Repository logo
 
Loading...
Profile Picture

Search Results

Now showing 1 - 3 of 3
  • O valor das competências interculturais nas equipas das Agências Europeias descentralizadas
    Publication . Ramos, Natália; Cabaço, João
    Estivemos dois anos num cenário de pandemia mundial que provocou milhões de óbitos, problemas sociais, economias devastadas, e de repente, quase em ato continuo, entramos num cenário de guerra na Europa, que nos ameaça a todos. No entanto, têm sido as Agências Europeias descentralizadas que, com os seus milhares de funcionários e colaboradores, em trabalho contínuo, têm suportado e influenciado, com conhecimento técnico e científico, as decisões políticas que afetam diretamente os mais de 750 milhões de habitantes na Europa, em matérias como a saúde, segurança, economia, proteção de refugiados, ciência e educação, entre muitas outras. Estas Agências são locais de realidades diárias de multiculturalismo e de grande diversidade de nacionalidades e culturas. Estas organizações são caraterizadas por uma grande diversidade cultural e étnica. Os profissionais destas Agências deverão possuir uma sensibilidade e consciência cultural acrescida, desenvolvendo competências interculturais para uma melhor atuação. Somos constantemente bombardeados de ideias e de manifestações relativas à tolerância, à paz, aos direitos humanos, ao antirracismo, às igualdades de oportunidades, entre tantas outras relacionadas com o multiculturalismo e com as missões prioritárias destas agências, mas também vislumbramos diariamente o outro lado da violência e do conflito multicultural, pelas diversas manifestações de preconceitos, estereótipos, intolerância, racismo, xenofobia, marginalização, exploração e exclusão social, que, apesar de serem “oficialmente” banidas dos diversos serviços e espaços públicos, continuam a manifestar-se de uma forma clara e por vezes sem qualquer tipo de controlo. O objetivo deste artigo foca-se na análise dos diferentes domínios da competência intercultural e nas perceções e importância que estes profissionais dão à mesma, em organizações onde todos têm de cooperar para um objetivo comum. A investigação apresenta dados recentes e originais sobre o objeto da pesquisa, que não se encontra descrito, nem estudado diretamente nas Agências Europeias, revelando e descrevendo fenómenos internos dentro das agências europeias ao nível das componentes da competência intercultural. Podemos encarar a competência intercultural como um processo de desenvolvimento e adaptação aos múltiplos contextos dentro das organizações. O diálogo, a cooperação, a comunicação e a resolução de problemas fazem parte do dia a dia destas organizações, onde a diversidade cultural é um chão comum, daí a possibilidade de se contribuir ainda para uma maior acomodação de boas práticas, para a comunicação e cooperação intercultural dentro e entre organizações, aumentando a sensibilidade e consciência intercultural e a promoção da competência intercultural nas Agências Europeias, onde os cenários europeus e mundiais estão em constante mutação.
  • A importância da competência intercultural em agências europeias do domínio da justiça e dos assuntos internos
    Publication . Ramos, Natália; Cabaço, João
    As Agências Europeias são locais de multiculturalidade no seu funcionamento quotidiano e de grande diversidade de nacionalidades e culturas. Nestas organizações transnacionais caraterizadas por grande diversidade cultural e étnica, os seus profissionais deverão ter sensibilidade e consciência cultural desenvolvendo competências interculturais para uma melhor atuação. Assim, o objetivo foca-se na análise dos diferentes domínios da competência intercultural e nas perceções e importância que estes profissionais dão à mesma em organizações onde todos têm de cooperar para um objetivo comum. As agências europeias requerem uma conduta de aprendizagem social e cultural própria devido ao seu contexto e missões, onde a aprendizagem do outro e a comunicação intercultural são cada vez mais complexas e desafiantes nestes cenários. Nesta investigação de caráter exploratório, colocam-se várias questões, das quais salientamos algumas das que iremos abordar: Qual a perceção da importância da competência intercultural e que diferenças existem entre as Agências Europeias? Poderá a missão de cada agência influenciar a resposta dos seus profissionais sobre a importância da competência intercultural?
  • Avaliação da competência intercultural em agências europeias descentralizadas: estudo comparativo entre as agências do domínio da justiça e dos assuntos internos e restantes
    Publication . Cabaço, João; Ramos, Natália
    A União Europeia dispõe de um conjunto de instituições para atingir os seus objetivos comunitários. Cada uma delas, de acordo com os seus propósitos e fins específicos, deverá contribuir com informação para um bem comum. De entre todas estas instituições da UE, existem as Agências Europeias descentralizadas e que foram criadas para desenvolver funções técnicas e científicas, com o objetivo de informarem e ajudarem as instituições de gestão política da União Europeia a tomar decisões. São estas agências que se ocupam de questões e problemas que afetam a vida quotidiana dos 500 milhões de pessoas que vivem na UE. Estas agências desempenham no espaço comunitário tarefas especializadas em diferentes domínios que vão desde a pesquisa, propostas de regulamentação e fiscalização sobre os alimentos que comemos, à medicação, à educação e direitos fundamentais, à segurança e justiça, entre outros que nos afetam diariamente e que normalmente não paramos para pensar neles. A importância do tema reside na necessidade de promover a paz, a justiça social e a coesão social em sociedades cada vez mais diversas. Através da diversidade intercultural e da gestão da interculturalidade através e da promoção do diálogo intercultural, é possível construir pontes entre diferentes culturas, aumentar a compreensão mútua e prevenir conflitos e exclusão social. Sendo as Agências Europeias organizações constituídas e frequentadas por pessoas provenientes de toda a Europa, interessa saber como é que as relações sociais se desenvolvem, como são negociadas as diferenças culturais e como é que é feita a comunicação entre os pares e com o exterior, onde a compreensão e a aceitação do outro sem discriminações devem ser permanentes e fazer parte dos seus códigos de conduta. O bom desempenho destas agências pode afetar diretamente a vida de muitos outros residentes da UE, mas também de muitos outros que procuram a UE como um espaço comum, saudável, seguro, social e culturalmente enriquecedor e integrativo e não como fonte de discriminação, violência e exclusão. Assim, no nosso estudo a proposta consistiu em analisar estas agências com o objetivo comum de verificarmos qual a perceção sobre diferentes dimensões da competência intercultural e como é que esta faz parte do quotidiano da vida das pessoas dentro destas agências e das suas funções. De uma forma breve, o nosso estudo verificou que, de uma forma geral, não existem diferenças significativas entre as Agências JHA e as Restantes Agências ao nível da perceção e avaliação que fazem sobre a competência intercultural. Porém, e sendo um estudo exploratório constatam-se diversas linhas possíveis para futuras investigações, como por exemplo; constatou-se que cerca de 53% dos funcionários europeus destas agências não possui qualquer formação na área da interculturalidade, e que em comparação entre os dois grupos de agências, são os da JHA que mais formação possuem (55%). De referir que a maioria dos participantes não é atento (60,7%) às barreiras institucionais discriminatórias, e que estes valores são praticamente iguais para ambos os grupos das agências estudadas. Salientamos também que cerca de 30% dos funcionários das Agências Europeias Descentralizadas já se sentiu culturalmente discriminado, em algum momento, dentro da agência onde trabalha. Só com a realização contínua e aprofundada de estudos nestas áreas se pode entender melhor como essas questões afetam o funcionamento das Agências Europeias Descentralizadas e como podem ser abordadas de maneira eficaz, a fim de promover a inclusão, a diversidade e a igualdade de oportunidades para todos os indivíduos que trabalham nestas organizações, bem como a qualidade do seu funcionamento.