Liderança Educacional
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Browsing Liderança Educacional by Subject "Agrupamento de escolas"
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- A agregação de escolas e agrupamentos e a possibilidade de inovação e melhoria no sistema organizacional: dinâmicas organizacionais e sistémicas na construção de um agrupamento em interação com os ‘stakeholders’: estudo de casoPublication . Salgueiro, João Esteves; Henriques, SusanaEste trabalho analisa a possibilidade de desenvolvimento de dinâmicas inovadoras no contexto da construção de um mega-agrupamento de escolas em interação com os stakeholders da comunidade. Sustentada num quadro de referência assente na teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann, mas convocando outros contributos teóricos, esta investigação põe em evidência que a construção de um novo sistema organizacional resultante da agregação de dois agrupamentos de escola e uma escola secundária não agrupada desencadeou processos de produção de mecanismos autopoiéticos, partindo da marcação de operações de distinção sistema/ambiente em contextos de fechamento operativo e abertura cognitiva. Simultaneamente, mostrou que a indução da mudança, através de novidades endógenas ao sistema, pode ser ativadora de novos horizontes de sentido, capazes de alterar as expetativas e produzir seleções que levam à melhoria do funcionamento do sistema organizacional com base nas suas próprias referências. As conclusões apontam, por outro lado, para a ideia de que os processos de mudança não podem ser completamente planeados, nem concebidos numa perspetiva linear e inteiramente controlada por dinâmicas promovidas por uma só pessoa ou mesmo por um grupo que transforma as suas perspetivas numa corrente maioritária, mas que a organização beneficiou de contributos provenientes de grupos dissidentes que contribuíram para tornar a mudança num processo de estabilidade dinâmica e recursiva, produzida num contexto de fechamento operativo e autorreferencial. Estes resultados foram alcançados com recurso a uma metodologia qualitativa, em que se realizaram entrevistas aos principais agentes do sistema organizacional em estudo, assim como dos principais stakeholders, recorrendo-se complementarmente a análise documental e a notas de campo
- A articulação vertical entre ciclos como uma oportunidade de aprendizagem : dois estudos de casoPublication . Carreira, Antónia Maria Louro; Oliveira, IsolinaOs agrupamentos de escolas desenvolveram-se tendo como base diversos normativos, no sentido de serem dotados de um projeto comum que abrangesse diversos ciclos de escolaridade numa lógica de rentabilização de recursos e diminuição do isolamento de estabelecimentos. Entre outras finalidades pretendia-se que com a formação de agrupamentos verticais emergisse um favorecimento da articulação e da sequencialidade entre os ciclos. A recente reorganização vertical dos agrupamentos em Mega agrupamentos fez sobressair as dificuldades já existentes no terreno em torno da articulação e sequencialidade. O presente estudo, desenvolvido em dois agrupamentos de escolas da zona centro do país, teve como objetivos: aprofundar conhecimento teórico e prático relacionado com a articulação vertical; compreender processos comunicativos, colaborativos e organizacionais referentes à articulação entre os ciclos; analisar a relação entre a articulação vertical entre os ciclos e a cultura de cada um dos agrupamentos e contribuir para a divulgação de estratégias promotoras da articulação vertical e significativa entre os ciclos. O estudo recorreu a uma abordagem metodológica mista, através da aplicação de questionários aos professores dos dois agrupamentos, da realização de entrevistas aos respetivos diretores e à análise de diversos documentos estruturantes em cada um desses agrupamentos. Os resultados revelam por parte dos professores uma visão adequada do que é a articulação vertical e vários tipos de constrangimentos na realização prática da mesma. Destaca-se uma prática de articulação vertical e de colaboração reduzida entre os professores. A existência de projetos colaborativos é uma realidade, mas nestes não está presente a perspetiva de articulação vertical, em nenhum dos agrupamentos, nem a participação de professores dos diferentes níveis de escolaridade na génese de um desses projetos. Os processos comunicativos ainda são muito formais e centrados em reuniões promovidas pelas direções dos agrupamentos. Num dos agrupamentos parece haver maior preocupação em articular o currículo dos vários ciclos na preparação do ano letivo, mas esse facto não foi suficiente para implementar de modo significativo a articulação vertical entre ciclos.
- A avaliação externa das escolas e seu impacto nas práticas de liderança num agrupamento de escolas: um estudo de casoPublication . Tavares, Ana Maria Fernandes Silva; Seabra, Filipa; Henriques, SusanaA preocupação com a qualidade da organização escolar (e os seus fracos resultados) já vem de longa data. Esta preocupação levou à instituição da avaliação das escolas. No nosso país o processo, no seu formato presente, iniciou-se com a publicação da Lei nº31/2002, porém, só em 2006 foi implementado um projeto-piloto, desenvolvido por um Grupo de Trabalho. Em 2007, finalmente, começou o primeiro ciclo da avaliação externa das escolas, orientado e executado pela IGE. O Decreto-Lei 75/2008, veio aprovar o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. Com este normativo pretendia-se tornar as escolas mais eficazes e eficientes. Segundo o legislador, a melhoria passaria, por reforçar as lideranças das escolas, sendo criado, assim, o cargo de diretor. As lideranças intermédias viram-se também valorizadas. O 2.º ciclo avaliativo das escolas iniciou-se sem realizar-se a meta avaliação do 1.º processo avaliativo. Assim sendo, entendemos que seria pertinente investigar os impactos do 1.º ciclo avaliativo nas práticas de liderança de escolas /agrupamentos. Com este estudo, que se centrou num agrupamento de escolas de um concelho de Viseu, pretendeu-se compreender como se posicionaram os vários agentes da comunidade educativa, à data, sobre os impactos da avaliação externa das escolas (AEE) ao nível das lideranças. São objetivos do presente estudo: 1 - Compreender como se posicionaram os vários agentes da comunidade educativa, sobre os impactos da AEE, após o primeiro ciclo avaliativo, no que toca: a) à visão estratégica e fomento do sentido de pertença e de identificação com o agrupamento de escolas; b) à valorização das lideranças intermédias do agrupamento de escolas; c) ao desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções inovadoras do agrupamento de escola; d) à motivação das pessoas e gestão de conflitos do agrupamento; e) à mobilização dos recursos da comunidade educativa do agrupamento de escolas; 2 - Compreender as circunstâncias/razões subjacentes ao posicionamento da comunidade educativa sobre o impacto do 1.º ciclo avaliativo nas lideranças do agrupamento. Na investigação, de cariz qualitativa, realizou-se uma entrevista, a dezassete indivíduos da comunidade associados a papeis de liderança. Recorremos, posteriormente, à análise documental de atas do Conselho Pedagógico, bem como o projeto educativo do agrupamento e o relatório da AEE do 1º ciclo de avaliação. Os resultados encontrados vão no sentido de uma apropriação superficial do processo avaliativo, por parte dos docentes e não docentes da comunidade educativa. A maioria dos entrevistados reconheceram que a AEE (1ºciclo) causou impacto no que diz respeito a cinco das dezassete questões que lhes colocamos acerca de fatores que caraterizam o domínio Liderança. Para os fatores em que consideraram não ter havido impacto a AEE, dão como justificação a cultura da escola, a liderança do diretor e a maturidade e profissionalismo docente.
- Os coordenadores de departamento curricular como impulsionadores da mudança : estudo em dois agrupamentos de escolasPublication . Correia, Ana Rita; Oliveira, IsolinaO estudo que desenvolvemos parte do pressuposto de que a melhoria nas escolas advém de processos que envolvem mudança nas suas dinâmicas internas, mobilizando todos os atores da vida escolar (Fullan & Hargreaves, 2001; Lima, 2010). Neste sentido, investigamos o papel dos coordenadores de departamento curricular no fomento do trabalho colaborativo e da reflexividade, que constituem práticas que caracterizam as comunidades profissionais de aprendizagem, cujo foco fundamental é a melhoria das aprendizagens dos alunos (Bolívar, 2012; Stoll, 2010). Suportado do ponto de vista teórico nos conceitos de melhoria, comunidade profissional de aprendizagem e de liderança, bem como na nossa experiência profissional, assumiu-se uma metodologia de investigação com um design de estudo de caso com abordagem mista, cujas técnicas de recolha de dados são a entrevista individual às diretoras dos dois agrupamentos em estudo, o focus group com os respetivos coordenadores de departamento curricular, a análise documental e o questionário, que abrangeu 212 docentes. Foram selecionados dois agrupamentos de escolas do distrito de Setúbal com uma dimensão e composição semelhantes, mas apresentando populações escolares com caraterísticas sociais, económicas e culturais distintas. Os resultados permitem inferir que os dois agrupamentos se encontram em diferentes patamares: num, encontramos evidências de práticas de colaboração e de reflexão; no outro, características fortemente compatíveis com o conceito de comunidade profissional de aprendizagem tal como é definida na literatura. Divergem ainda nas formas de exercer a liderança, que condicionam a existência de uma cultura democrática e participativa.
- A dimensão da escola conta? : um estudo de caso múltiplo sobre os efeitos da fusão de agrupamentos de escolas no seu capital socialPublication . Mesquita, Magda Pinto Elyseu; Oliveira, IsolinaA constituição de agrupamentos de escolas de grandes dimensões iniciada com a publicação da Resolução de Conselho de Ministros nº 44/2010, de 14 de junho, originou alguma convulsão um pouco por todo o país pelas profundas mudanças que viria a impor à gestão e administração dos estabelecimentos públicos de ensino. Nesta investigação procurou compreender-se as consequências da agregação de agrupamentos de escolas na qualidade das relações entre a direção e os professores, nas relações profissionais entre pares e no grau de participação dos docentes na vida do agrupamento. O estudo encontra enquadramento teórico na noção de capital social, aplicada no entendimento dos benefícios decorrentes dos laços criados entre indivíduos de um mesmo grupo ou rede relacional, tendo por base princípios como a confiança e a reciprocidade. A pesquisa empírica incidiu sobre três agrupamentos de escolas da zona centro de Portugal e recorreu a entrevistas aos respetivos Diretores, à aplicação de um inquérito por questionário ao seu corpo docente e à análise documental. O objeto de investigação foi analisado sob três variáveis (os efeitos da agregação dos agrupamentos nas relações entre o/a Diretor/a e o corpo docente, os efeitos da agregação dos agrupamentos nas relações docentes interpares e os efeitos da agregação no envolvimento e participação dos professores na vida da escola). Embora na perspetiva dos sujeitos participantes na investigação as relações entre diretor e professores, bem como as relações docentes interpares, não tenham sofrido mudanças significativas, o grau de envolvimento e de participação na vida da escola diminuiu por força das circunstâncias criadas pela criação do “mega-agrupamento”.
- Lógicas de ação da liderança para a melhoria da aprendizagem : estudo de casoPublication . Simões, Ana Maria Sucena de Oliveira Morais Rachinhas; Neves, CláudiaEm Portugal, as recentes tendências das políticas educativas apontam para uma alteração nos modos de regulação da educação, no sentido de uma maior autonomia e mudanças nas estruturas de poder das escolas, que se caracterizam pela criação de um órgão unipessoal de gestão e de liderança, com uma responsabilidade cada vez maior na melhoria dos processos e dos resultados escolares. A reflexão sobre estas alterações e as suas implicações ao nível da ação do diretor da escola para melhoria da aprendizagem na escola constituiu o eixo norteador deste projeto de investigação. Neste trabalho pretendemos conhecer e identificar as lógicas de ação da liderança de um diretor de agrupamento de escolas para a aprendizagem, na perspetiva do próprio e dos docentes. Para analisar as práticas de liderança do diretor na implementação do plano plurianual de melhoria recorremos ao estudo de caso de um agrupamento de escolas inserido num território educativo de intervenção prioritária. A investigação que empreendemos é um estudo de natureza qualitativa de cariz descritivo e interpretativo, que integra instrumentos de natureza quantitativa na forma de um questionário aplicado aos professores. Ao longo do estudo foi possível constatar que a liderança do diretor para a melhoria da aprendizagem exprimiu várias lógicas de ação e revelou-se contingente às situações na implementação do plano plurianual de melhoria: ora assumindo liderança de fidelidade à normatividade externa e prestação de contas, ora pendor democratizante ao aceitar a tomada de decisão do conselho pedagógico para não se realizar testes padronizados para a monitorização dos resultados escolares, nem valorizar uma supervisão clínica da ação docente, para o desenvolvimento profissional. A balcanização intradepartamental e o isolamento profissional foram apontados como constrangimentos organizacionais para a melhoria da aprendizagem.