LE@D - Laboratório de Educação a Distância e Elearning | Dissertações e Teses
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- Vozes sobre a televisão no âmbito da educação de pessoas adultas : uma abordagem socioculturalPublication . Aires, Luísa; Trindade, Armando Rocha; Pablos Pons, Juan deA presente investigação emerge do campo epistemológico das Ciências Sociais – mais especificamente dos denominados Estudos Culturais – e fundamenta-se nas teorias de Lev Vygotski e Mikhaïl Bakhtin. A dimensão externa mais visível da perspectiva teórico-metodológica adoptada reside no seu carácter interdisciplinar, integrando propostas oriundas do âmbito da Psicologia, Filosofia, Sociologia, Ciências da Comunicação e Ciências da Educação. No estudo desenvolvido definimos como meta prioritária explorar os contributos da teoria sociocultural para a análise do papel mediador da Televisão nos processos de construção da Identidade Cultural vinculados a contextos específicos de Educação de Pessoas Adultas. Consideramos que os processos sociais e culturais que configuram o quotidiano das sociedades hodiernas produzem-se, sobretudo, como acontecimentos comunicativos mediáticos que interferem não só nas formas de organização social como também nos processos de construção de identidade cultural. Esta dimensão da realidade social constitui um importante repto para as Ciências da Educação, participantes na produção de novos discursos sobre os processos de aprendizagem observados nos diferentes âmbitos da acção humana. A concepção vygotskiana de mediação cognitiva e o papel dos signos – linguísticos e não linguísticos – na criação do pensamento humano associada à perspectiva bakhtiniana de discurso enquanto comunicação, dialogia, voz, género discursivo permitem-nos a abordagem sociocultural da oralidade como manifestação da linguagem nos modos de pensamento humano. Mediante o uso, domínio, privilegiação, reintegração e apropriação de diferentes instrumentos mediadores, os agentes criam outros instrumentos transformando o sentido e a natureza dos primeiros. Neste contexto, definimos como objectivo central da investigação estudar as formas de mediação protagonizadas pela Televisão em geral, e por um programa cultural televisivo, em particular, nos discursos escolares. Para tal, seleccionámos quatro grupos naturais de alunos do Ensino Recorrente pertencentes a diferentes níveis de escolaridade – 1º, 2º e 3º ciclos. A metodologia de recolha e análise de informação adoptada é de natureza qualitativa exploratória. A partir da aplicação da técnica de grupos de discussão e da metodologia microgenética inseridas na dinamização de actividades escolares orientadas pelos temas “A Televisão e o Quotidiano” e “O documentário Senhora Aparecida”, acedemos à exploração da privilegiação e reintegração do papel da Televisão como instrumento mediador nos processos educativos. O contraste teórico de uma proposta metodológica para a análise da mediação sociocultural com base na acção discursiva escolar, a exploração do método de grupos de discussão no estudo da mediação produzida por instrumentos culturais específicos como é o caso da Televisão e a análise de estratégias de resolução de problemas a partir dos discursos produzidos no contexto da aplicação da metodologia microgenética desocultam-nos um conjunto de propostas sobre a importância do diálogo na Educação de Pessoas Adultas, os modos de apropriação de programas de Televisão específicos e o papel dos contextos escolares na articulação de relações semânticas descontextualizadas e contextualizadas nas vozes dos agentes.
- Os professores, os alunos e os computadores : utilização, atitudes e estereótipos face aos computadoresPublication . Mendes, António Quintas; Trindade, Armando RochaNum momento em que os computadores assumem uma importância cada vez maior quer na sociedade em geral, quer no sistema educativo em particular, as questões relativas às atitudes, percepções, estereótipos e representações sociais em geral, adquirem particular relevância para o desenvolvimento das competências exigidas pelas sociedades contemporâneas. É nesse contexto que a presente investigação se debruça sobre os Padrões de Utilização, as Atitudes e os Estereótipos Sociais em tomo da utilização de computadores, quer por parte dos Professores quer por parte dos Estudantes. Para o estudo sobre as Atitudes face aos Computadores foi adoptada e adaptada a "Computer Altitude Scale" de Lloyd e Gressard (1984) cujo processo de validação deu origem a três sub-escalas: Ansiedade face aos Computadores, Interesse por Computadores e Auto-Confiança na Aprendizagem sobre Computadores. Os resultados mostram que os Utilizadores, quando comparados com os Não-Utilizadores, têm níveis mais baixos de Ansiedade e revelam mais Interesse por Computadores bem como maior Auto-Confiança na Aprendizagem sobre computadores. Tomados globalmente, os dados não revelaram diferenças importantes entre Professores e Estudantes. Revelam no entanto diferenças significativas ao nível da variável género sendo que os sujeitos do sexo masculino demonstram, em geral, atitudes mais positivas face aos computadores do que os sujeitos do sexo feminino. Estas diferenças de género surgem também no que diz respeito à frequência de utilização. Para o estudo respeitante aos Estereótipos Sociais sobre os computadores foram utilizadas várias tarefas em que eram apresentadas aos sujeitos figuras neutras que supostamente estavam envolvidas em tarefas de natureza diversificada e com níveis de complexidade diferentes (ex: "inserir dados"; "programar"). Os resultados mostram que quer os Professores quer os Estudantes percepcionam o computador como um domínio essencialmente masculino. Finalmente são discutidas possíveis explicações para as diferenças de género encontradas bem como as implicações pedagógicas deste estudo, nomeadamente estratégias de disseminação dos computadores na família e nas escolas que promovam para ambos os sexos a igualdade de oportunidades de acesso e de sucesso na educação e na sociedade.
- Hiperespaços multimédia : criar, mediatizar e explorar conteúdos para aprendizagem a distânciaPublication . Bidarra, José; Marques, Maria Emília Ricardo; Guimarães, NunoA investigação que realizámos pode ser descrita como um olhar prospectivo que relaciona as potencialidades da tecnologia existente actualmente com necessidades pedagógicas, sociais e culturais dos aprendentes nos dias de hoje. As tecnologias digitais, nomeadamente as baseadas na Internet, são um campo privilegiado para este tipo de investigação porque a sua expansão constitui um fenómeno cultural e social relativamente recente e que parece afectar de forma irreversível os processos de ensino-aprendizagem. Muitas das características da Internet e da World Wide Web são radicalmente diferentes dos média usados até agora nos sistemas de ensino, por exemplo, a possibilidade de acesso (quase) imediato a enormes repositórios de informação e a capacidade de facilitar a comunicação interpessoal (síncrona e assíncrona) à escala planetária. No entanto, existem outras características da Internet, e da Web em especial, que podem ser exploradas em sistemas de ensino-aprendizagem. É o caso da integração de materiais multimédia e da capacidade para construir materiais hipermédia. Estas possibilidades tecnológicas interessam especialmente porque vão ao encontro de variadas teses defendidas por cientistas cognitivistas e construtivistas ao longo das últimas décadas. Através deste estudo e do projecto UNIBASE (Programa PRAXIS XXI), foi possível testar a aplicação de algumas dessas ideias e observar a implementação no terreno de novas tecnologias de informação e comunicação em rede. Fundamentalmente, procurámos identificar quais são as condições necessárias para precipitar a emergência de modos de aprendizagem realmente eficazes com base nas tecnologias actualmente disponíveis. Perante este quadro, no sentido de descrever o estudo que efectuámos sobre essa nova relação pedagogia-tecnologia, adoptámos uma abordagem muito próxima do conteúdo semântico do binómio I&D (Investigação e Desenvolvimento), baseando-nos em observações e experiências que cobriram, de uma forma sistemática, algumas aplicações de tecnologias multimédia em rede. Partimos do conceito original de “hipertexto”, tal como foi pensado inicialmente por Vannevar Bush nos anos 40 e implementado por Ted Nelson nos anos 60, isto é, como processo cognitivo essencialmente baseado na linguagem escrita e na linguagem gráfica, permitindo a apropriação e o desenvolvimento não-linear de ideias e conceitos novos. O conceito “não-linear” é importante. Sempre que pensamos sobre o que nos rodeia constatamos que o fazemos de um modo não-linear... No entanto, desde crianças aprendemos a “linearizar” os nossos pensamentos a fim de os podermos comunicar de forma coerente e perceptível para os outros, oralmente ou por escrito, condicionando a nossa capacidade criativa e a nossa inteligência colectiva. Assim, neste estudo pretendeu-se verificar a capacidade de ensinar e aprender através de tecnologias digitais em rede, essencialmente com características não-lineares, que permitem tornar mais eficaz o esforço cognitivo (individual e colectivo). Importa também realçar que este processo que levou ao desenvolvimento de hiperespaços, em que participaram estudantes, professores e tecnólogos, potenciou o acumular de um corpo de conhecimentos que a todos veio beneficiar. Alguns aspectos da colaboração discentes-docentes foram, entre outros, a clarificação de conceitos importantes, a demonstração de noções pela prática, a definição de termos, a apresentação de exemplos e a compilação de referências. Ao estudar os modos como professores e alunos desenvolvem hipertextos, a partir de mapas cognitivos ou de conceitos, foi possível compreender os mecanismos usados para dominar a complexidade da vasta informação disponível e identificar estilos de aprendizagem individuais. Por outro lado, ao estudar esses hipertextos com integração de materiais multimédia, tornou-se evidente a panóplia de estratégias cognitivas usadas durante a aprendizagem, tanto a nível individual como colectivo. Pela avaliação do grau de estruturação dos conhecimentos em mapas cognitivos (ou conceptuais), pudemos ajuizar o âmbito de conhecimentos dominado pelos aprendentes e as suas capacidades associativas. Esta abordagem holística complementa, em certos casos podendo mesmo substituir, a clássica avaliação por exame final, a qual, como é sabido, tende a reduzir drasticamente o âmbito e a profundidade de uma avaliação de conhecimentos.
- Formação de professores a distância : experiências brasileirasPublication . Pereira, Eva Waisros; Trindade, Armando RochaEsta tese parte de uma retrospectiva histórica, em que se analisa a situação do Brasil ao longo de quinhentos anos, desde as origens da colonização portuguesa até os nossos dias, enfatizando as transformações ocorridas no decorrer do século XX e as suas repercussões na educação e cultura do País. Ressalta-se o caráter elitista da educação brasileira e as exigências impostas pelo desenvolvimento capitalista, especialmente a partir da década de 30, para a democratização e a modernização da área educacional. Conclui-se que as distorções havidas no nosso desenvolvimento são responsáveis pela crise social e educacional que o País atravessa. Dada à relevância que hoje se atribui à educação como fator de progresso social e econômico, destaca-se a importância do professor nesse contexto, procedendo à uma análise sobre o papel que o mesmo vem desempenhando e a trajetória de sua formação profissional ao longo do tempo. A partir dessas análises, depreende-se que há necessidade de serem introduzidas mudanças substanciais na educação brasileira, o que implica, por sua vez, a adoção de novos rumos para a formação e o trabalho docente. Nesse sentido, focaliza-se a educação a distância como uma das possíveis alternativas para responder às atuais demandas por uma educação mais democrática e de qualidade. O estudo que se desenvolve a esse respeito aponta para as diferentes concepções de educação a distância e as filosofias educacionais a elas subjacentes. A análise de duas experiências brasileiras de formação de professores a distância - LOGUS II e UM SALTO PARA O FUTURO -, apresentadas neste estudo, configuram esses diferentes modelos. Evidencia-se, ainda, a expansão da educação a distância em âmbito mundial, e a sua possibilitada pelo emprego das novas tecnologias, que recomendam a sua institucionalização em maior escala em nosso País, com vistas a contribuir para a solução dos problemas educacionais, que o atual momento histórico está a exigir da Nação brasileira.
- Intercompreensão: do espaço aula ao ciberespaçoPublication . Barbas, Maria da Costa Potes Franco Barroso Santa-Clara; Marques, Maria Emília Ricardo; Guimarães, NunoO trabalho que apresentamos, "Intercompreensão: do espaço aula ao ciberespaço", inscreve-se na área de investigação Comunicação Educacional Multimédia/Tecnologia e Pedagogia dos Discursos Mediatizados e teve como principal finalidade implementar, observar e analisar três experiências situadas em três "espaços" diferentes: na aula ("a, b, c do multimédia"); na aula - ciberespaço ("Projecto de Conver'gência Interactiva Internacional"); e no ciberespaço (grupo de discussão"A intercompreensão no ciberespaço"). Realizámos estas experiências com os aprendentes da formação inicial de Professores (Curso de Professores de 2° Ciclo do Ensino Básico, variante de Educação Visual e Tecnológica) na disciplina semestral de Técnicas da Comunicação Audiovisual. Partimos de algumas questões relacionadas com a planificação, utilização, integração, avaliação e reformulação de suportes mediatizados. Na primeira parte, introduzimos o tema"Aprendizagem ao longo da vida: raízes". Em três capítulos: "Sociedade do Conhecimento: desafios"; "A escola e as mudanças"; "Intercompreensão e ambientes didácticos", procurámos definir os conceitos-chave que estiveram na base dos projectos e que nos permitiram construir instrumentos de validação dos mesmos. Na segunda parte, estudámos a "Comunicação educacional: elos, interacções" em três dimensões: comunicação e educação; comunicação e tecnologias de informação; comunicação e comunicação educacional: actores e projectos. Na terceira parte, descrevemos os três projectos situados ao longo do tempo: "Multimédia: um argumento"; "Um projecto: Convergência Interactiva Internacional"; "Um grupo de discussão: A Intercompreensão no Ciberespaço". Na quarta parte, problematizámos as questões articulando-as com as competências definidas por Perrenoud (1999) e recorrendo, para as discutir, não só aos conceitos-chave desenvolvidos na 1ª e 2ª fases e sintetizados no final dos capítulos que compõem o trabalho, como aos resultados obtidos nos instrumentos de avaliação. Concluímos que os aprendentes valorizaram de forma diferente os suportes mediatizados, optando pelo CD-ROM e pela Internet em detrimento da videoconferência. Referiram como "muitíssimo importante" a dimensão afectiva que envolve o trabalho colaborativo dos multimédias e manifestaram grande interesse em continuar a participar em outros espaços de.aprendizagem. Os dados analisados nestes três projectos comprovam que a integração das TIC representaram, para o aprendente de TCAV, um conjunto de potencialidades pedagógicas, individuais, sociais e tecnológicas na construção e reconstrução de meios e materiais de ensino: 1. Os alunos conceberam informação num formato multimodal através da integração na Prática Pedagógica de formatos lineares e não lineares de informação e de comunicação; 2. Os alunos foram colocados numa situação de construtores de saberes, a "refazer" em produtos hipermédias; 3. Os alunos adquiriram conteúdos e ferramentas, não só para procurarem, mas também para construírem e analisarem discursos digitais; 4. Os alunos problematizaram a investigação inerente a diferentes contextos de aprendizagem.
- Ambientes tecnológicos e aprendizagemPublication . Ramos, Maria Clara Guedes Monteiro; Marques, Maria Emília RicardoEsta dissertação apresenta o título – “Ambientes tecnológicos e aprendizagem”, com base no contributo das TIC, nos domínios da Educação e da Formação, num contexto cada vez mais global. Genericamente, alicerça-se numa análise da mutação contemporânea em relação com o saber e com os novos sistemas de aprendizagem, trate-se de cibercultura, ou de e-Learning. No sentido de minimizar o acentuado défice de competências existente, este dispositivo de aprendizagem propicia um sistema de Ensino a Distância, em ambiente virtual, tendo como infraestrutura tecnológica dominante a Internet / Web. Disponibiliza-se assim, a possibilidade de uma formação permanente, “ao longo da vida”, personalizada, cooperativa e colaborativa, tanto mediata como imediata, reduzindo custos, e eliminando barreiras de cariz, maioritariamente social e educativo. Para esta reflexão, partimos de uma hipótese inicial, raiz de um estudo exploratório, que consistiu no diagnóstico de situação do Ensino a Distância e da aplicação das TIC, entre 1997 e 1999, nos domínios do Ensino e da Formação em Portugal. Embora tratando-se de uma amostra reduzida, em virtude do período em análise corresponder às primeiras experiências naquele âmbito, entre nós, a investigação de terreno efectuada procurou apresentar resultados, a partir da implementação de vários instrumentos e técnicas de avaliação. Partimos da formulação de uma hipótese teórica, alicerçada em diferentes contextos, ferramentas, situações pedagógicas e actores intervenientes no processo de aprendizagem. Neste âmbito, procurámos primeiro equacionar as múltiplas vertentes – pedagógica, didáctica, tecnológica, social, cultural, afectiva e cognitiva, que interagiam no sistema. Os resultados obtidos, bem como as conclusões a que chegámos, ajudaram-nos a definir linhas de orientação fundamentais para a génese de um modelo prototípico de aprendizagem, de orientação construtivista. A nível das orientações para um futuro próximo, e atendendo ao princípio de pragmatismo, que julgamos indispensável dever caracterizar este tipo de investigação, propomos algumas pistas e sugestões para experiências congéneres, na área do Ensino a Distância. Em suma, pretendemos desenhar um modelo conceptual, orientador de futuros estudos neste domínio, que contribua para um sistema de aprendizagem, cada vez mais inovador, eficaz e de qualidade.
- Ensino online : contextos e interacçõesPublication . Morgado, Lina; Marques, Maria Emília RicardoNa procura da compreensão do que é o ensino online, a literatura discute as suas problemáticas como sendo algo de novo. Ao aprofundar-mos estas temáticas, verificámos como afinal, se retoma, como se fosse a primeira vez, as considerações e reflexões que afinal, definiram o território conceptual do ensino a distância, ou seja, os seus fundamentos. Assim todas as discussões em torno do acesso, da flexibilidade, da mediação tecnológica, da interacção, dos problemas do estudante e mesmo a procura de legitimação do ensino online face ao ensino presencial, desenvolvem-se agora, na perspectiva do ensino online. Ora, estes aspectos prendem-se com a natureza do ensino a distância e não particularmente com o ensino online. Digamos que o ensino online, apesar de trazer novos problemas, actualiza a discussão em torno de alguns dos seus fundamentos, que constituem afinal, velhos problemas do ensino a distância. Nesta base, fundamentámos como o ensino online se inscreve no ensino a distância, constituindo a sua mais recente geração. Contudo, o ensino online introduz grandes alterações no ensino a distância, e que justificam que se fale de uma mudança de paradigma. Esta mudança de paradigma situa-se na possibilidade de existir um grupo de aprendizagem—um grupo classe—invertendo aquilo a que noutras gerações de ensino a distância foi qualificado como a desintegração da sala de aula. Trata-se porém de uma nova sala de aula, distribuída no espaço, des-localizada - a sala de aula virtual — com características únicas onde a interacção se baseia na escrita, é independente do espaço e do tempo e é de muitos-para-muitos. É este elemento (o grupo-classe) que possibilita uma aprendizagem contextualizada, colaborativa, inconcebível noutras gerações de ensino a distância. A sala de aula virtual não é uma réplica da sala de aula presencial, nem uma sua simulação, mas um novo contexto de ensino-aprendizagem com regras e características próprias. Trata-se de um cenário técnico-pedagógico que possibilita a criação de contextos de ensino-aprendizagem particulares, com características específicas apoiado em pressupostos que derivam das características e potencialidades do medium, da ferramenta tecnológica e das concepções de natureza pedagógica. No seu conjunto configuram e definem um quadro a partir do qual é possível partir para a construção de uma sala de aula específica. O ensino online traz inegavelmente, uma alteração do papel tradicionalmente atribuído ao tutor de ensino a distância—um mediador de conteúdos—exigindo por isso, novas competências, novas funções, um novo papel. De repente, este tutor tem de agir num contexto social de aprendizagem, que o obriga a mobilizar uma série de instrumentos pedagógicos, didácticos de organização e gestão anteriormente garantidos pelos materiais de ensino e neles embebidos por um lado, e gerir e moderar uma interacção que deixa de ser de um-para-um e de um-para-muitos para passar a ser de muitos-para-muitos—um papel agora investido de maiores responsabilidades e maior raio de acção. Na literatura da especialidade há a convicção de que a chave do sucesso do ensino online se centra na actuação do tutor. Com estes pressupostos procurámos analisar dois casos, estudando as expectativas e percepções de tutores e estudantes quanto ao ensino online, ao papel do tutor neste contexto e à pedagogia do ensino online. Mas o que faz um tutor online? Quais são os seus actos de tutoria e como se definem? Procurámos estudar estes actos dos tutores em cada um dos casos. Enquadrados pelo Modelo da Comunidade de Inquirição (Anderson et al. 2001) estudámos as expectativas e concepções de formandos e tutores relativamente ao ensino online e ao papel do tutor nesta modalidade de ensino; as características do contexto em que os cursos se desenvolvem – as salas de aula virtuais; os níveis e características da interacção ocorrida; e a acção do tutor, que procuramos analisar e sistematizar na sua interacção com os formandos através da análise quantitativa de conteúdo apoiada nas categorias da Presença de Ensino de Anderson et al. (2001) e Garrison & Anderson (2003).
- A integração das novas tecnologias no pré-escolar : um estudo de casoPublication . Amante, Lúcia; Marques, Maria Emília Ricardo; Martins, Margarida AlvesA presente investigação tem como objectivo descrever e analisar os processos de integração das novas tecnologias da informação e da comunicação num estabelecimento de educação pré-escolar. Assume o formato de um estudo de caso, onde se privilegiam metodologias de natureza qualitativa e adopta uma perspectiva interpretativa construtivista. Constitui-se como um projecto de investigação-acção, dado que para além de procurar compreender a realidade procura igualmente intervir nessa realidade. Neste âmbito, os objectivos visados organizaram-se a três diferentes níveis: Objectivos de Investigação, Objectivos de Inovação e Objectivos de Formação, tendo como fim último contribuir para desenvolver uma prática educativa de qualidade no Jardim de Infância. Defende-se que as novas tecnologias podem constituir-se não apenas como recurso didáctico mas como um instrumento cultural utilizado na prática pedagógica da educação pré-escolar com finalidades sociais autênticas que lhes conferem significado. Procurou-se, deste modo, que as novas tecnologias fossem integradas no contexto das salas de actividades, servindo objectivos e finalidades reais, inseridas no conjunto de actividades curriculares, promovendo novas experiências educativas num contexto integrado de aprendizagem. Perspectivou-se, nesta óptica, um processo de formação em contexto que decorria no Jardim de Infância em estreita relação com as necessidades do quotidiano das salas de actividades e da instituição. Adoptou-se um modelo de auto-formação cooperada, decorrente da intervenção e das necessidades que ela colocava, assente no princípio do isomorfismo pedagógico. As conclusões deste estudo apontam para a necessidade de perspectivar a mudança e a inovação considerando a complexidade e especificidade dos contextos concretos, destacando-se neste âmbito com particular relevância a importância do clima organizacional e do factor liderança no desenrolar de processos de intervenção/inovação. Evidenciou-se também neste trabalho um conjunto de possibilidades efectivas de utilização das novas tecnologias em contexto de jardim de infância e a sua mais valia na criação de dinâmicas de trabalho significativas e educacionalmente relevantes. Foi igualmente possível avaliar os efeitos da intervenção ao nível das percepções e atitudes das crianças face ao computador e seus utilizadores. Este estudo suscitou ainda a reflexão sobre um conjunto de questões mais amplas relativas designadamente, à formação dos educadores, às políticas educativas, qualidade dos media digitais, equidade no acesso às novas tecnologias, entre outras. Numa primeira parte apresenta-se o enquadramento teórico da investigação, onde se aborda, entre outros aspectos, a questão da qualidade na educação e sua relação com a inovação educacional, bem como a problemática da formação de professores, salientando as novas perspectivas que emergem neste domínio. Discute-se ainda a relação da Escola com a sociedade profundamente tecnológica em que hoje vivemos, bem como aspectos mais específicos relativos à utilização das novas tecnologias por crianças ao nível da educação pré-escolar, considerando aos resultados da investigação desenvolvida neste âmbito. Numa segunda parte surge o enquadramento epistemológico e metodológico subjacente à investigação, procurando fundamentar as opções tomadas a este nível. A terceira parte apresenta o desenvolvimento do estudo de caso que constitui o objecto deste trabalho. Nela se descreve e analisa todo o contexto e percurso realizado ao longo dos 15 meses da intervenção, procurando, sempre que possível, dar voz aos diversos actores que o vivenciaram. Cabe ainda, nesta parte, a apresentação de um estudo específico realizado sobre a percepção e atitudes das crianças sobre o computador e seus utilizadores, antes e após a intervenção, onde se procura dar conta dos reflexos da mesma neste domínio.
- Os meios tecnológicos na Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Ramalho, Anabela Panão; Cerveira, Alexandre; Simões, AntónioA presente tese aponta a necessidade que há de se proceder ao reconhecimento dos verdadeiros resultados das sucessivas Reformas do Sistema Escolar Português, nas últimas três décadas do século XX, as quais tinham como objectivo a Educação dos Cidadãos livres de uma sociedade em permanente e acelerada evolução, por força das pressões de ordem sociológica e tecnológica. Confrontado com o actual binómio trabalho/sociedade, cada cidadão tem o direito de exigir ao legislador responsável um modelo de ensino que crie um sistema global de pensamento e adaptação à mudança ao longo da sua vida; na verdade, é hoje de vital importância a formação de indivíduos, dotados dos conhecimentos e das competências mais amplas e profundas, que os tornem capazes de "aprender a aprender" e, ao mesmo tempo, é essencial que sintam a necessidade de incrementar, constantemente, o seu nível de conhecimento. Na sociedade actual, a informação integra modalidades simbólicas de distintas linguagens de comunicação, como textos, imagens, sons e gráficos, o que gera, naturalmente, mais motivação aos usuários, já que o formato da apresentação de informação é atractivo e simpático. Neste contexto pretende-se averiguar em que medida os docentes dos ensinos Pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico se têm actualizado, ao ritmo adequado, a esta sociedade de informação em rápida evolução; e, neste sentido, tentar saber do recurso, nas várias docências, aos meios tecnológicos disponíveis, tendo em conta as novas tecnologias. No plano teórico a nossa investigação situa-se no âmbito dos Jardins de Infância e das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico implantados em espaços diversificados ao nível do território nacional escolar, de modo a optimizar a fiabilidade da amostragem baseada nos questionários distribuídos aos docentes. Partimos da hipótese geral: "Os docentes do ensino Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico não estão a utilizar, de forma adequada e rentável, todos os meios audiovisuais e informáticos, actualmente disponíveis"; as razões mais óbvias que nos levaram à formulação desta hipótese descobrimo-las pela observação directa, ao verificarmos que havia docentes a quem falta a formação adequada para o seu uso e, noutros casos, não tinham acesso a esses meios, porque simplesmente nem eles nem a sua escola os possuíam. A averiguação da hipótese põe em evidencia a necessidade da formação inicial e contínua daqueles docentes, de modo a torná-los aptos e motivados para o uso das tecnologias da informação e da comunicação; isto, porque os seus alunos, normalmente, são seus consumidores fora da escola.
- Projecto DVD-ROM – instrumentos musicais: uma aplicação em educação musical no Terceiro CicloPublication . Rolo, Rui; Bidarra, JoséEste trabalho incide sobre uma investigação de carácter educacional. Pretende-se investigar o processo de aprendizagem através de um instrumento multimédia – DVD-ROM Instrumentos Musicais, de alunos pertencentes ao terceiro ciclo do Ensino Básico em Educação Musical. Esta investigação pretende averbar se este instrumento/ferramenta multimédia Instrumentos Musicais (que se pode enquadrar no patamar dos Produtos Educacionais Multimédia) é um bom veículo de transmissão de conhecimentos e se facilita as aprendizagens funcionando como complemento comparativamente a uma aula denominada de tradicional. O estudo recai sobre a observação dos alunos em aula e da análise de dados resultantes de um questionário a ser aplicado no final da aula. Prevê-se a divulgação ao meio educacional do instrumento em investigação, se se verificar, que o projecto DVD-ROM – Instrumentos Musicais proporciona a aprendizagem, na mesma medida que uma aula designada de tradicional o faria