CicloPublication . Botas, Dilaila; Moreira, DarlindaEsta investigação tem como objectivo principal analisar a utilização dos materiais didácticos nas aulas de Matemática do 1ºciclo num Agrupamento de Escolas nos arredores de Lisboa, percebendo quais os materiais mais usados e a visão pedagógica subjacente à sua utilização. Depois de apresentar vários materiais didácticos, referindo a sua importância e as várias perspectivas e recomendações sobre o seu uso no ensino da Matemática ao nível do 1º ciclo do Ensino Básico, e tendo em conta os objectivos do estudo, optou-se por um estudo de natureza quantitativa com características descritivas. Construiu-se um pré-questionário, que, depois de validado, deu origem ao questionário definitivo que foi aplicado a uma população de 53 professores do 1º ciclo que exerciam a sua actividade lectiva e não lectiva no Agrupamento. Este questionário recolheu a opinião dos professores sobre as seguintes questões: (1) O que pensam os professores da utilização dos materiais didácticos na aula de Matemática? (2) Está essa ideia relacionada com o que pensam sobre a Matemática? (3) Que materiais didácticos existem na Escola do Agrupamento? (4) Como é que esses materiais didácticos são utilizados na aula de Matemática? (5) Qual o material mais utilizado pelos professores na aula de Matemática? Por fim algumas questões focam-se no manual escolar. A análise dos resultados permite concluir que os professores do 1ºciclo, do Agrupamento onde decorreu o estudo, definem o material didáctico como sendo um objecto que visa a motivação do aluno, auxiliando-o na concretização e construção dos conceitos matemáticos. Consideram o material didáctico importantíssimo nas aulas de Matemática porque melhora a compreensão dos conteúdos e permite ao aluno construir o seu próprio conhecimento. Relativamente à ideia da Matemática, os professores inquiridos encaram-na como um conhecimento em construção, associada a métodos próprios de estudo, de pesquisa e de organização de informação que enriquecem a formação geral dos alunos. O manual escolar, o próprio corpo do aluno, as réguas e o ábaco são os materiais mais usados pelos professores nas aulas de Matemática, sendo a calculadora, as transparências e os pentaminós os menos usados. Relativamente ao modo como os materiais didácticos são usados na aula de Matemática, os professores afirmaram usá-los muitas vezes quer na resolução de problemas, quer na prática compreensiva de procedimentos. A selecção dos materiais a usar na aula é baseada nos seguintes critérios: conteúdo a trabalhar, características dos alunos, a existência do material em quantidade suficiente e saber explorar o material. No momento da planificação das aulas de Matemática, os professores destacaram o manual escolar como sendo o seu principal apoio. Para além de constituir, também, um instrumento de apoio ao aluno e um material útil para praticar e consolidar conteúdos. Em relação aos materiais existentes no Agrupamento, os professores assumiram ter conhecimento que materiais existem e onde se encontram guardados. Também consideram que os materiais estão adequados às exigências do currículo apesar de não existirem em quantidades suficientes de modo a fazer face às suas necessidades. Quanto à participação dos professores no processo de aquisição dos materiais didácticos, declararam serem apenas solicitados na escolha de manuais escolares e material estruturado. Na escolha dos manuais escolares consideraram a linguagem dos textos, o rigor científico e o tipo de actividades apresentados nestes como critérios determinantes.
- O Pavilhão do Conhecimento : ciência viva como recurso educativoPublication . Carvalho, António Alexandre Ferreira de; Pereira, AldaO presente trabalho pretende traduzir um estudo empírico, relativo à importância dos museus de ciências como espaços de educação informal. O estudo teve como objecto a interacção de estudantes do 7º e 9º ano de escolaridade de uma escola da periferia de Lisboa com as exposições do Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva1, nomeadamente sobre dois módulos experimentais da sala Exploratorium, designados de “Ilha de Luz" e “Sombras Coloridas". As conclusões retiradas da análise dos resultados obtidos é que a visita parece promover a mudança de atitudes para com a ciência, apenas não se registando resultados estatisticamente significativos na dimensão “Natureza Social da Ciência" para os alunos do 9º ano e na dimensão “Aprendizagem da Ciência" para os alunos do 7º ano. Quanto à aprendizagem conceptual que incidiu sobre os dois módulos da exposição atrás referidos, os resultados são bem demonstrativos da promoção de aprendizagens, observando-se resultados estatisticamente significativos para as duas amostras. Assim, e apesar das insuficiências já referidas, o estudo parece indiciar que o Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva como espaço informal de aprendizagem reúne potencialidades que podem ser exploradas, sobretudo pelas escolas, para aumentar a aprendizagem e interesse pela ciência dos seus alunos
- Mini-testes : uma possível estratégia para o sucesso na matemáticaPublication . Fernandes, Susana; Araújo, JoãoO ponto de partida deste estudo foi o seguinte problema: A realização de mini-testes nos últimos minutos de aula, focando os conteúdos leccionados na mesma, interfere na aprendizagem da Matemática, gerando o sucesso? Para o aprofundamento e contextualização do problema, foram definidas questões para investigação de forma a operacionalizar o estudo e a focar pontos importantes relativos ao problema escolhido: 1. Os alunos submetidos a mini-testes irão melhorar a postura na sala de aula, quanto à atenção? 2. Os alunos de Matemática do Ensino Básico, submetidos a mini-testes, nos últimos minutos de aula, sobre os conteúdos leccionados, revelam um melhor desempenho que os alunos que não foram submetidos a essas actividades? 3. Os alunos submetidos a mini-testes terão melhor sucesso na disciplina de Matemática? E para levar a cabo a finalidade traçada foram definidos os seguintes objectivos: 1. Verificar se a evolução do grupo de experiência foi superior ao grupo de controlo relativamente à postura na sala de aula, ou seja as atitudes dos alunos. 2. Verificar se a evolução do grupo de experiência foi superior ao grupo de controlo relativamente à aquisição e aplicação por parte dos alunos do conhecimento adquirido. 3. Verificar se a evolução do grupo de experiência foi superior ao grupo de controlo relativamente às notas finais de período. 4. Verificar se existe uma interligação entre a atenção do aluno na sala de aula e o seu sucesso, ou seja se a subida dos níveis de atenção acompanha o aumento dos níveis de sucesso. Os protagonistas deste estudo são 137 alunos, a estes foi aplicado um questionário o pré-teste e um pós-teste. A amostra encontra-se dividida em dois grupos, o experimental e o de controlo. Ao Grupo de Experiência pertencem 66 alunos, que antes da aplicação do pós-teste foram sujeitos a mini-testes ao longo do segundo período, sempre que se dava matéria nova, pertencendo ao Grupo de Controlo 71 alunos. O Grupo de Experiência difere do Grupo de Controlo, nos resultados obtidos no primeiro período, sendo o Grupo de Controlo o grupo com mais sucesso. O design adoptado para o estudo foi o design quase-experimental. Na parte final do trabalho, compara-se a actuação dos dois grupos antes e depois da aplicação dos mini-testes no segundo período. Avaliaram-se as diferenças existentes e apesar das limitações do trabalho desenvolvido, apurou-se que a aplicação de mini-testes no final das aulas sempre que é leccionada matéria nova é uma estratégia que revela algumas potencialidades no aperfeiçoamento da postura dos alunos face às aulas de Matemática como também na obtenção de melhores resultados nos testes que depois se podem traduzir na alteração de nível final de período. Permitindo assim colocar um maior número de alunos no padrão do sucesso
- Estudo da relevância do apoio da escola nas perspectivas profissionais dos alunos do 10º ano de escolaridade com aplicação dos modelos lineares hierárquicosPublication . Valente, Vítor; Oliveira, TeresaResumo Nas últimas décadas houve uma massificação do ensino, que incrementou a heterogeneidade e a diversidade cultural dos alunos com interesses e motivações diversas, provocando a formação de turmas com características bastante díspares entre elas e entre os seus elementos constituintes, onde as motivações, os interesses, os níveis sócio-culturais, as aptidões e os recursos são diferentes e multi-diversificados. Será que a escola tem respondido e/ou contribuído, e poderá responder, às carências de qualificações decorrentes das mutações sociais e tecnológicas entretanto operadas? Qual é, por conseguinte, a influência da Escola Pública nas escolhas profissionais e qual a importância que daí advém na posterior inserção social e profissional dos alunos? O objectivo deste estudo é contribuir para a compreensão de qual o apoio e importância que a Escola tem (poderia e deveria ter) no processo de opinião e decisão dos alunos quanto às suas perspectivas profissionais, com aplicação de modelos lineares hierárquicos. Em Educação, as populações investigadas têm uma estrutura hierárquica, por níveis, isto é: alunos, turmas, escolas, etc., constituem uma sequência natural de agrupamentos aninhados, de tal forma que as variáveis de um nível podem interagir com outras variáveis, dentro do mesmo nível hierárquico ou de outro nível. Os modelos estatísticos mais adequados à análise de dados desta natureza são os modelos lineares hierárquicos (MLH). Eles incorporam bem a variabilidade existente entre escolas e intra escola, assim como outros factores contextuais – de natureza social, cultural ou familiar – que exercem influência no percurso escolar do aluno
- Relevância da formação profissional no desenvolvimento de competências : uma aplicação ao sector bancárioPublication . Roçadas, Cláudia Vanessa Rosa Leitão de Macedo; Oliveira, TeresaEste trabalho de investigação, desenvolvido no domínio da Educação/Formação de Adultos, centra-se no estudo do impacto da Formação Profissional no Desenvolvimento de Competências junto de uma Instituição Financeira a operar em Portugal. Este estudo, surge numa altura em que o conceito de competência é uma estratégia competitiva clara nas práticas organizacionais da gestão de recursos humanos. O objectivo é contribuir para o aprofundamento e compreensão de uma problemática pertinente – avaliação da eficácia das acções de formação no desenvolvimento de competências profissionais. Considera-se que esta problemática se enquadra no contexto de uma sociedade do conhecimento, da informação e da tecnologia, em que as características da economia global, a concorrência generalizada, os mercados de capitais e os meios de informação dão lugar a empresas sólidas, competitivas, competentes, inovadoras e capazes de enfrentar os fortes obstáculos derivados da globalização de negócios. Mas, para as empresas terem uma visão estratégica, para alcançarem o sucesso e melhorarem continuamente os seus resultados financeiros é fundamental que possuam um capital humano altamente qualificado, motivado e orientado para cumprir os objectivos da instituição financeira. E, para os recursos humanos alcançarem excelentes patamares de qualidade, competência, eficácia e eficiência, tal só é possível com o cumprimento de um plano bem estruturado de formação profissional contínua. A metodologia adoptada baseou-se num estudo de caso. O objecto de estudo foi uma Instituição Financeira, em que foi realizado um inquérito por questionário e entrevistas, para além da análise de documentação disponibilizada, com a finalidade de se efectuar um levantamento de atitudes, metodologias e tipo de formação promovida por esse Departamento de Formação e Desenvolvimento Pessoal. Numa abordagem quantitativa, utilizou-se para a recolha de dados um inquérito por questionário, com uma amostra de 30 colaboradores e recorremos a um ramo de Matemática Aplicada: a Estatística, para efectuar uma análise descritiva dos dados. Numa abordagem qualitativa, utilizou-se para a recolha de dados a entrevista com uma amostra de três colaboradores e respectiva chefia directa. Os dados obtidos foram objecto de análise sobre cada um dos temas, tendo sido a interpretação realizada à luz dos objectivos e do suporte teórico, não havendo neste trabalho a pretensão de generalização de resultados. Como conclusão, verificou-se o reconhecimento geral da importância que as práticas de acções de formação profissional, promovidas pelo Departamento de Formação e de Desenvolvimento Pessoal, assumem no desenvolvimento de competências profissionais e, consequentemente, no aperfeiçoamento do comportamento profissional dos colaboradores
- Actividades de investigação matemática no 1º Ciclo do Ensino Básico : o contributo dos ambientes de aprendizagemPublication . Fernandes, Sónia Maria da Silva Garcia; Moreira, DarlindaResumo - A presente investigação pretende contribuir para uma melhor compreensão das diferenças e semelhanças existentes quando os alunos realizam diferentes tipos de actividades matemáticas, bem como entender quais as suas relações com os diferentes processos matemáticos. O estudo foi realizado numa escola do 1º ciclo dos arredores de Lisboa com vinte e dois alunos do terceiro ano de escolaridade. A questão de investigação central é a seguinte: “Quais as diferenças e semelhanças na participação dos alunos quando estão a resolver diferentes tipos de problemas e actividades de investigação e de que forma os diferentes processos matemáticos estão presentes durante a resolução?". Elaborando-se posteriormente as seguintes questões de investigação, para melhor desenvolver o estudo: I) O que é um problema para uma criança do terceiro ano de escolaridade?; II) Como é que uma criança do terceiro ano de escolaridade define um problema matemático?; III) Quais as competências comunicativas observadas em cada um dos ambientes de aprendizagem?; IV) Quais as representações usadas pelos alunos em cada um dos ambientes de aprendizagem?; V) Quais os processos matemáticos envolvidos em cada um dos ambientes de aprendizagem?; VI) Quais as competências sociais observadas em cada um dos ambientes de aprendizagem?. Este é um estudo de carácter qualitativo. Na primeira fase a investigadora assume o papel de observadora e na segunda fase tem um papel participante durante a implementação/desenvolvimento das actividades matemáticas planificadas pela investigadora. No final do estudo concluiu-se que entre problemas e actividades de investigação não existe uma dicotomia tão acentuada como inicialmente se pensava. É recomendado que exista continuidade entre elas, pois os alunos não conseguem realizar actividades de investigação sem passar pela resolução de problemas, como sugere a categorização de Skovsmose (1994/2001). Observaram-se cinco ambientes de aprendizagem e verificou-se que os cenários de investigação eram os que mais se aproximavam das vivências do quotidiano dos alunos, uma vez que foi nestes que se verificou uma maior participação e empenho na resolução por parte dos alunos. Os processos matemáticos: comunicar e representar assumem um papel de destaque tanto na resolução de problemas como nas actividades de investigação porque estes processos matemáticos ajudam os alunos a desenvolver novas estratégias no desenvolvimento de actividades de investigação. A verbalização por palavras permite aos alunos compreender melhor e avançar mais rapidamente no processo de resolução dos problemas propostos. O processo de representação assumiu um papel de destaque pois permitiu aos alunos uma melhor visualização da resolução, pelo que se destaca a importância da representação e da comunicação no processo de ensino-aprendizagem da matemática