Ciências da Educação | Education Sciences
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Browsing Ciências da Educação | Education Sciences by Sustainable Development Goals (SDG) "11:Cidades e Comunidades Sustentáveis"
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- Crianças sobredotadas : dinâmicas familiares, escolares e socioculturaisPublication . Santos, Ana Karina Costa; Ramos, NatáliaEste trabalho de investigação objectivou conhecer e compreender os processos de desenvolvimento de algumas dinâmicas familiares, escolares e socioculturais de crianças sobredotadas residentes em Portugal (distritos de Setúbal e Lisboa) e que frequentam escolas (do ensino público ou particular) do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Neste sentido, considerou-se importante explorar como se estabelecem as relações das crianças sobredotadas com as suas famílias, assim como com os professores e colegas nas escolas e com o meio envolvente em geral. Procurou-se também saber quais são as características positivas das crianças sobredotadas e quais as implicações destas características nas dinâmicas familiares e socioeducativas. Considerou-se ainda pertinente compreender de que forma as famílias e as escolas gerem as problemáticas inerentes às crianças sobredotadas e qual o nível de aceitação destas crianças nas famílias, por parte dos colegas e professores nas escolas, e no meio sociocultural em que vivem. Se as famílias e as escolas conhecerem e compreenderem as características e necessidades das crianças sobredotadas, se trabalharem colaborativamente e conseguirem construir uma plataforma comunicativa efectiva e funcional, poderemos dizer que estarão erguidos dois pilares fundamentais que irão certamente contribuir para a adequação e para o planeamento de intervenções que permitam potenciar e maximizar as capacidades e a criatividade destas crianças e assegurar que estas se sintam compreendidas, aceites e efectivamente felizes.
- Escola e imigração na cidade : implicações da parentalidade em adolescentes de diferentes grupos étnicosPublication . Gonçalves, Luís Miguel Chaves Reis; Neto, Félix; Aires, LuísaAs questões da presente investigação colocam a família como estrutura educativa no centro de uma sociedade multicultural. Antes de mais, procura-se saber o que melhor explica o sucesso escolar em alunos de diferentes grupos étnicos, adolescentes portugueses e dos Palops. Mil quatrocentos e nove adolescentes, do 3º ciclo, de escolas do ensino básico da região da Grande Lisboa responderam a vários questionários no âmbito da parentalidade, isto é, sobre os estilos parentais, envolvimento parental com a escola, e das atitudes em relação à escola. As repostas relativas ao instrumento dos estilos parentais de Steinberg permitiram a identificação de quatro tipos de famílias: autoritativas, autoritárias, indulgentes e negligentes. Os resultados revelaram que os adolescentes, portugueses ou dos Palops, que crescem no seio de famílias autoritativas, apresentam menos problemas disciplinares na escola; apresentam um melhor relacionamento com os pais; os pais atribuem importância à escola dos seus filhos e envolvem-se com eles em questões escolares; e ajudam à elaboração de atitudes em relação à escola mais positivas. Por oposição, estão as famílias negligentes, portuguesas ou com origem nos Palops, as mais desfavoráveis para os adolescentes. São os alunos com maior número de problemas disciplinares; a relação com os pais é sentida como insuficiente; sentem que a escola e o trabalho escolar que desenvolvem não tem importância para os pais; têm a percepção que os pais não se envolvem com a escola ou com eles em casa nas actividades escolares; e constroem atitudes em relação à escola muito penalizadoras. No entanto o que melhor explica o sucesso escolar dos alunos, portugueses ou dos Palops, são as variáveis sócio-demográficas – ser mais novo, viver com os pais biológicos e em contextos familiares de maior formação escolar. Outras variáveis constituíram-se como preditoras, e ajudaram a explicar a variável dependente. A percepção académica, componente das atitudes em relação à escola, dos adolescentes teve um impacto significativo. Os grupos étnicos e culturais distinguiram-se em três variáveis preditoras do sucesso escolar. Viver com famílias autoritárias é positivo para o desempenho escolar dos adolescentes portugueses. Viver com famílias autoritativas, que se envolvem pessoalmente com a escola revelou ter efeitos positivos para os alunos com sucesso escola dos Palops. O conjunto de resultados ajudam a entender melhor alguns dos processos através dos quais a parentalidade pode influenciar o desempenho escolar dos adolescentes portugueses e dos Palops.
- Vozes de alunos sobre a violência/agressividade em casa, na escola e na rua no contexto intercultural de ChelasPublication . Moniz, Luísa Lobão; Grave-Resendes, LídiaVozes de alunos sobre violência/agressividade em casa, na escola e na rua no contexto intercultural de Chelas é um trabalho baseado no meu percurso profissional, como professora numa escola multicultural e em contacto directo, durante anos, com famílias e crianças em que a violência tem sido uma constante nas suas vidas. Esta investigação teve como ponto de partida dar voz às crianças enquanto vítimas, espectadoras e autores de violência/agressividade em casa, na escola e na rua. Porque se acredita que a criança é um ser que faz a sua própria história, os testemunhos baseiam-se em dados reais das suas vidas. A criança é o elemento central de todo o processo de investigação. Partiu-se de uma fundamentação teórica que tentou analisar o que é a violência, a agressividade, a negligência, assim como a importância da aprendizagem das regras e dos contos tradicionais. Estudou-se a complexidade da família, da cultura e do reconhecimento do outro. Optou-se pela triangulação através de dados recolhidos nas diferentes metodologias de estudo do mesmo fenómeno. Caracterizou-se a escola e a comunidade onde estudam e habitam os alunos que fazem parte desta investigação. Da análise de dados constatou-se que as crianças dizem que são vítimas, espectadoras e autoras de comportamentos violentos em casa, na escola e na rua e que consideram inevitável a violência por parte dos adultos, desejando, assim, para a sua segurança e bem-estar, leis, uma vida familiar estruturada e respeito mútuo. Por ser uma realidade complexa e multidisciplinar conclui-se que a Escola não pode resolver por si só este problema mas que lhe compete arranjar estratégias de organização escolar, de metodologias de ensino/aprendizagem e de articulação com as famílias e o meio envolvente, na construção de projectos teoricamente bem fundamentados e dirigidos às violências reais e às emergentes.