CEMRI | Capítulos/artigos em livros internacionais / Book chapters/papers in international books
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing CEMRI | Capítulos/artigos em livros internacionais / Book chapters/papers in international books by Sustainable Development Goals (SDG) "13:Ação Climática"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Educação ambiental, empregos verdes e sustentabilidadePublication . Ramos, Maria da Conceição PereiraAs alterações climáticas constituem um dos maiores desafios do século XXI e as suas respostas devem ser integradas em estratégias nacionais e internacionais. A degradação ambiental, percebida pelo desequilíbrio ecológico e a desigualdade social advindas do processo de desenvolvimento socioeconômico impuseram à população mundial um ônus incalculável. O processo das alterações climáticas e as múltiplas catástrofes naturais, como as secas ou as enchentes, bem como, a longo prazo, a desertificação ou a subida do nível médio da água do mar, forçam milhões de pessoas a deslocarem-se. O desenvolvimento sustentável reduz a vulnerabilidade a catástrofes ambientais e alterações climáticas, podendo esta redução atenuar um dos importantes problemas atuais, o da migração forçada, ou o dos chamados refugiados ambientais. A participação dos especialistas das diferentes ciências humanas e sociais é essencial para a promoção do desenvolvimento sustentável, havendo muito a fazer, nomeadamente, nos domínios da conscientização ambiental, da educação e da formação. O texto chama a atenção para a necessidade de uma educação multidisciplinar que busque uma consciência ambiental, valores cooperativos relacionados à sustentabilidade e ao bem-estar social, económico e ambiental. Tendo em conta este objetivo, o texto defende que o sistema educacional precisa fazer frente à necessidade de desenvolvimento de competências na área ambiental. Destaca igualmente a necessidade de um novo paradigma económico, uma economia multidimensional que reconheça a paridade entre os diferentes pilares do desenvolvimento sustentável, em que o bem-estar social, o econômico e o ambiental sejam inseparáveis para construir um mundo mais igualitário, culturalmente diverso e ecologicamente viável.
- Migrações ambientais: desafios às políticas públicas, à cidadania e ao desenvolvimentoPublication . Ramos, Maria da Conceição Pereira; Ramos, NatáliaAs migrações representam um desafio para as políticas públicas dos Estados democráticos e para a inclusão social nas sociedades contemporâneas. A globalização e as alterações climáticas trouxeram um novo impulso aos movimentos transnacionais de pessoas, obrigando a repensar as políticas migratórias dos Estados e o modo de integração e direitos dos migrantes, procurando respostas para as novas realidades do fenómeno crescente das migrações ambientais. Este contexto exige também repensar a relação entre migração e cidadania, dois conceitos interligados, constituindo a cidadania um mecanismo importante de inclusão dos migrantes. Apesar do elevado número, os deslocados por razões ambientais não possuem ainda um estatuto formal, razão pela qual a ONU tem apelado ao reconhecimento pelo Direito Internacional do estatuto de “deslocado ambiental” que garanta a sua proteção. O “refugiado ambiental” não é abrangido pela Convenção de Genebra Relativa aos Refugiados (1951), pelo que é urgente um consenso a nível internacional, de modo a que esta nova categoria de refugiados seja reconhecida pelo Direito Internacional, e possa, assim, responder às necessidades crescentes de proteção destes indivíduos (alimentação, alojamento, assistência médica, entre outros). As consequências das alterações climáticas constituem uma ameaça para o bem-estar humano e um desafio para o desenvolvimento, as políticas públicas e a cidadania. As alterações climáticas começam a ter grande visibilidade nas políticas públicas, nacionais e europeias, e é importante o envolvimento das populações e dos municípios, bem como de organismos, decisores políticos, redes e acordos internacionais, nas estratégias de adaptação às mesmas, nomeadamente no que diz respeito às deslocações forçadas de populações, internas e internacionais, por motivos ambientais. A integração da mobilidade humana nas negociações sobre o clima representa uma etapa importante de tomada de consciência e de visualização dos impactos socioambientais da mudança climática sobre diversos aspetos do território, da qualidade de vida, da dignidade e da segurança das pessoas em diferentes regiões do mundo, trazendo uma dimensão humana e solidária para esta discussão no contexto da globalização