Linguística | Comunicações em congressos, conferências / Linguistics - Communications in congresses, conferences
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- Aquisição da linguagem e a linguística cognitiva: que competências para o falante não-nativo?Publication . Batoréo, HannaEm Psicolinguística, e, em especial, na área da Aquisição da Linguagem, os estudos sobre os processos de aquisição e de aprendizagem de uma dada língua pelos falantes não-nativos têm focado as competências linguísticas de carácter estrutural (isto é, competências sintáctica, morfológica, fonológica ou lexical). No presente estudo, pretendemos, no entanto, focar a área a partir do enquadramento da Linguística Cognitiva, a fim de discutir a noção de competência metafórica, no contexto específico da aquisição e da aprendizagem do Português como Língua Não-Materna (PLNM). Em primeiro lugar, defenderemos, aqui, que quem aprende uma língua nova deve fazê-lo de um modo conceptualmente adequado, adquirindo consciência metafórica, se o objectivo é comunicar com os outros por meio da linguagem figurada, tal como o fazem os falantes natiuvos, conforme demonstrado pelos estudos desenvolvidos no âmbito da Linguística Cognitiva. Defenderemos, também, que a investigação na área não se pode limitar ao estudo restrito da Linguagem, abrangendo, antes, a interacção entre as componentes do trinómio Cognição – Linguagem – Cultura. Esta interacção implica incorporação (embodiment), ou seja a conceptualização do mundo que é feita através do nosso corpo, assim como através das experiências corporais e actividades efectuadas pelo Homem, mediadas pela cultura em que esta experiência se enquadra (incorporação física e cultural). Como as culturas diferem entre si, as emoções ou os valores em culturas diferentes podem ser conceptualizados por meio das partes do corpo distintas, a fim de veicularem emoções ou valores análogos. Adquirir conhecimento do modo como este processo se desenvolve num idioma diferente da língua materna obriga o falante não-nativo a reestruturar-se conceptualmente e garante um processo mais motivado, tendo como objectivo comunicar e expressar-se figuradamente na língua não-materna.
- Competência metafórica em português língua não-materna: reestruturação e adequação conceptuais do falante não-nativoPublication . Batoréo, HannaNo âmbito do enquadramento teórico da Linguística Cognitiva, pretende discutir-se a noção de competência metafórica (Aleshtar & Dowlatabadi 2014: 1895; cf. Batoréo 2015, 2018, 2019), no contexto específico da aquisição e aprendizagem do Português como Língua Não-Materna (PLNM). Na sequência dos estudos desenvolvidos por Gibbs (1994), defende-se que quem aprende uma língua nova deve fazê-lo de um modo conceptualmente adequado, adquirindo consciência metafórica, se o objectivo é comunicar com os outros, usando linguagem figurada, tal como acontece no dia-a-dia dos falantes nativos. Aprender como este processo se desenvolve num idioma diferente da nossa língua materna obriga o falante não-nativo a reestruturar-se conceptualmente (Yu 2007) e garante um processo cognitivamente mais motivado (cf. Boers 2001, Boers et al. 2004, 2007), tendo como objectivo comunicar de um modo figurado na língua não-nativa. No âmbito da Psicolinguística em que se inclui, para além da Compreensão e Produção da Linguagem, a área da Aquisição da mesma, defende-se que a investigação na área não se pode limitar apenas ao estudo restrito dos aspectos estruturais da língua nova, mas deve, antes, abranger a interacção entre as componentes do trinómio Cognição – Linguagem – Cultura. Esta interacção implica incorporação (embodiment), ou seja a conceptualização do mundo que é feita através do nosso corpo, assim como das experiências corporais e actividades efectuadas pelo Homem, mediadas pela cultura em que esta experiência se enquadra, dando, deste modo, origem à incorporação física e cultural. Como as culturas diferem entre si, as emoções e/ ou os valores podem ser conceptualizados em função da localização em partes de corpo distintas (cf. Yu 2003, 2007, 2009; Batoréo 2017a, 2017b, 2018, 2019), obrigando o falante não-nativo a reestruturar-se conceptualmente. Além das competências linguísticas de carácter estrutural estudadas tradicionalmente - tais como a competência fonológica, morfológica, sintáctica ou lexical -, a competência metafórica surge, deste modo, como uma competência indispensável para um desempenho fluente no âmbito do PLNM.
