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- Estética e teoria da arte: sobre o mundo da arte e do belo entre a Antiguidade e o século XVIPublication . Gonçalves, Carla Alexandra
- O detalhe fora da vista: as torres da Catedral de RuãoPublication . Gonçalves, Carla AlexandraO detalhe pode assumir várias dimensões, entre o pormenor, uma parte num todo, um fragmento, elemento mínimo, marginal, liminar, passando pelo carácter de elemento autónomo, simbólico, significante, dispositivo modificador, até de um acaso, ou insignificância ou, pelo contrário, de um exagero formal. O nome detalhe reveste-se de uma extraordinária polissemia, aplicando-se a um vasto conjunto de situações, pelo que os detalhes, no contexto da história da arte e da estética, não serão todos iguais, no que cumpre ao discurso, intenção, significação e carácter, não surgirão pelos mesmos motivos, não possuem a mesma força expressiva, nem devem ler-se segundo modelos de interpretação generalistas. A compleição do detalhe dificulta a objectividade e a fluidez da análise, e, sobretudo, a construção de narrativas limpas e acabadas. Estudar o detalhe pode, por tudo, constituir-se como uma tarefa que origina discursos fragmentários. Depois de uma introdução teórica ao detalhe, na espessura das suas dimensões, traz-se à discussão o caso das encomendas das três torres da Catedral de Ruão (Normandia, França): a torre de Saint-Romain, a torre da Manteiga, e a idealização da agulha sobre a torre do cruzeiro. Estas edificações foram criticadas pela encomenda devido ao detalhe excessivo e ao talhe demorado e minucioso da pedra para obras fora da vista. O último trabalho, tido como o apogeu do detalhe, não chegaria a edificar-se. A questão por resolver relaciona-se com os justos motivos que levaram às duras críticas dos comitentes e com a resistência empreendida pelos artistas, defendendo o detalhe mesmo perigando os seus trabalhos.
- A caridade de Sancti Martini em AmiensPublication . Gonçalves, Carla Alexandra
- Da percepção à representaçãoPublication . Gonçalves, Carla AlexandraImporta-nos rever as relações entre a percepção e a representação. Enquadrando-se no que entendemos por percepção (a primeira unidade de conhecimento) e por representação, intentamos problematizar os casos da percepção à representação, partindo das ideias fundamentais: a percepção como uma representação da realidade; a arte como representação, mediada pelo artista; a recepção artística como nova representação, mediada pelo pensamento e pelas expectativas do sujeito que recebe; o pensamento como um fluxo de imagens; as palavras geram imagens e as imagens geram palavras; a arte como lugar inequívoco de produção de pensamento e de conhecimento. A percepção é o início de uma grande experiência relacional que nos liga ao mundo, que nos permite conhecer e realizar, e a maior realização da humanidade é a criação de novos mundos, ou de realidades irreais que nos extremam a experiência, como acontece com a Arte. Se a percepção se constitui como uma representação da realidade, a obra de arte suporta-se nessa representação para realizar-se noutra, atravessada pelos processos mentais e socioculturais do artista que conduz a possibilidade da obra estabelecer relações com os seus públicos. Por seu turno, a recepção da obra conduz a novas representações, desta feita efectuadas pelos indivíduos que a colhem e que com ela se relacionam partindo da percepção. Quando os sujeitos se apercebem que pensam sobre o que estão a percepcionar, produzindo as suas imagens mentais que partem da obra de arte, estão a produzir conhecimento, agindo sobre as suas próprias representações. Nesta medida, concebe-se a arte como uma representação fundada noutra, e que abre a múltiplas possibilidades de leitura, permitindo novas representações que enformam todas as experiências. Da falda que entrecruza os processos conscientes e inconscientes, nasce o pensamento simbólico e a Arte que, por sua vez, acontece quando acedemos às suas possibilidades de dilatar a qualidade de todos os signos, dos que existem e os que não existem, acontecendo quando acedemos às suas possibilidades de ampliar o próprio Homem.
- A Europa (quase) toda em Coimbra: regra e hibridismo na produção escultórica de João de RuãoPublication . Craveiro, Maria de Lurdes; Gonçalves, Carla Alexandra; Antunes, JoanaEste volume, intitulado “A Europa (quase) toda em Coimbra. Regra e hibridismo na produção escultórica de João de Ruão”, recupera os temas abordados no colóquio, ocorrido em Abril de 2018, no Museu Nacional de Machado de Castro, e organizado pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares em Arte (GEMA) do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP-UC) da Universidade de Coimbra, em colaboração com o Instituto de História da Arte da FLUC e a École Pratique des Hautes Études (Sorbonne, PSL, équipe HISTARA 7347).
- Del cuerpo íntimoPublication . Gonçalves, Carla AlexandraO capítulo versa sobre a relação entre as três dimensões do corpo -- o corpo público, privado e íntimo -- e sobre a possibilidade de a Arte se consubstanciar num lugar de reconciliação do corpo em crise que, por seu turno, advém do conflito entre estas três dimensões.
- Gaspar Coelho, um escultor do ManeirismoPublication . Gonçalves, Carla AlexandraÉ o percurso de uma vida com obra que agora se ressuscita, conservando o derradeiro testemunho lavrado em Fevereiro de 1605 que arrolou a morte de Gaspar Coelho, maginario e mestre que foi desta arte principal nestes tempos neste Reyno... Numa época em que a pintura ganhava o merecido lugar de destaque no seio das artes plásticas, tributando como uma produção intelectual e virtuosa e emparceirando definitivamente com as demais artes liberais, surge a obra escultórica e de sensamblamento de Gaspar Coelho que, com o arrojo de um grande mestre, eleva a escultura ao mesmo patamar de garantias de mérito. O perdurante génio deste artista desenvolve-se nos rupturais desenhos de arquitectura retabular e no toque incomum do seu escopro que rasgou a madeira pleno de firmeza e de autonomia. Os anos que o escultor viveu em Espanha contagiaram-no com a pesquisa das fontes teóricas, da iconografia e do ornato europeus, versaram-no no desenho e comunicaram-lhe o espírito de liberalidade e de rebeldia que fizeram dele, no regresso a Portugal, um dos mais respeitáveis vultos da escultura na viragem da centúria de Quinhentos. Os retábulos de Gaspar Coelho são, ainda hoje, verdadeiros palcos onde o desenrolar do espectáculo atinge um lugar de máxima expressão...
- The centre as margin: eccentric perspectives on artPublication . Antunes, Joana; Craveiro, Maria de Lurdes; Gonçalves, Carla AlexandraThe Centre as Margin. Eccentric Perspectives on Art is a multi-authored volume of collected essays that answer the challenge of thinking Art History, and the Arts in a broader sense, from a liminal point of view. Its main goal is thus to discuss the margin from the centre - drawing on its concomitance within study themes and subjects, ontological and epistemological positions, or research methodologies themselves. Marginality, eccentricity, liminality, and superfluity are all part of a dynamic relationship between centre and margin(s) that will be approached and discussed, from the point of view of disciplines as different and as close as art history, philosophy, literature and design, from medieval to contemporary art. Resulting from recent research developed from the privileged viewpoint offered by the margin, this volume brings together the contributions of young researchers along with the work of career scholars. Likewise, it does not obey a traditional or a rigid diachronic structure, being rather organized in three major parts that organically articulate the different essays. Within each of these parts in which the book is divided, papers are sometimes organized according to their timeframes, providing the reader with an encompassing (though not encyclopedic) overview of the common ground over which the various artistic disciplines build their methodological, theoretical, and thematic centers and margins. The intended eccentricity of this volume – and the original essays herein presented – should provide researchers, scholars, students, artists, curators, and the general reader interested in art with a refreshing approach to its various scientific strands.
- O fenómeno artístico enquanto facto socialPublication . Gonçalves, Carla Alexandra
- A oficina de João de Ruão: os escultores, a relação oficinal e a gestão do trabalhoPublication . Gonçalves, Carla AlexandraEste artigo pretende estruturar o conhecimento sobre a oficina de João de Ruão, colocando em discussão o problema das relações oficinais, da gestão do trabalho e dos escultores que a historiografia artística tem associado ao Mestre normando. Partindo da organização socio-laboral coimbrã, e inquirindo sobre qual seria o ambiente formativo deste artista na Normandia – um assunto tão inexplorado quanto difícil, pela parcimónia de dados – , que também terá moldado os seus hábitos de trabalho, revisitam-se criticamente os nomes dos artistas que, em Coimbra, têm vindo a associar-se ao estaleiro do Mestre, com o sentido de responder à pergunta sobre a dimensão humana e social daquela que tem vindo a considerar-se a maior e mais profícua oficina de escultura do século XVI. Tentando dar resposta às questões colocadas têm, também, de averiguar-se os moldes de associação laboral, num quadro de relações que parte do aprendizado até à integração dos artistas no mercado, bem como as designações dos sujeitos envolvidos neste processo, nomeadamente a significação de criado, situada entre o apaniguado, ou protegido, o serviçal generalista e o aprendiz que pretende especializar-se num ofício.