Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS
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- Desenvolvimento de competências sociais nos adolescentes : perspectiva de prevenção em saúde mental na adolescênciaPublication . Silva, Ana Isabel Mateus da; Ramos, NatáliaA realização do presente estudo representou a concretização dum projecto profissional e um processo de realização pessoal. A perspectiva de estudar o desenvolvimento de competências nos adolescentes revelou-se desde o início aliciante; o estar próximo dos adolescentes tinha desenvolvido em nós a sensibilidade para esta temática. Além disso o fazer parte da equipa da infância e adolescência do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de Santarém havia despertado o nosso interesse para as competências dos adolescentes evidenciando-se a sua importância para a aprendizagem. A presente investigação foi realizada na Escola E. B. 2,3 de Alexandre Herculano de Santarém, pelas facilidades concedidas pelo Presidente e Professora de Apoio Educativo. Neste contexto, e porque desejamos saber os factores determinantes do desenvolvimento de competências sociais na adolescência, realizámos um estudo de caso qualitativo com o objectivo de desenvolver competências sociais nos adolescentes. Utilizámos uma amostra não probabilística, sendo a técnica a de amostragem de conveniência. Fizemos análise de conteúdo temático dos dados colhidos através de observação participante, consulta documental, registos dos adolescentes e inquérito por entrevista. As principais conclusões merecedoras de registo são as seguintes: - as atitudes e comportamentos da rede primária interferem negativamente no desenvolvimento das competências sociais dos adolescentes, uma vez que os pais não estimulam os adolescentes a desenvolver essas competências; - a ansiedade social influencia desfavoravelmente o desenvolvimento de competências sociais nos adolescentes; - o ser aceite pelo grupo de pares influencia o desenvolvimento das suas competências sociais; - o acompanhamento familiar deficiente interfere desfavoravelmente no desenvolvimento de competências sociais nos adolescentes; 25 - os adolescentes, após terem feito parte do grupo de treino de competências sociais, apresentam benefícios generalizados no que respeita à competência social, ao seu comportamento dentro e fora da sala de aula e à sua capacidade de aprendizagem. Alguns resultados foram confirmados pelo referencial teórico que utilizámos e pelos resultados de estudos anteriormente realizados.
- Gravidez e maternidade na adolescência: um estudo no Município de Uberaba Estado de Minas Gerais - BrasilPublication . Reis, Lyria; Ramos, NatáliaTrata-se de um estudo sobre a gravidez e a maternidade na adolescência no município de Uberaba, estado de Minas Gerais, Brasil. A gravidez e a maternidade na adolescência são considerados um problema de saúde e social nos países ocidentais desenvolvidos, que pode afectar a saúde das jovens, dos seus filhos e o seu percurso de vida. O número de nados vivos de mães adolescentes em Uberaba no ano de 2005 foi de 700 bebés, uma percentagem de 18,59% do total de nados vivos do município. O objectivo geral deste estudo foi conhecer e compreender a realidade da gravidez e maternidade na adolescência, nas diferentes dimensões de saúde, socioeconómicas e culturais no município de Uberaba. O enquadramento teórico incidiu sobre a saúde, seus determinantes e desenvolvimento humano; sobre a adolescência, sua construção ao longo dos tempos e as transformações biológicas e psicológicas que ocorrem nesta fase da vida; sobre a sexualidade, a contracepção e a comunicação em saúde e educação sexual e sobre a gravidez e a maternidade na adolescência nas diferentes dimensões sanitárias, psicossociais, económicas e culturais no município de Uberaba. O estudo empírico comporta duas partes: a primeira, apresenta uma análise histórica e sociodemográfica dos nascimentos ocorridos no município nos anos de 2001 a 2005, através da análise das bases de dados do SINASC – “Sistema de Informações de Nascidos Vivos". Foram feitas análises dos nascimentos de bebés de mães de 10 a 19 anos comparativamente aos nascimentos de bebés de mães com 20 anos e mais; a segunda parte apresenta os resumos das histórias de vida de 25 adolescentes gestantes e a análise de conteúdo das entrevistas. Os principais resultados obtidos da análise dos nascimentos e das entrevistas são os seguintes: a percentagem de nados vivos de mães adolescentes variou de 21,69% no ano de 2001 para 18,59% no ano de 2005, demonstrando uma tendência decrescente. As jovens são na maioria solteiras, têm entre 4 e 11 anos de escolaridade e a maior parte não trabalha ou é estudante. Os partos realizados foram 100% hospitalares com uma percentagem de partos por cesariana variando entre 41% (2003) e 48,6% (2005). As mães adolescentes realizaram menos consultas de pré-natal e os seus bebés nasceram com peso mais baixo que os filhos de mães com 20 anos e mais. A jovem que engravida tem em média 17 anos, na maioria dos casos é solteira ou vive em união de facto com seu namorado. Relativamente à escolaridade, 56% das jovens têm o ensino fundamental incompleto e apenas 12% completaram o ensino médio. Em 76% dos casos as mães destas adolescentes também foram mães antes dos 20 anos de idade. Os pais dos bebés eram, em média, 3 a 6 anos mais velhos do que as mães. O rendimento mensal familiar era de 2 salários mínimos. A maioria das jovens não trabalhava ou tinha emprego precário. Na maioria das jovens a menarca ocorreu aos 13 anos e a primeira relação sexual aos 15 anos. 100% das jovens conheciam 2 métodos contraceptivos, o preservativo e a pílula anticoncepcional, sendo a escola e a família as principais fontes de informação acerca da questão. Quanto ao desejo da gravidez, 48% responderam afirmativamente, enquanto que 52% não desejaram a gravidez. As jovens que desejaram a gravidez relataram sentimentos positivos enquanto as jovens que não desejaram relataram principalmente sentimentos negativos. Os apoios/suportes sociais foram, na maioria dos casos os informais, sendo a família e o pai do bebé os mais importantes. Quanto aos apoios/suportes sociais formais, os serviços de saúde aparecem em primeiro lugar, porém com uma frequência de apenas 6 casos. O início do acompanhamento pré-natal foi mais frequente na idade gestacional de 1 mês e meio e 3 meses de gravidez, tendo sido adiado pelo medo da jovem em contar aos pais a situação de gravidez. O principal projecto de vida anterior à gravidez era o estudo, seguido do trabalho e casamento/filhos. Em relação às perspectivas futuras, 11 jovens ainda não ponderaram a questão, enquanto que 8 têm uma perspectiva positiva a respeito do futuro. Conclui-se que estas jovens mães adolescentes de Uberaba fazem parte de um grupo de jovens inseridas em famílias caracterizadas por precariedade social e desorganização familiar, com poucas oportunidades de escolarização, que tiveram necessidade de trabalhar, ainda que trabalho precário, para obterem algum rendimento financeiro. As jovens têm alguns conhecimentos acerca de contracepção mas não o suficiente para utilizarem um método contraceptivo adequadamente. Buscam através da maternidade um novo papel para as suas vidas e visualizam nos filhos, uma oportunidade para se sentirem amadas e seguras. Conclui-se que estas jovens necessitam de mais informação, conhecimento e orientação a respeito da sexualidade e da contracepção e de mais apoio familiar e de serviços de saúde e sociais adequados às suas necessidades, para que possam fazer a opção pela maternidade no momento mais adequado das suas vidas. As adolescentes necessitam também de aumentar a sua auto-estima, de ter acesso a educação e saúde de qualidade, a actividades sociais, culturais e de lazer e a formação adequada de forma a aumentar as oportunidades de realização pessoal e profissional, reduzindo o ciclo de perpetuação da pobreza, aumentando o nível de desenvolvimento humano e a qualidade de vida e bem-estar
- Representações e comportamentos dos adolescentes no domínio da saúde: um estudo em Vila Nova de AnhaPublication . Lima, Maria Augusta Ribeiro Gomes; Ramos, NatáliaResumo - Este trabalho aborda a problemática dos comportamentos e conhecimentos dos adolescentes, no domínio da saúde, pertencentes à extensão de saúde de Vila Nova de Anha, do distrito de Viana do Castelo. O objectivo deste trabalho, é apresentar uma perspectiva sobre os comportamentos e conhecimentos dos adolescentes no domínio da saúde; analisar os comportamentos e factores de risco nos adolescentes; e efectuar um levantamento sobre representações e comportamentos dos adolescentes. Assim, apresenta-se o resultado de um estudo realizado na extensão de Saúde de Vila Nova de Anha, assente numa primeira parte, em investigação documental e simples reflexão pessoal, que visa, numa segunda parte, através de questionários efectuados aos adolescentes, fundamentar a teoria analisada. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa dois questionários dirigidos a um grupo de adolescentes entre os doze e os dezasseis anos: um que, assinala de uma forma geral os conhecimentos dos adolescentes, sobre as consultas de adolescentes que existem na extensão de saúde, e que têm como objectivo informar, esclarecer, promover a auto-estima, incentivar estilos de vida saudáveis e identificar comportamentos de risco dos adolescentes; outro que, identifica comportamentos de risco e de estilos de vida saudável para o grupo de adolescentes em estudo. Como principal conclusão deste estudo é de referir aspectos positivos e negativos. Aspectos positivos: o baixo consumo de tabaco, o diálogo na escola sobre adolescência e saúde, o conhecimento do horário de funcionamento da Extensão de Saúde de Vila Nova de Anha, e o conhecimento das consultas de saúde de adultos. Aspectos negativos: o elevado consumo de álcool por parte destes adolescentes, assim como não utilizam as consultas de adolescentes
- O significado e percepção das consequências do consumo do álcool da população adolescente de um colégio particular de LisboaPublication . Salvador, Maria Teresa Français; Goulão, FátimaNas últimas décadas assiste-se a uma mudança radical no padrão de consumo de álcool que se centra fundamentalmente na alteração de um consumo diário para um consumo de fim-de-semana. Está associado principalmente aos jovens, é uma forma de consumo mais compulsivo e a embriaguez é por excelência o símbolo deste tipo de consumo. A realização do presente estudo, visa perceber qual o significado que os jovens atribuem ao consumo de álcool, perceber qual o envolvimento da família e se esta influencia os comportamentos dos seus filhos adolescentes, perceber qual o conhecimento que os adolescentes têm acerca das consequências do consumo de álcool, a curto e a longo prazo e qual a sua motivação face a uma área curricular sobre promoção de saúde. Este estudo pretende, portanto, perceber também, se é pertinente intervir em promoção de saúde junto dos jovens, em contexto escolar, no sentido de lhes proporcionar competências para decidirem sobre a sua própria saúde e optarem por comportamentos e estilos de vida saudáveis. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, enquadrado num paradigma quantitativo. Foi utilizada uma amostra não probabilística e uma técnica de amostragem de conveniência. Foi elaborado um questionário que se aplicou a uma amostra de 149 adolescentes, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, que frequentavam o ensino secundário num colégio particular em Lisboa. Os dados foram tratados utilizando a estatística descritiva e inferencial. Verifica-se que, existe uma predominância do consumo de álcool ao fim de semana, com amigos e em saídas à noite. A idade de inicio do consumo de álcool é cada vez mais precoce, não existindo diferença significativa entre géneros. O tipo de bebida incide preferencialmente na cerveja e bebidas destiladas. Verifica-se que os jovens embora com algum conhecimento sobre as consequências do consumo de álcool, mantêm este comportamento como um elemento indispensável à integração no grupo de pares e à boa disposição, constituindo um factor facilitador de relações interpessoais, mas referem interesse pela existência de uma área curricular, integrada em contexto escolar, sobre promoção de saúde. Pode concluir-se que seria benéfico a intervenção em promoção de saúde, através de estratégias bem delineadas, com conteúdos que promovam o aumento do nível de competência individual, que promovam capacidade para enfrentar as situações de stresse e conflitualidade próprias da adolescência, que promovam a capacidade de decidir