Mestrado em Estudos Comparados - Lit. e Outras Artes | Master's Degree in Comparative Studies - Lit. and Other Arts - TMECLOA
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Browsing Mestrado em Estudos Comparados - Lit. e Outras Artes | Master's Degree in Comparative Studies - Lit. and Other Arts - TMECLOA by advisor "Carreto, Carlos F. Clamote"
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- A engenharia do admirável mundo novo : aspectos do imaginário da poesia de Álvaro de CamposPublication . Gonçalves, Daniel da Silva; Carreto, Carlos F. ClamoteA imaginação permite ao homem captar a essência oculta do mundo, ligando, através da simbolização, níveis de matéria e de significação invisíveis a olho nu. Observar, além da forma, imagens que cintilam verdades inefáveis é uma tarefa que o poeta pode abraçar, se desejar ser a ponte entre mundos que raramente se encontram. E porque a poesia é, geralmente, um momento raro e precioso, percebemos por que razão é que os poetas aspiram ir além do visível, atentos à abertura de uma profundidade inesgotável, quase sobrenatural, para lá do sensível. A poesia de Álvaro de Campos pode ser resumida, de facto, neste apelo ontológico, que busca o conhecimento do ser absoluto, das causas do universo, como fim ideal e inacessível da arte. Primeiro, à luz do imaginário futurista, depois, sob o candeeiro fusco do próprio Pessoa, confundindo, assim, alter-ego e heterónimo, deixando-se infiltrar pela melancolia, pela apatia, pela solidão que, necessariamente, se revelam através de determinadas imagens e símbolos, como chaves para acedermos a um mundo sagrado, noutra realidade do Ser. Se a poesia possui este poder, a de Álvaro de Campos, cuidadosamente organizada por Fernando Pessoa para permitir o acesso a um íntimo latente dele-próprio, terá, com certeza, um filão interessante de matéria para explorar, à luz do pensamento dos estudos do imaginário, com os contributos de Gilbert Durand, Gaston Bachelard, Jean-Jacques Wunenburger, entre outros.
- Habitar (n)o imaginário: a figura de D. Sebastião na literatura e nas artesPublication . Xavier, António; Carreto, Carlos F. ClamoteAs reflexões que aqui se apresentam pretendem contribuir para o estudo do imaginário sebastianista na literatura e nas artes. Procura-se, a partir da análise privilegiada de uma obra literária e duas obras do domínio das artes plásticas, nomeadamente uma pintura e uma escultura, questionar os possíveis significados do mito sebastianista, procedendo-se também a uma leitura e interpretação deste mito tanto em função da sua apropriação pelos autores como das diversas modalidades de representação artística que o transformam. Ao mesmo tempo, tenta-se perceber qual o papel dos artistas e das obras literárias/ plásticas na criação de mitos.
- A metáfora do mar : do imaginário de Ulisses aos homens dos dórisPublication . Pernas, António José dos Santos; Carreto, Carlos F. ClamoteO objetivo desta dissertação, intitulada, “A metáfora do mar: do imaginário de Ulisses aos homens dos dóris” centra o seu ponto principal de estudo à volta do imaginário marítimo português. Num país com ligações estreitas com o mar, importa olhar para a viagem oceânica no sentido de explorar a condição odisseica na qual o real converge plenamente com o imaginário, desde os tempos de Homero a Luís de Camões e, tendo o seu alcance principal, num grupo de pescadores, conhecidos, como os homens dos dóris. Na contextualização desta dissertação traçou-se uma panorâmica sobre as vivências destes homens em alto mar, contrastando todo um sentido alegórico e simbólico, revestido, na figura do herói mítico, Ulisses. No regresso – imaginário de ausência – fundamentam estes homens o seu dia-a-dia, solitário, submisso e sacrificado, em prol da família que os aguarda, ansiosamente, em terra. Assumindo o sagrado, como uma forma de regresso, navegam, tal como Ulisses, pelo olhar e acabam por percorrer uma trajetória marítima e de vida, onde se descobrem, interiormente. Esta investigação acabou por concluir ser possível tecer analogias, entre os homens dos dóris e o imaginário do herói Ulisses, criando-se uma contiguidade que fortalece e transporta os homens dos dóris à ressurreição do mito de Ulisses. Através da arte de pescar à linha do bacalhau, foi possível perceber a ligação e o poder que o mito conjuga na metáfora do mar. Depois nas memórias guardarão os homens dos dóris toda essa metáfora. E assim poderão proporcionar às gerações futuras, uma herança cultural em forma de identidade narrativa.