Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI
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Browsing Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI by advisor "Carmo, Hermano"
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- Espiritualidade e comportamentos de cidadania organizacional : expressões de cidadania nas organizações : um estudo de casoPublication . Ferrage, Virgínia Zaidam Chantre; Carmo, HermanoA questão que deu origem à dissertação visava descortinar a influência da dimensão espiritual nos comportamentos do indivíduo, mormente nas organizações. Dada a condição da autora trabalhar na organização, objeto do estudo de caso, foi necessário criar um dispositivo que a ajudasse a distanciar-se, de modo a poder analisá-la com maior objetividade. Nesse contexto, foi construído um modelo de análise ancorado no quadro teórico de referência, a partir do qual se concebeu o questionário para a recolha de dados. Este integrou um conjunto de 31 afirmações, cada uma das quais apelando ao preenchimento de duas escalas de Lickert (sobre a situação percecionada e a situação desejada), bem como algumas variáveis caracterizadoras dos inquiridos (o sexo, a idade, a categoria profissional, as habilitações literárias e a dimensão espiritual no seu comportamento organizacional). O questionário foi aplicado a uma amostra de 158 colaboradores da Universidade Aberta, entre pessoal docente e não docente, com o intuito de analisar as perceções dos inquiridos. O questionário foi elaborado na ferramenta Limesurvey e para o tratamento dos dados utilizamos o EXCEL. Apresentámos os resultados de forma descritiva utilizando para o efeito as frequências absolutas e relativas e a média. Fizemos contagens simples para apurar as respostas procurando encontrar a relação entre as diversas variáveis em estudo. Por fim e após a análise dos dados chegámos a algumas conclusões que são respostas às questões de investigação, nomeadamente: que os comportamentos de cidadania organizacional sofrem a influência da dimensão espiritual, que esta dimensão é reflexo da educação/socialização e que o modelo de análise deste trabalho revela a interdependência entre a dimensão espiritual e os comportamentos de cidadania. Sugerimos que a Liderança, enquanto variável, seja estudada numa perspectiva espiritual em pesquisas futuras, pela importância que adquire nas organizações e no condicionamento dos comportamentos de cidadania organizacional.
- O eu e o outro processo de cooperação: Timor como caso e exemploPublication . Rosa, Maria da Conceição de Sousa; Carmo, HermanoResumo - Os portugueses chegaram a Timor, por volta de 1514, com intuitos mercantis e de difundir a fé cristã, por lá permaneceram quase 500 anos. Quase sempre a convivência foi pacífica pois Portugal nunca interferiu muito nos usos e costumes locais. A forma de ser, estar e viver deste povo manteve-se inalterada ao longo dos séculos. A revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal, reflectiu-se em Timor, com o surgimento de partidos políticos que pretendiam a independência daquela meia ilha. Deu-se uma luta interna pela conquista do poder que conduziu a uma guerra civil, à saída da administração portuguesa e posterior invasão indonésia (7 de Dezembro de 1975). Esta invasão foi feita com a conivência de poderosas potências internacionais. Em Julho de 1976, a Indonésia declara Timor como a sua 27ª província. Esta anexação nunca foi reconhecida pelas Nações Unidas, permanecendo Portugal, à luz do Direito Internacional, como potência administrante. Após anos de lutas internas e externas, em 1999, é dado ao povo timorense a possibilidade de escolher o seu futuro. A 30 de Agosto desse ano realiza - se um referendo cujo resultado foi esmagadoramente a favor da independência. A Indonésia abandona Timor mas, antes instala um clima de terror, destruição e morte. Num espaço de trinta anos, o país é destruído pela 2ª vez (a 1ª tinha sido durante a 2ª Guerra Mundial, esta guerra que foi essencialmente Europeia, fez-se sentir de forma intensa em Timor). Perante as noticias que nos chegavam, toda a sociedade portuguesa se uniu em defesa daquele povo distante e desconhecido, desde 1974 que não se viam manifestações de rua que envolvessem tanta gente, pessoas anónimas, partidos políticos da esquerda à direita, igreja católica…. Dentro das instâncias de cooperação existentes, foi conferido um carácter autónomo à cooperação com Timor. ONGs, câmaras municipais, entidades públicas e privadas, cidadãos anónimos… todos querem participar na reconstrução do país. Do conjunto de todas estas vontades resultaram acções dispersas e, por vezes, com muito pouco impacto junto daqueles a quem, em principio se destinariam. Aquando desta reentrada de portugueses em Timor, estes não foram olhados como antigos colonizadores mas, antes como “Vêm ajudar-nos, precisamos deles” e, Portugal tem obrigações morais e históricas em ajudar o povo timorense. Em 2005, as necessidades daquele povo continuam a ser de vária ordem mas, continuamos a verificar uma falta de estratégia na identificação de prioridades que possibilitem acções concretas e eficazes em prol do desenvolvimento, que se reflicta na vida da população local. Os cooperantes que vão desenvolver acções em Timor continuam a não ter formação específica para a realidade em que vão trabalhar. As duas comunidades, portuguesa e timorense, pouco convivem contribuindo para tal a barreira linguística existente. O português foi escolhido como uma das línguas oficiais mas, só uma percentagem reduzida da população mais velha domina esta língua. Em Dili, a capital, não se sentem os efeitos do ensino do português. Como nos referem os habitantes desta cidade “ Portugal precisa de enviar professores que ensinem o português aos mais novos”
- Os médicos porque esperamos...!Publication . Estevinho, Margarida Maria Patuleia; Carmo, HermanoEste trabalho tem como objetivo a reflexão sobre a integração dos médicos de leste em Portugal, desde o reconhecimento das suas habilitações literárias até ao término do processo de validação das suas competências. Pretende-se estabelecer uma paralelo com o fator de uma elevada percentagem de utentes do Serviço Nacional de Saúde não terem médicos de família, e avaliar quais os maiores dificuldades sentidas por estes imigrantes na integração na sociedade de acolhimento e no reconhecimento e validação das suas competências profissionais para poderem desempenhar funções no sistema nacional de saúde Português. Pretende-se ainda explorar de que forma decorreu a sua integração em Portugal, quer em relação aos colegas, quer em relação aos utentes. Por fim avaliou-se o que pensam os utentes do Serviço Nacional de Saúde dos médicos estrangeiros a trabalhar em Portugal.
- O poder local em Timor em contexto multiculturalPublication . Rodrigues, António Manuel Oliveira; Carmo, HermanoO trabalho que agora se apresenta é fruto, antes de mais, de uma relação especial com Timor. Não necessariamente pela dimensão histórica das várias presenças naquele território mas, e acima de tudo, pela relação pessoal e afectiva com alguns dos responsáveis políticos e religiosos daquele jovem país. Um convite, formulado em 2007 por Xanana Gusmão, levou-nos a calcorrear todo o território num curto espaço de três semanas, corria o Verão de 2008. O objectivo era a análise, no terreno, da viabilidade da instalação de um poder local num país recentemente tornado independente. Timor, fruto da sua história e, muito em especial, das características antropológicas do seu povo, é uma nação assumidamente multicultural. Das origens ancestrais das suas comunidades, dos reinos dispersos que pulverizam o pequeno território, das suas lideranças e dos vários dilectos, associados à longa e marcante presença portuguesa, bem como outras ocupações de países estrangeiros, com destaque para a Indonésia, resulta um caldo cultural, a todos os níveis peculiar. Aqui e acolá ouvimos o povo, entrevistámos e reunimos com os 432 chefes de suco existentes no país, entrevistámos chefes de aldeia e anciãos, reunimos com políticos, sacerdotes, professores e jornalistas. Interpretámos, ou tentámos interpretar, as condicionantes e os cuidados que se devem observar na preparação do quadro jurídico para reger a municipalidade em Timor: as suas vertentes electivas, funcionais, financeiras e fiscalizadoras. Revistámos a História de Timor e passámos por Cabo Verde, país de referência internacional ao nível da sua gestão pública, muito em especial a autárquica. Fizemos, também, óbvia referência à história do poder local em Portugal. Das consultas, do muito que observámos e estudámos, resulta um desinteressado contributo para a implementação do poder local em Timor, com as conclusões que incorporam alertas e sugestões.