Mestrado em Estudos Portugueses e Interdisciplinares | Master's Degree in Multidisciplinary Portuguese Studies - TMEPI
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Browsing Mestrado em Estudos Portugueses e Interdisciplinares | Master's Degree in Multidisciplinary Portuguese Studies - TMEPI by advisor "Sequeira, Rosa Maria"
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- O estereótipo no donjuanismoPublication . Sobrinho, Maria Manuela de Sá; Sequeira, Rosa MariaO Mito de D. Juan ainda continua vivo ou, pelo contrário, extinguiu-se, tornando-se uma lenda ligada ao donjuanismo? Esta foi a principal interrogação que motivou a autora deste trabalho. Confrontados com um número de obras e de opiniões muito considerável a respeito deste mito, pretendeu-se, num primeiro momento, fixar uma noção de mito que permitisse fundamentar a sua existência nas sociedades históricas e na actualidade. Partindo principalmente da valorização da linguagem na construção do mito, sugerida por Roland Barthes em Mitologias, e por Luís Cencillo em Mito, Semántica e realidad, procurou-se encontrar na linguagem de sedução um espaço de trabalho, aberto à aplicação de uma análise literária pragmática, que permitisse uma compreensão do Mito de Don Juan. Servindo-se particularmente das leituras de Ruth Amossy a respeito do estereótipo, a autora estendeu este estudo à produção literária donjuanina na literatura portuguesa, particularmente às mais representativas em termos de reconhecimento literário e de actualidade, a saber: A Morte de D. João, de Guerra Junqueiro; D. João e Máscara, de António Patrício; D. João e Julieta, de Natália Correia; D. João no Jardim das Delícias, de Norberto Ávila e D. Giovanni ou o Dissoluto Absolvido, de José Saramago. A autora desta dissertação de mestrado concluiu que o Mito de Don Juan, enquanto mito da palavra, não é identificável com um mito literário. Não foi a literatura que criou o mito de D. Juan, mas foi o Mito de D. Juan que se apropriou da literatura, particularmente do teatro, como o espaço ideal para a sua concretização material de mito por excelência da palavra
- "Quatrocentos Mil Sestércios" de Mário de Carvalho: intertextualidade para a escolaPublication . Hilário, Rui Filipe Alves; Sequeira, Rosa Maria
- A sedução no mito de D. JoãoPublication . Silva, Delfim Correia da; Sequeira, Rosa MariaAo escolhermos realizar esta dissertação, sobre um tema relacionado com o mito de D.João, tivemos a perfeita consciência dos inúmeros “perigos” que tal tarefa pressupunha, pois tendo sido glosado por inúmeros autores, sob as mais variadas formas literárias e artísticas, como a ópera, o bailado, o cinema, incluindo o incontável conjunto de ensaios literários sobre o assunto, corríamos o risco de situar o nosso estudo num plano de menor interesse científico, uma vez que já quase tudo foi dito sobre a figura de D.João Tenório, que a par de Hamlet, Don Quixote e Fausto constitui uma das personagens literárias mais conhecida universalmente. Tirso de Molina ao elaborar o seu Burlador de Sevilha estava longe de imaginar que ele se transformaria num mito, num tema supranacional. Contudo, o tema da nossa investigação A sedução no mito de D.João contribuirá, ainda que modestamente, para, porventura, compreender melhor as facetas mais relevantes da personagem que ocupa um lugar privilegiado na literatura universal e no imaginário de todos nós. Seguiremos uma perspectiva histórica, procurando apontar as marcas comuns ou constantes na evolução do mito, apontando alguns factos históricos e culturais que terão seguramente condicionado as metamorfoses da figura lendária e influenciado a caracterização do prodigioso sedutor. Molière terá, aparentemente desconhecendo a peça de Tirso de Molina, criado um D.João muito especial, que faz da palavra a sua principal arma na conquista dos outros e na transformação do mundo, respeitando os traços invariantes que foram conservados na passagem da lenda ao mito, isto é, o herói sem escrúpulos e inconstante, o grupo feminino, e o morto (Rousset, 1981:28). E, como diz Nuno Júdice na tradução da peça D.João de Molière, «o teatro é o desejo que a palavra tem de se tornar corpo» (Júdice, 2006: 11). Analisaremos ainda, e mais particularmente, o ambiente da sedução e as estratégias de conquista nas versões portuguesas, essencialmente a nível do discurso (na perspectiva da Pragmática e da teoria dos actos ilocutórios), mas também tendo em conta os comportamentos, gestos, a sua aparência física, o tom de voz, a indumentária e objectos, tais como a espada e os instrumentos musicais encantatórios, que se ajustam ao perfil de sedutor de muitas mulheres (códigos paralinguísticos)