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Abstract(s)
Apresenta-se resultados da investigação efetuada sobre o currículo dos cursos de Educação e
Formação de Adultos, Nível Secundário (EFA NS), encarando-o e/ou questionando-o enquanto construção
de alternativa curricular diferenciada, para adultos. A investigação teve como objetivos: a) Analisar
criticamente o panorama nacional e internacional ao nível das políticas de EFA; b) Caracterizar as
perspetivas de professores face aos conteúdos dos cursos EFA NS, e as suas práticas de gestão curricular
dos mesmos; c) Descrever o perfil de formação inicial e contínua dos professores dos cursos EFA NS, bem
como as perspetivas desses professores sobre as suas necessidades de formação, e d) Compreender as
práticas docentes levadas a cabo pelos professores dos cursos EFA NS e a sua relação com os resultados
dos formandos; contextualizando-se no Distrito de Lisboa. O currículo foi analisado enquanto práxis,
colocando de parte qualquer definição que o encarasse "estaticamente". A proposta metodológica do
estudo consubstanciou-se na utilização do binómio: metodologia quantitativa (inquérito por questionário)
e qualitativa (inquérito por questionário/entrevista semiestruturada) a docentes, coordenadores de cursos
EFA e diretores de escolas do Distrito de Lisboa. Apresentam-se nesta comunicação resultados preliminares
da aplicação dos inquéritos por questionário a professores, que indicam que o currículo em ação, praticado
pelos docentes dos cursos EFA, se encontra num “dilema”, entre um design curricular formal/normativo e
a reconstrução de um currículo em ação. Os atores consideram que os cursos EFA não são socialmente
reconhecidos, apresentando-se ainda como pouco credíveis face à sociedade em geral, embora se creia
que representam uma certa forma de “justiça social”. Quanto à formação inicial, os professores consideram não ter desenvolvido as competências necessárias para lecionar adultos/cursos EFA, apresentando
necessidades de formação contínua. O currículo, este, é operacionalizado em primeira mão pelo docente
adequando-o às especificidades da turma e aos saberes dos alunos, e só depois obedecendo ao currículo
normativo imposto. Em suma, concluímos que, embora os cursos EFA sejam vistos como uma boa
alternativa curricular, terão de se "transfigurar" para fazer efetivamente jus aos seus objetivos enquanto
currículo inclusivo. Para tal, é certo: terá de ser dado mais protagonismo ao professor no seu (re)desenho
curricular futuro.
Description
Keywords
Educação e formação de adultos Competências Desenvolvimento curricular Formação docente Práticas pedagógicas
Pedagogical Context
Citation
Publisher
AFIRSE Portugal / Universidade de Lisboa. Instituto de Educação
