Loading...
95 results
Search Results
Now showing 1 - 10 of 95
- Lay knowledge about madness and mental illnessPublication . Alves, FátimaThe way in wich societies relate to madness is in accordance with dominant concepts about the world (Benedict, 1934; Devereux, 1970). Modern rationality has created mental illness as an ‘object’ controlled by medicine (Foucault, 1987).The concepts, attitudes and practices associated with mental illness in modern societies are different in the scientific universe of psychiatry and in the lay universe that is culturally distant from the scientific representation of the body, the disease and the patient (Devereux, 1970). There is some knowledge about social exclusion processes contributing to the construction of mental illness. However they mainly focus on social representations (De Rosa, 1987; Serino, 1987; Jodelet, 1995) and the public image (Cummings and Cummings, 1957; Nunnaly, 1961; Philips, 1966; Bhugra, 1989; G.U.M.G., 1994; Philo et al., 1996) while ignoring the perspective of sufferers and their relatives. The semi-peripheric condition of Portuguese society is the factor which allows characteristics typical of developed societies to co-exist on a par with characteristics typical of less developed and less complex societies (Santos, 1990). This situation leads us to believe that inside the more universal system of modernity, the explanation of insanity and mental illness in Portuguese society contains some specifics. Some relevant aspects of this are: 1 – The ‘psychiatrization’ of Portuguese society is incomplete as the welfare state was only recently and partialy established, resulting in the almost non-existence of community structures, thus the social integration of mentally ill is the responsibility of the family (Alves, 1998). 2 – In Portuguese society where democracy was introduced relatively recently, civic participation is low which can be seen in the low level of lay people’s criticism of medicine. 3 – Rurality is still a defining factor in people’s way of thinking and it contributes to the pre-modern reference system. The study that we present here centres on the lay knowledge system in explaining mental illness. In this context we try to understand to what level the common universe of perceptions, attitudes and practices associated with mental illness has been penetrated by psychiatry. What other thought and action systems apart from this, can people turn to? Our report is the result of the analysis of information gathered
- A doença mental nem sempre é doença: racionalidades leigas sobre saúde e doença mental: um estudo no Norte de PortugalPublication . Alves, FátimaAs sociedades relacionam-se com a loucura em acordo com as concepções dominantes sobre o mundo (Benedict, 1934; Devereux, 1970). A racionalidade moderna construiu a doença mental como um ‘objecto’ controlado pela medicina (Foucault, 1987). No universo leigo das sociedades modernas, os conceitos, as atitudes e as práticas associadas com a doença mental são culturalmente distantes da representação científica do corpo, da doença e do paciente (Devereux, 1970). A característica semi-periférica da sociedade portuguesa, integrando simultaneamente características típicas das sociedades desenvolvidas e das menos desenvolvidas e menos complexas (Santos, 1990), permite antever um edifício explicativo sobre a doença mental complexo e multifacetado, simultaneamente moderno e tradicional. Esta pesquisa investiga as racionalidades leigas sobre a doença mental numa região (norte) de Portugal. Para além das explicações e interpretações da racionalidade profissional e das da racionalidade política-jurídica (as políticas de saúde mental representam o acordo que uma determinada sociedade estabelece relativamente aos problemas da loucura) quais são as interpretações e concepções leigas? Após a revisão da bibliografia sobre a história da loucura, as politicas de saúde mental e as representações sociais sobre doença mental, esta pesquisa adopta uma abordagem qualitativa que privilegia o ponto de vista no nativo de Geertz (1983) e se apoia no argumento de pluralidade de habitus e de contextos de acção (Lahire, 2005). A análise respeita ao conteúdo de sessenta e oito entrevistas efectuadas a homens e mulheres. Nas racionalidades leigas, a ‘doença mental’ pode ser doença ou não. Os discursos leigos, em vez de falarem em ‘as doenças’, falam em ‘os doentes’ e retiram-se sistematicamente da entidade doença para se situarem face à ‘pessoa’, enquanto uma entidade ontológica holística que associa corpo e mente e integra a pessoa em todos os domínios da vida.Nas racionalidades leigas, classificam-se as pessoas em três categorias: os doentes, os fracos e os fortes (de personalidade). Os doentes têm uma doença que, claramente, aparece inscrita no corpo (com causas orgânicas ou morais); os fracos têm cismas e nervos que os podem fazer ficar doentes; os fortes são capazes de vencer o sofrimento mental próprio dos acontecimentos de vida. À psiquiatria, o pensamento leigo atribui uma função de controlo da loucura, exercido através do tratamento e da exclusão daqueles que têm verdadeiras doenças mentais. A representação social da psiquiatria remete-a para a dominante biomédica e não psicodinâmica. A ‘conversa’ é o recurso mais valorizado quando se fala de sofrimento mental (não doença mental); ela é atributo de outros profissionais do sistema (os psicólogos) e de profissionais alternativos (de vários tipos). Nessa lógica, identifica-se uma cultura de resistência à psiquiatrização (medicalização) do sofrimento mental e uma afirmação da agência individual (a ‘conversa’ reforça as forças do próprio indivíduo, único capaz de vencer a tendência para a doença). Quer as narrativas de doença mental (na terceira pessoa), quer as narrativas de sofrimento mental (na primeira pessoa) são formas de o sujeito se colocar perante si próprio, em estreita relação com a identidade. A doença e a ‘não-doença’ são entidades através das quais o indivíduo se constrói, afirmando-se ou se destrói, aniquilando-se. Em síntese, a pesquisa encontrou uma relação leiga com a doença mental (na linguagem da medicina) feita de várias lógicas, complexas e múltiplas, pelo que propõe o conceito de racionalidades leigas, no plural, sobre sofrimento e doença mental.
- Os conhecimentos ecológicos tradicionais sobre a pesca do guaiamum em áreas protegidas do rio São JoãoPublication . Fonseca, Marília; Alves, Fátima; Mota, Luciana; Macedo, MárcioEste livro resulta do Projeto Guaiamum - Bioecologia e Etnoconhecimento para a Conservação, que tem por objetivo contribuir para a proteção do Guaiamum e para a sustentabilidade da atividade de pesca artesanal dessa espécie. Neste livro enfatiza-se a importância do diálogo entre os conhecimentos tradicional e académico mobilizando a participação dos pescadores artesanais ao longo de todo o processo, dando assim voz a estes atores locais na definição de politicas de conservação e protecção.
- Guest editorialPublication . Azeiteiro, Ulisses; Alves, Fátima; Moura, Ana Pinto de; Pardal, Miguel Â.Editorial do volume especial: Azeiteiro, U. A., Alves, F., Moura, A. P., & Pardal, M. (2012), Special issue: Marine environment quality Guest editorial. Management of Environmental Quality: An International Journal, 23(4), 325-327. [Fator de Impacto SJR em 2012: 0.186; Quartil Q3 Miscellaneous]
- Sociocultural and educational factors in the sustainability of coastal zones : the prestige oil spill in Galicia, ten years laterPublication . Carvalho, Sara; Alves, Fátima; Azeiteiro, Ulisses; Meira-Cartea, Pablo; Pardal, MiguelPurpose - Environmental threats of immediate risk in areas such as coastal zones (CZ) have aroused new trends of citizenship and participatory democracy. This article intends to analyse elements within those trends, such as environmental culture; socio-political context; dynamics of social associative movement and integration of local knowledge. It also aims to contribute to an overview of the opportunities and barriers found in considering sociocultural and educational challenges in CZ. Design/methodology/approach - In this analysis, case studies of integrated coastal management occurring worldwide were selected and reviewed, considering several nuances of socio-economic and political contexts of CZ. Experiences of public response to coastal catastrophes such the Prestige oil spill in Spain, are also described. Findings – Whether implementing sustainable coastal management through either balanced systems (between large and small-scale strategies) or through largely bottom-up approaches, participation is detected as one of the main factors for a successul integrated approach. Principles such as participatory governance and social justice should be adopted in initial phases of sustainable management processes and preferably involve all of the implied actors of CZ. Originality/value - The literature reviewed provides specific highlights on factors that have empirically contributed to participatory sustainability of CZ, integrating three dimensions of citizenship: education, society’s dynamics and culture.
- Doença mental, psiquiatria e comunidade: elementos de reflexãoPublication . Alves, Fátima
- Reconfiguração da concepção de velhice em PortugalPublication . Alves, Fátima; Vaz, Ester; Silva, Luísa Ferreira da; Vieira, Cristina Pereira; Sousa, Fátima; Silva, Tânia; Berg, Aleksandra; Guerra, Maria josé; Braga, Clementina; Van Den Hoven, Rudolph
- Editorial: climate change and societyPublication . Alves, Fátima; Schmidt, LuísaClimate change presents one of the greatest challenges of the 21st Century. It will massively affect human societies in complex and multiple ways. And it seems to be almost uncontrollable in the near future. Our knowledge of the chemistry and physics of climate change, its causes and its consequences for planetary systems, is far greater than our understanding of the societal changes it poses. Climate change results from a complex process of societal transformations, which we all need to understand to better cope with the challenges it presents. Climatic conditions play a significant role and interfere with people’s lives in multiple ways. The causes are essentially known, based on unequivocal human action. All solutions also involve human decision and action. It is social and human action in both individual and social settings that are decisive for the future pathways of climate change and its disentanglement. There is also a factor of climate injustice that must be addressed. The nations that contributed most to the problem are often those that experience more limited and manageable consequences while those who contributed the least are often the most affected, vulnerable and unprepared. With climate change, the risk of conflicts, disasters and internal displacement increases so exacerbate existing inequalities and poverty. This presents a moral conundrum of the highest order. At the ecological level, the destruction or disintegration of nature/nurture is more visible, with strong impacts on the availability and reduction of natural resources. In terms of social systems, climate change breaks down social organization, housing, the food system, generates migration, increases economic losses, hunger and public health breakdowns. In a more invisible way, climate change destroys cultural belonging and individual and collective identities. In addition to these expected impacts in the most diverse social, cultural, economic and environmental sectors, human health has emerged as an important area of considerable alarm. Although not frequently mentioned or targeted as a key political concern, it is expected that the impact of climate change on human health will be severe, both in the proliferation and incidence of diseases. Moreover, climate change will have extensive implications to human wellbeing, which will reflect on social structures and ways of life.
- Compreender as racionalidades leigas sobre saúde e doençaPublication . Alves, Fátima; Silva, Luísa Ferreira daA ciência é uma forma de conhecimento que foi instituída como a forma de conhecer a verdade única e universalmente válida, assente nas questões epistemológicas e nos critérios de rigor metodológico. O saber leigo, popular, que preenche a vida e orienta a ação quotidiana, busca o significado através do simbólico cultural, no que é o oposto do conhecimento científico. A questão das possibilidades de conhecimento sobre a realidade social situou o debate nos modos de produção de conhecimento e na consequente contingência dessas mesmas produções, o que sustenta a afirmação de que todas as formas de conhecimentos são válidas nos seus contextos de produção. Em matéria de saúde e doença, a produção sociológica tem desvendado os conteúdos do saber leigo e a sua incontestável presença na experiência individual, desde a percepção dos fenômenos no corpo até a relação com a instituição médica. Este texto parte de uma reflexão sociológica sobre a questão do conhecimento. Em seguida, revê o essencial da literatura sociológica sobre o saber leigo de saúde e doença. Finaliza com uma proposta de compreensão dos processos do saber leigo como racionalidades que, na forma de configurações de elementos interdependentes, sustentam as práticas de saúde na vida quotidiana.
- Santé et bien-être: qu`est-ce que veut dire vivre en santé?Publication . Alves, Fátima; Silva, Luísa Ferreira da; Vieira, Cristina Pereira; Vaz, Ester; Sousa, Fátima; Berg, Aleksandra; Silva, Tânia; Guerra, Maria josé; Braga, Clementina; Van Den Hoven, RudolphSanté et bien-être: qu'est-ce que veut dire vivre en santé? La modernité diversifie les opportunités et oblige les individus à réaliser des choix (Giddens,1990). Les risques font partie intégrante des sociétés modernes(Beck, 1998). La régulation sociale pénétre les consciences individuelles(Foucault 1976). La santé est une ressource à proumouvoir notamment par le choix de styles de vie en santé (WHO 1986). Les styles de vie sont façonnés par le 'habitus' (Bourdieu, 1979). La vie moderne a intériorisé un devoir de santé (Herzlich et Pierret 1984). Les styles de vie sont associés à la santé et que les comportements de santé varient avec le groupe socio-economique, l'âge et le genre(D'Houtaud, 1989; Blaxter, 1998). Les discours de santé sont également différents selon les classes sociales(Calnan e Williams, 1991). Notre recherche a pour objectif la compréhension du point de vue profane sur les pratiques quotidiennes associées à la notion de vie en santé (WHO 1986). Par le biais des entretiens, nous avons exploré la notion de vie en santé et les (discours sur les)pratiques (alimentation, exercice, alcool, tabac, récupération des ordures, prévention de la maladie). Ce qui nous intéresse, ce sont les logiques qui soutiennent les comportements plutôt que les comportements en eux-mêmes. Notre communication présentera les premiers résultats d'une enquête menée au Portugal.