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Fronteiras e travessias: apontamentos para uma leitura de A Sede do Mal

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O filme Touch of Evil (A Sede do Mal, 1958), do realizador Orson Welles, começa com a marcação do tempo (3 minutos) num temporizador ligado a uma bomba artesanal colocada, por uma figura desconhecida, na bagageira de um carro também ele desconhecido, ocupado, segundos depois, por um senhor mais velho e uma senhora mais nova, reconhecíveis apenas pela aparente discrepância das suas idades e — mas, neste pormenor, estamos a adiantar-nos em relação à câmara, algo que o temporizador de Welles não permite — a sugestão epidérmica de que este casal singular pertencerá ao lado norte de uma fronteira que julgamos próxima. Na verdade, a incerteza do espectador face ao seu exacto posicionamento geográfico, num espaço ou conjunto de espaços fictícios, embora evocador de uma fronteira bem real, ocupará grande parte do filme: não na qualidade do tema, mas, antes, na de pequenos tremores que perturbam a experiência do visionamento do filme e que remetem para os hábitos de leitura produzidos pelo cinema clássico americano, que nos mostrava com uma clareza apolínea os quem, como, porquê e onde dos acontecimentos que ia plasmando nas telas da salas de cinema pelo mundo fora.

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Film Noir Orson Welles A Sede do Mal Cinema Norte-Americano

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