Mestrado em Estudos Americanos | Master's Degree in American Studies - TMEA
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Recent Submissions
- Modos de mitigação da solidão do herói austeriano : um estudo de Oracle night e The brooklyn foliesPublication . Pires, Alexandra de Medeiros Mesquita; Avelar, MárioEste trabalho pretende demonstrar que, ao longo da obra de Paul Auster, a arte, em geral, e a literatura, em particular, são formas de regeneração, imortalização e mitigação da solidão do herói. A solidão como tema recorrente na obra do autor, para além de ser ilustrativa da condição pós-moderna, à qual subjazem sentimentos de alienação, confusão, dúvida, desestruturação e desagregação do sujeito, permite estudar dois tipos de reacção: a auto-destruição, por um lado, e a fuga pela arte, por outro. A questão da solidão construtiva, em que o indivíduo aproveita o facto de estar isolado para se tornar criativo, para se reinventar através da escrita e se perpetuar para além da sua vida física, será abordada de forma mais exaustiva, no intuito de demonstrar que Auster parece ir além da escrita experimental mas pessimista do denominado movimento pós-modernista, sendo um escritor no limbo de uma nova era a que o sociólogo Marc Augé dá o nome de Sobremodernidade. Todavia, Auster não deixa de apresentar características pós-modernistas na sua ficção. Destas, analisararemos o discurso irónico e metaficcional, procurando evidências destes nas obras Oracle Night e The Brooklyn Follies. Tendo por base estas características – pós e sobremodernas – procurámos gizar um tipo de herói, que não segue nenhuma tradição específica, mas que bebe de várias, ao qual demos o nome de herói austeriano. Neste âmbito, foram descritos os contextos espacio-temporais em que estas personagens se movimentam: a predilecção do autor por dois espaços complementares - a cidade de Nova Iorque e o conceito de quarto fechado – e por um “whirlpool” de planos temporais que se intersectam, sobrepõem e misturam labirinticamente. Será ainda analisado o modo como o discurso irónico contribui para a construção destas personagens, bem como uma subtil voz autoral, apenas auto-referencial e não autobiográfica, se pode discernir em passos frequentemente metaliterários ou metaficcionais. Finalmente, tentaremos demonstrar que o herói austeriano mitiga a sua solidão - fruto da fragmentação, alienação, ausência de causalidade e destino, e sua substituição pela supremacia do acaso na tessitura narrativa, muito própria da ironia pós-modernista - através de reacções positivas e construtivas, de entre as quais se destacam a criatividade artística consubstancializada na produção escrita literária e/ou não-ficcional.
- Figuras do anti-herói nos períodos de Pós-GuerraPublication . Canelas, Fernanda de Jesus Barreiros; Reis, Maria FilipaO presente trabalho é um estudo do conceito de herói e de anti-herói nos períodos do pós-guerra mundial. Para tratar o tema é feita, primeiramente, uma abordagem ao conceito de herói ao longo da história literária americana. Terminada a mesma segue-se a caracterização das décadas de vinte, de trinta, de cinquenta e de sessenta. A caracterização destas décadas é feita em termos sociais, culturais, políticos e literários de modo a delinear contornos para a exploração do tema e de respectiva exemplificação. A exploração de cada década é feita de acordo com o filme e a obra escolhida para tal. Aborda-se o tema do herói de acordo com as alterações que este sofre ao longo dos tempos, e conforme as mutações ocorridas na própria sociedade. Como instrumento de trabalho e de análise foram escolhidas as obras The Great Gatsby, S. Fitzgerald; Modern Times, Charlie Chaplin; Stepping Westward, Malcolm Bradbury e Manhattan, Woody Allen. É explorada a ideia, baseada em exemplos nas obras e nos filmes escolhidos, de que o anti-herói não é mais do que o próprio herói numa dimensão paralela àquela que o torna em alguém especial e exemplo para os demais.
- Relações intertextuais entre The hours de M. Cunningham e Mrs Dalloway de V. WoolfPublication . Silva, Maria Paula Barbosa; Reis, Maria Filipa
- Anne Hutchinson : uma pregadora e defensora da liberdade religiosa em New EnglandPublication . Nunes, Rosa Maria Magalhães; Marques, Maria do CéuAnne Hutchinson (1591-1643) deixou a sua confortável casa em Inglaterra e, com o seu marido e filhos, instalou-se em Boston, na Colónia da Baía de Massachusetts. Sendo Anne filha de um ministro, ouviu sempre discussões e debates religiosos desde tenra idade, tendo como mais importante a sua devoção a Deus. Por isso decidiu seguir o seu querido ministro John Cotton, quando este emigrou para a América. O seu extraordinário carisma levou-a a criar conflitos com os líderes da Igreja Puritana de Massachusetts, os quais se tornaram nos seus mais acérrimos opositores. A sua crença na salvação de cada indivíduo, com base na Graça em detrimento das Obras, e a sua oposição à doutrina da predestinação levantaram-lhe sérios problemas junto da ortodoxia Puritana. Anne Hutchinson seguiu a sua luz interior com tal convicção, defendendo as suas ideias com tanta autoridade espiritual, que os ministros se tornaram invejosos do seu poder, temendo a sua liderança. O facto de ser mulher e se recusar a ser submetida ao papel da época, isto é, as mulheres não tinham vontade nem ideias próprias, não ajudou à sua condição periclitante na colónia. Em 1637, Anne foi levada a tribunal em Newtown, Massachusetts e foi considerada culpada de “being a woman not fit for our society.” Foi excomungada e banida da colónia, vindo a fundar em Rhode Island um local de liberdade de expressão. Após a morte de seu marido, Anne Hutchinson e os seus filhos mais novos decidiram partir para a região de Nova Iorque. Os Índios, com quem ela tanto simpatizava, hostilizados pela traição holandesa, assassinaram Anne e todos os seus filhos com excepção da sua filha Susanna, única sobrevivente do massacre. Anne Hutchinson é hoje considerada uma mártir na luta pela liberdade religiosa.
- A interacção entre poesia e pintura : quatro interpretações poéticas inspiradas no quadro Os caçadores na neve de Pieter BreughelPublication . Araújo, Adriana Duarte; Avelar, Mário
- American Civil War photography : traces of death, injury, discrimination and wreckagePublication . Gomes, Maria Gabriela Ferreira; Childs, Jeffrey Scott
- O imaginário fantástico de Tim Burton : exemplos de gótico modernoPublication . Soares, Carla Marina M. J. Simões; Avelar, Mário
- Música pop : da estética, conceitos e preconceitosPublication . Teles, Maria Filipa; Avelar, MárioO estudo daquilo que é normalmente definido como Cultura Pop tem-se encontrado tradicionalmente dividido em três linhas gerais: a que não a considera como objecto digno de estudo; a que, embora se dedique ao seu estudo, a considera um objecto menor; e a que a reconhece como objecto de estudo académico válido. Este trabalho procura libertar-se dos preconceitos anteriormente expostos, reflectindo sobre os mesmos e refutando-os à luz dos mais recentes estudos. Pretende ainda avaliar alguns aspectos da Música Pop, ou Pop Music, nas suas vertentes estética e comunicativa, de forma tão objectiva, sucinta e clara quanto possível, de acordo com a terceira linha de abordagem acima. Assim, pretende-se que o presente trabalho constitua uma reflexão acerca das diferentes variáveis implícitas nas relações estabelecidas entre o indivíduo, ou espectador – que ouve e assiste à sua dupla vertente auditiva e visual – e a música que consome. Propomo-nos, ainda, reflectir acerca da evolução das formas de representação, subversão e desconstrução da figura feminina no âmbito da estética do vídeo-clip.
- Six feet under : a temática da morte nos Estados Unidos da AméricaPublication . Carvalho, Paula Cristina Freire Guerra Moura de; Marques, Maria do CéuA morte continua a ser uma das realidades mais interpretadas pelas culturas, pelas religiões e pelas ciências. As atitudes diante do fim da vida continuam a ser reveladas tanto pela espiritualidade como pelo medo. Os Estados Unidos da América, como nação singular no seu “way of life”, a partir da Guerra Civil (1861-1865) adoptou posturas e práticas mortuárias que se conservam até aos dias de hoje, tendo determinado a expansão de uma indústria funerária e criado um “way of death” único no mundo. Ao longo da sua história, a sociedade americana tem mudado de forma dramática a relação com os seus mortos. Nunca deixando de ser uma comunidade em que os vivos e os mortos se encontram demasiadas vezes, os americanos, talvez por isso mesmo, não abdicam de procurar uma certa intimidade com o corpo morto. Essa familiaridade, alterada e substituída gradualmente ao longo desse tempo por fundamentos e acontecimentos culturais, sociais, políticos, científicos e até tecnológicos, continua a ser uma condição indispensável à morte. O cinema e a ficção televisiva actuais, contínuos símbolos culturais de quem os produz, confirmam a excessiva mostragem do cadáver como portador da verdade. Sendo o embalsamamento a prática mortuária que mais distingue os americanos dos costumes funerários de outros povos, também é o que legitima a maioria dos seus académicos a afirmar que a América denuncia uma negação da morte. Esta dissertação pretende fazer uma análise histórica, social e cultural desse peculiar “way of death”, reflectindo se os americanos aceitam ou negam a morte mais do que os outros. Como obra de referência do nosso estudo elegemos Six Feet Under, uma série de televisão criada por Alan Ball e como obras literárias de apoio escolhemos Reading Six Feet Under, uma compilação de ensaios e Rest in Peace, de Gary Laberman
- Os EUA após a Segunda Guerra Mundial : a banda desenhada como imagem da controvérciaPublication . Tavares, Paula Cristina Ruivo de Almeida; Prata, Ricardo