Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI
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Browsing Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI by advisor "Bäckström, Bárbara"
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- ‘Cabo Descendentes’ nos Países Baixos: um estudo sobre identidade sociocultural e a consolidação da sua cabo-verdianidadePublication . Rocha, Flávia Alexandra Rendall; Bäckström, BárbaraO estudo visa contribuir para a clarificação da identidade sociocultural de descendentes de imigrantes cabo-verdianos/as nos Países Baixos, aqui designados/as ‘cabo descendentes’. Tem como objetivo específico averiguar se a identidade (re)construída permite conjugar as várias influências culturais e consolidar a sua cabo-verdianidade. Espera-se que esta pesquisa gere conhecimento novo e socialmente pertinente acerca do objeto de estudo. Recorreu-se à metodologia qualitativa, cujas características mais abrangentes, possibilitaram a captação de informação subjetiva. Ainda, orientou-se pela teoria construtivista social, que auxiliou a compreensão dos significados atribuídos aos sentimentos e ações dos/as participantes, tendo em conta os próprios quadros de referência. Por isso, a entrevista semiestruturada foi a principal técnica de recolha de dados. Os resultados centrais permitiram constatar que o processo aculturativo dos indivíduos acusa a exposição a duas culturas dessemelhantes, a neerlandesa e a cabo-verdiana, encontrando-se a segunda em posição de desvantagem. Concluiu-se que desenvolveram identidades híbridas, não necessariamente transnacionais, mas, com inclinação para assim se tornar, caso as circunstâncias sejam favoráveis. Por sua vez, as influências da cabo-verdianidade, uma identidade composta, singular e exclusiva de pessoas que se denominam cabo-verdianas revelam-se fortes. Contudo, para gerar benefícios e subsistir nas gerações vindouras, a cabo-verdianidade parece carecer de investimento e vigilância, tanto da parte dos/as ‘cabo descendentes’ como do governo cabo-verdiano. De entre outras recomendações, defende-se, em particular, que ela seja ensinada por vias formais.
- Colorismo: impacto do tom de pele na vida de pessoas de origem africana em LisboaPublication . Santos, Cintia Joana Salé dos; Magano, Olga; Bäckström, BárbaraO termo “colorismo” é aplicado em casos de preconceito e discriminação com base no tom de pele. Trata-se de um tema amplamente estudado em países como o Brasil e os Estados Unidos da América (EUA). Em Portugal, tendo em conta o aumento da perceção do fenómeno do colorismo, apenas mais recentemente o termo passou a ser utilizado. Não obstante o colorismo se verificar em diferentes grupos socioculturais, este estudo, sobre o colorismo na sociedade portuguesa, almeja evidenciar o impacto do tom de pele na vida de pessoas de origem africana, em específico, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) pela sua ligação histórica com Portugal que inclui o imperialismo e o colonialismo. A pesquisa orienta-se por um paradigma de investigação qualitativa com recurso a entrevistas semiestruturadas por estas possibilitarem a recolha de informação subjetiva, portanto, rica e profunda. Foram entrevistadas nove pessoas selecionadas através de contactos formais e informais, com idades entre os 18 e os 42 anos e residentes em Lisboa. Os resultados da investigação demonstram que o tom de pele é relevante e que o colorismo tem implicações como, por exemplo, a restrição do acesso às oportunidades de emprego ou de educação. O tratamento é diferente no quotidiano, favorecendo pessoas com tons de pele mais claros, ou seja, mais próximos do branco tal qual numa escala gradativa de cores. O colorismo expressa claramente o preconceito com pessoas de tons de pele mais escuros, especialmente mulheres, a quem são atribuídos traços como insipiência, agressividade e fealdade.
- Comunicação e divulgação científica em saúde para leigos em regiões de fronteira: o caso do projeto Sífilis NãoPublication . Braz, Arthur; Bäckström, Bárbara; Muneiro, Lilian CarlaA sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível que, por diversas vezes, se constituiu como um problema de saúde pública ao longo da história da humanidade. Desde 2016, no Brasil, os órgãos de saúde têm lidado com uma epidemia da doença, que registrou ano após ano uma alta no número de casos. Tal questão motivou o Tribunal de Contas da União a publicação do acórdão 2019/2017, que prevê o desenvolvimento, dentre outras questões, de metodologias de comunicação inovadoras para o combate à doença. E em um país onde boa parte da população vive em centros urbanos, as áreas de fronteira acabam por não serem contempladas com iniciativas de promoção à saúde deste tipo. Nesse contexto, este trabalho nasce com o objetivo de identificar as questões que impactam no modo de comunicar com a população da região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, referente a comunicação científica em saúde, com ênfase na sífilis e demais IST. Para tal, esta pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, com ênfase nos públicos-alvo e populações chave abordados no âmbito das campanhas de comunicação do Projeto “Sífilis Não”, bem como na segmentação específica do perfil de indivíduo que vive em regiões de fronteira no Brasil. Foram entrevistados indivíduos que vivem na região da Tríplice Fronteira, a partir da cidade brasileira de Foz do Iguaçu. A partir dos dados coletados, foi possível definir categorias temáticas que apontam os principais problemas identificados por eles no que diz respeito à divulgação científica focada na questão da sífilis. A investigação aponta que da maneira como são feitas hoje, as iniciativas de divulgação científica em saúde não levam em conta os elementos constitutivos da identidade e interculturalidade fronteiriça da região em questão, que se baseia na ampla circulação de bens, serviços e, principalmente, pessoas entre as regiões dos três países. Logo, entender estes elementos faz-se essencial para o estabelecimento de políticas públicas que visem mudar o comportamento das pessoas deste contexto, no que diz respeito à sífilis.
- Imigração e saúde : trajetórias de saúde e doença de um grupo da santomenses em formação profissional e universitária na MaiaPublication . Moura, Arminda da Conceição Magalhães Gonçalves; Alves, Fátima; Bäckström, BárbaraO presente estudo exploratório sobre ‘Imigração e saúde – trajetórias de saúde e doença de um grupo de santomenses em formação profissional e universitária na Maia’, constitui uma aproximação sociológica à realidade vivida, no campo da saúde e bem-estar, pelas populações migrantes, em particular junto de um grupo de jovens imigrantes e estudantes Santomenses a viver em Portugal. Destaca-se a importância da(s) moldura(s) cultural(ais) em torno da saúde e da doença de modo a: compreender e caracterizar as conceções de saúde, bem-estar e doença; conhecer as trajetórias de saúde e doença; identificar o sistema de referência leigo e as redes sociais mobilizadas na relação quotidiana com a saúde e a doença. Dada a natureza do objeto de estudo, optou-se por uma orientação teórico-metodológica qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas. Em termos globais, os resultados sublinham a importância dos fatores socioculturais na configuração da relação quotidiana com a saúde, bem como a coexistência de sistemas de saúde plurais (o oficial e o tradicional, muito marcado) a que se recorre seguindo lógicas e condições particulares. Em suma: os resultados evidenciam as especificidades culturais e a pluralidade de racionalidades leigas para compreender, explicar e lidar com a saúde e a doença evidenciam a, constatação genérica, mas que nos alerta para a necessidade de construir instrumentos que facilitem e promovam o diálogo entre culturas na abordagem do bem-estar e da saúde das populações.
- Imigração ucraniana e cuidados de saúde na GolegãPublication . Fernandes, Maria João dos Remédios Carmo Gualter; Bäckström, BárbaraA temática das migrações continua a ser, hoje mais do que nunca, um assunto de grande estímulo para os investigadores das ciências sociais. O presente trabalho pretende ser uma reflexão sobre a perceção dos imigrantes ucranianos e prestadores de cuidados de saúde na integração dos primeiros nos serviços de saúde implementados numa unidade de cuidados de saúde primários. Procuramos identificar as necessidades e dificuldades sentidas na relação intercultural estabelecida tendo em conta as diferenças culturais e linguísticas, a estabilidade social e laboral e o (des)conhecimento da legislação, percecionados como condicionante ou não no acesso aos mesmos. É assim uma investigação com desenho observacional, descritivo e transversal. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa e quantitativa com base na visão empírica sendo feito, num primeiro momento uma pesquisa documental, contactos com diferentes profissionais de saúde e cidadãos imigrantes ucranianos, seguindo-se entrevistas semiestruturadas e inquéritos. A investigação incide sobre imigrantes ucranianos e os Serviços de Saúde do concelho da Golegã, vila do distrito de Santarém na região de Lisboa e Vale do Tejo. A recolha, análise e tratamento de dados permitiu conhecer as dificuldades sentidas por esta população específica quanto aos cuidados de saúde. Os resultados do estudo apontaram para dificuldades na diferença linguística levando a comunicação ineficaz aquando da chegada destes imigrantes, mas que se dissipam ao longo do tempo. Esta investigação mostrou através dos inquéritos e das entrevistas efetuadas aos profissionais de saúde e imigrantes, que é possível implementar estratégias que facilitam a integração dos mesmos nos serviços de saúde, recorrendo a ferramentas informáticas, espírito de equipa num processo de entreajuda tanto no acesso aos serviços de saúde como na acessibilidade aos serviços sociais para uma melhor inclusão com a ajuda do município e Centros de cariz social. Conclui-se que uma relação de confiança na relação utente/profissional durante a interação é um fator determinante para o processo de integração na sociedade face aos cuidados de saúde valorizando um atendimento eficiente não descurando a diversidade e a vulnerabilidade dos imigrantes.
- "Ladrões fora, corruptos fora, assassinos fora" : o RAP de protesto em Moçambique pós-colonialPublication . Sitoe, Tirso Hilário; Bäckström, Bárbara; Campos, RicardoA investigação desenvolvida explora experiências sobre a forma como o RAP de protesto, constitui um espaço em que os músicos e o público, exercem os seus direitos cívicos e de cidadania em Moçambique pós-colonial. Portanto, a análise centrou-se na forma como é discursivamente construída em narrativas musicais, a representação social da exclusão dos grupos sociais mais pobres e como se constroem identidades político-partidárias entre os músicos. Paralelamente, questionámo-nos sobre a relevância das plataformas digitais utilizadas pelos músicos, para o engajamento cívico e de cidadania. Dentro desse contexto, o estudo sugere que o desafio de se pensar o exercício dos direitos cívicos e de cidadania em Moçambique, através da música, devem ser pensados a partir de dois pontos modais. Primeiro, por onde a luta política passa discursivamente, através das narrativas musicais, onde são negociadas e construídas identidades, com a proliferação de diferentes revindicações como forma de exercício do direito à liberdade de expressão, constitucionalmente instituído. O segundo desafio está relacionado com a própria noção de "povo" e como ela legitima a elite governante. Quando o "povo" se mobiliza e apresenta suas aspirações e demandas, como uma coletividade excluída dos processos políticos e de governação, eles estão, de fato, também dando legitimidade à elite governante. Pois estas aspirações e demandas são apresentadas à elite governante, para que possam ser tratadas. O ciberespaço neste contexto, oferece a interconetividade entre saberes locais e globais, porque torna-se um espaço alternativo de engajamento coletivo, ao instituído e controlado pelo poder político, para o exercício dos direitos cívicos e de cidadania. No quadro da pesquisa, desenvolvemos uma abordagem qualitativa com recurso a entrevistas e conversas informais. Não menos importante foi nesse processo, a recolha e análise de narrativas musicais RAP.
- Os usos dos tempos das mulheres imigrantes oriundas de África da Quinta do ChegadinhoPublication . Encarnação, Sérgio Manuel de Oliveira e; Bäckström, BárbaraEste trabalho incide sobre as experiências concretas de tempos e dos seus usos por parte das mulheres oriundas de África, moradoras na Quinta do Chegadinho. A sociedade cada vez se caracteriza por interconexões tempo-lugar mais complexas, onde os vínculos laborais foram tomados pela flexibilização que por sua vez impôs novas durações, sequencias temporais e intensidades. Este conjunto de mudanças representa novos estilos de vida. Partindo do passado, procura-se identificar aspectos ligados a experiências profissionais e familiares ainda no país de origem, depois a linha do tempo faz uma escala no presente para procurar a descrição do dia-a-dia de cada mulher e por último procura-se conhecer expectativas ou metas em perspetiva para um futuro mais próximo ou mais distante. Este trabalho analisa ainda a dimensão da pontualidade.