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- A importância do brincar para os pais e educadores na educação infantilPublication . Barrionuevo, Clevani; Goulão, FátimaO brincar contém o mundo e ao mesmo tempo, contribui para expressá-lo, pensá-lo e recriá-lo. Brincando, jogando e criando narrativas, as crianças estão falando de si próprias, de seus medos, coragens, angústias, sonhos e ideais. Estão falando de seu tempo, da cultura em que vivem, aprendem e se desenvolvem. Pensando nisso, o presente estudo busca com-preender a importância atribuída ao brincar, presente na cultura lúdica infantil, diante do amplo contexto que envolve as crianças dentro dos diversos ambientes sociais (escola e casa) e como esses processos educativos são produzidos e valorizados. Os sujeitos da pesquisa foram quarenta e quatro famílias com filhos que cursam a educação infantil (de 4 a 6 anos de idade), de uma escola privada no interior do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Essencialmente o estudo está dividido em três partes. A primeira parte consta um resumo do brincar como um conceito e delineia algumas considerações teóricas em relação ao brincar, como alguns motivos para valorizar a sua prática e a resolução de problemas. A segunda parte trata das metodologias utilizadas na investigação e referência as concepções analisadas, utilizaram-se fontes múltiplas de evidência, como questionários prontos, observações e conversas. Na terceira parte é realizada uma análise de toda questão do brincar e o valor atribuído a ela na investigação, resumindo alguns conceitos e colocando novas considerações, trazendo à tona as concepções da família e educadores sobre o assunto. No decorrer de toda pesquisa as observações e sugestões são apoiadas por referenciais à literatura.
- A articulação vertical entre ciclos como uma oportunidade de aprendizagem : dois estudos de casoPublication . Carreira, Antónia Maria Louro; Oliveira, IsolinaOs agrupamentos de escolas desenvolveram-se tendo como base diversos normativos, no sentido de serem dotados de um projeto comum que abrangesse diversos ciclos de escolaridade numa lógica de rentabilização de recursos e diminuição do isolamento de estabelecimentos. Entre outras finalidades pretendia-se que com a formação de agrupamentos verticais emergisse um favorecimento da articulação e da sequencialidade entre os ciclos. A recente reorganização vertical dos agrupamentos em Mega agrupamentos fez sobressair as dificuldades já existentes no terreno em torno da articulação e sequencialidade. O presente estudo, desenvolvido em dois agrupamentos de escolas da zona centro do país, teve como objetivos: aprofundar conhecimento teórico e prático relacionado com a articulação vertical; compreender processos comunicativos, colaborativos e organizacionais referentes à articulação entre os ciclos; analisar a relação entre a articulação vertical entre os ciclos e a cultura de cada um dos agrupamentos e contribuir para a divulgação de estratégias promotoras da articulação vertical e significativa entre os ciclos. O estudo recorreu a uma abordagem metodológica mista, através da aplicação de questionários aos professores dos dois agrupamentos, da realização de entrevistas aos respetivos diretores e à análise de diversos documentos estruturantes em cada um desses agrupamentos. Os resultados revelam por parte dos professores uma visão adequada do que é a articulação vertical e vários tipos de constrangimentos na realização prática da mesma. Destaca-se uma prática de articulação vertical e de colaboração reduzida entre os professores. A existência de projetos colaborativos é uma realidade, mas nestes não está presente a perspetiva de articulação vertical, em nenhum dos agrupamentos, nem a participação de professores dos diferentes níveis de escolaridade na génese de um desses projetos. Os processos comunicativos ainda são muito formais e centrados em reuniões promovidas pelas direções dos agrupamentos. Num dos agrupamentos parece haver maior preocupação em articular o currículo dos vários ciclos na preparação do ano letivo, mas esse facto não foi suficiente para implementar de modo significativo a articulação vertical entre ciclos.
- I-lugar : imersão no património cultural mediado por média-arte digitalPublication . Guimarães, Francisco José Rosales Santana; Figueiredo, Mauro; Rodrigues, José Inácio de JesusUm lugar é um espaço geográfico delimitado pela natureza ou pela ação do homem. Mas alguns destes lugares tornam-se excecionais pela estética configurada pela ação da natureza, por estarem associados a eventos históricos, por terem servido de inspiração artística ou por serem eles próprios o resultado de produção artística. Estes espaços tornam-se assim lugares de património cultural (material, imaterial) ou natural, com memória e poética próprias, pela sua delimitação, configuração ou artefactos neles presentes, integrados numa narrativa que materializa o conceito de estética do lugar. A fruição destes lugares é efetuada normalmente por visita física, utilizando-se informação disponível sob a forma de folhetos, placas/sinalética e em alguns casos por guias digitais, ou por visita remota via website. No entanto, a evolução da tecnologia ao nível da realidade aumentada, hipermédia, utilização de Internet e dispositivos móveis, aliada ao conceito de média-arte digital, permite encontrar outras soluções. No entanto, estas soluções devem possibilitar uma forma de imersão e interação, enquadrada numa narrativa, que permita uma fruição mais reflexiva do lugar sob a forma de diálogo em busca da sua essência. Esta investigação utiliza um artefacto digital designado I-Lugar criado no contexto da investigação, utilizando website/blog (forma de hipermédia), narrativas digitais e realidade aumentada para testar este tipo de solução. O artefacto está centrado na necessidade de criar um meio de perceção da essência do lugar através da reflexão pela literatura, aplicando o pensamento de Heidegger (2016) relacionado com a origem da obra da arte e a literatura como forma de reflexão segundo Candido (2011), neste caso, aplicada a lugares de património. Seguindo uma metodologia baseada em estudos de caso, questionários e no processo de criação em média-arte digital, esta investigação descreve o artefacto I-Lugar e a sua aplicação a património natural (Jardim Calouste Gulbenkian) e património cultural (Fernando Pessoa e Street Art Lisbon). Como resultado da estratégia de validação da investigação são apresentadas as conclusões sobre a adequação do conceito utilizado na solução, face aos 45 questionários de avaliação sobre a intervenção com o artefacto I-Lugar e 16 questionários enviados a entidades gestoras de património, sobre o conceito em investigação. Em síntese, esta investigação tem como propósito estudar a forma como se podem conjugar narrativas digitais, hipermédia e realidade aumentada para melhorar a perceção e descoberta do público sobre a essência dos artefactos no seu contexto enquanto lugar de património. Isto é, na perceção estética que permita despoletar emoção na fruição, por imersão na poética do lugar, utilizando literatura para a reflexão sobre o lugar e seus artefactos.