Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI
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Browsing Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI by Sustainable Development Goals (SDG) "05:Igualdade de Género"
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- Igualdade de género: sim ou não? Perspetivas de um grupo de jovens de São Tomé e Príncipe em PortugalPublication . Martins, Bernardina Margarida Pinhão; Albuquerque, RosanaA presente dissertação pretende compreender qual o papel da mulher e do homem na sociedade, segundo as perspetivas de um grupo de jovens adultos de São Tomé e Príncipe, que se encontra a estudar num centro de formação profissional, em Portugal. Partindo desta questão orientadora, definiram-se os seguintes objetivos específicos de investigação: Identificar os papéis sociais que as e os jovens atribuem a mulheres e homens; Entender as razões dos comportamentos autoritários, por parte dos jovens do sexo masculino, relativamente às colegas; Perceber a subserviência das referidas jovens, face a esses comportamentos de autoritarismo dos seus colegas; Compreender quais as questões, do ponto de vista cultural, social e/ou outras que contribuem para tais comportamentos e perceções (e em que medida); Conhecer quais as expetativas das/dos jovens, face ao futuro. A investigação permitiu-nos concluir que as representações de género estão ainda muito enraizadas, continuando as mulheres a serem muito submissas, restringindo-se essencialmente à esfera privada, enquanto os homens dominam o espaço público. Embora a maioria dos jovens considere que devam ser iguais os papéis da mulher e do homem na sociedade, ao mesmo tempo estão também conscientes do peso das tradições culturais no seu país, considerando-as, inclusive, obstáculos à igualdade de género. Assim, apesar de se verificar uma evolução nesse sentido, há ainda um longo caminho a percorrer! Esperamos com esta pesquisa contribuir para a urgente reflexão acerca das sociedades contemporâneas e desigualdades que se perpetuam, sobretudo relativamente à igualdade de género, promovendo o conhecimento, para uma realidade efetivamente justa, equitativa e inclusiva.
- Jovens universitários portugueses: um olhar sobre as mulheres brasileirasPublication . Moita, José Pedro Loureiro; Vieira, Cristina; Nunes, Catarina S.As atitudes favoráveis ou desfavoráveis em relação a indivíduos, baseadas na sua pertença a determinado grupo são definidas por Neto (1998) como preconceito, cuja manifestação comportamental se traduz em discriminação. A decisão de avançar para a presente dissertação prendeu-se com três motivos principais: a relevância que a imigração tem em Portugal; o contacto pessoal que temos com imigrantes brasileiros/as; e a motivação resultante dos conteúdos apreendidos no Mestrado em Relações Interculturais da Universidade Aberta. Pretende-se avaliar se existe preconceito e discriminação dos e das jovens estudantes universitários/as portugueses/as em relação às mulheres brasileiras, identificando as características que podem ter influência nessa avaliação. Desenvolveu-se um estudo piloto recorrendo, no que concerne à pesquisa, a uma metodologia quantitativa. Como instrumento de pesquisa utilizou-se um inquérito on-line com perguntas fechadas, que foi respondido por 143 alunos/as da Universidade da Beira Interior, instituição de ensino selecionada. Com os resultados alcançados verificou-se que existe preconceito dos e das jovens estudantes universitários/as que responderam ao inquérito em relação às mulheres brasileiras. Apesar de ser um estudo piloto, consideramos que há indícios de sentimentos de discriminação que podem abranger os/as estudantes universitários/as portugueses.
- Tráfico transnacional e exploração sexual de mulheres: perspetivas institucionais e sociais na zona norte de PortugalPublication . Freitas, Sandra Cristina Sampaio de; Magano, OlgaA investigação desenvolvida aborda as perspetivas institucionais e sociais na zona norte de Portugal atinentes com o tráfico internacional e a exploração sexual de mulheres. Do ponto de vista da inovação, a investigação questiona a correlação entre tráfico de mulheres para fins de exploração sexual e migrações irregulares, apresentando as novas tendências no modo de atuação das redes de tráfico, nomeadamente nas formas de recrutamento, estratégias de controlo e ocultação das vítimas de exploração sexual. O tráfico de mulheres não é um problema exclusivo dos limites territoriais de um país ou continente, exigindo uma ação concertada que vise uma atuação de prevenção e combate desde os países de origem aos países de destino das vítimas. No quadro da compreensão, foi desenvolvida uma investigação qualitativa com recurso a entrevistas a especialistas da área social, política e policial que desenvolvem a sua atividade com especial enfoque na zona norte de Portugal e a uma vítima de tráfico para fins de exploração sexual, oriunda da Nigéria, cujo último palco exploração foi a zona norte de Portugal. Em pleno séc. XXI é possível comprar, vender e explorar mulheres na Europa, nomeadamente em Portugal, oriundas de diversos pontos do mundo. As redes formais ou informais inovam constantemente o seu modelo de atuação, adaptando as suas estratégias, rotas e recursos, como forma de escapar às autoridades policiais e alimentar os lucros provenientes da exploração de vidas humanas. A violência decorrente de experiências de tráfico deixa marcas nas vítimas ao nível físico, psicológico e nas relações interpessoais, afigurando-se o processo de assistência e acolhimento crucial para a recuperação e delineação de um novo projeto de vida destas mulheres, evidenciando a relevância de políticas públicas integradas. Na base dos processos de tráfico estão as desigualdades de género, de direitos e de oportunidades. É um fenómeno que assenta nas vulnerabilidades individuais e contextuais bem como na lógica de procura e oferta dos mercados globais.
- As universidades de terceira idade como forma de participação e inclusão social: um estudo de caso na Universidade Sénior de Massamá e Monte AbraãoPublication . Mendes, Carlos Alberto Mateus Lopes; Magano, OlgaA constituição de Universidades Sénior é um fenómeno social recente e que resulta de profundas transformações sociais e técnicas no que se refere à melhoria de condições de vida a nível básico de sobrevivência mas também de saúde e bem-estar o que tem conduzido ao aumento da esperança de vida e consequente aumento de população envelhecida. As sociedades contemporâneas procuram encontrar propostas ajustadas para proporcionar formas de envelhecimento ativo e de vida ativa, entre as quais projetos educativos e culturais em que se enquadram as Universidades Sénior, como paradigma de educação de adultos a partir dos 50 anos e contraria representações clássicas sobre o envelhecimento. O objetivo deste estudo é conhecer o processo de criação de Universidades Sénior como resposta social e, no caso português, conhecer as motivações dos estudantes para a frequência e o impacto que assume nas suas vidas enquanto projeto de vida de aprendizagem ao longo da vida mas também de preservação de relações sociais, após a saída do mercado de trabalho. Em termos metodológicos, optou-se por uma abordagem qualitativa de estudo de caso da Universidade Sénior de Massamá e Monte Abraão (USMMA) com a realização de observação participante em contexto de salas de aula e entrevistas semiestruturadas em profundidade. Os resultados revelam a importância que a frequência da Universidade assume para os e as estudantes, sobretudo para as mulheres, que procuram estes centros de cultura pela sua necessidade de participação social e para dar vazão à sua curiosidade intelectual, sendo também, por vezes, uma possibilidade de emancipação feminina e de empoderamento, numa população ainda muito marcada pelas desigualdades de género. Constata-se uma maior frequência feminina havendo dificuldades em motivar os homens para a Universidade: normalmente têm outros interesses associativistas ou outros interesses em termos de temáticas. Assim, a USMMA constitui um meio privilegiado de convívio entre as mulheres e uma forma de empoderamento que pode promover a sua emancipação na velhice.
- Violência de género nos media em Portugal: análise do discurso nas redes sociaisPublication . Iria, Maria Filomena Madrugo; Campos, Ricardo; Alves, FátimaAs redes sociais virtuais são um palco privilegiado para a comunicação das mais diversas ideias entre os indivíduos, ultrapassando fronteiras físicas, obstáculos culturais e barreiras de linguagem. A internet faz parte do quotidiano de um número crescente de utilizadores em todo o mundo, promovendo a partilha intercultural cada vez mais facilitada pela partilha de imagens, vídeos e textos com tradução automática, que abrem janelas de conhecimento. Os meios de comunicação social compreenderam a vantagem de se aliar a esta partilha, primeiro criando os seus sites na internet e também participando das redes sociais virtuais. As plataformas de redes sociais são usadas pelos meios de comunicação social para uma aproximação aos leitores, disponibilizando publicações de acesso rápido aos factos noticiados nos seus sites, que vão muitas vezes provocar a participação dos utilizadores que os seguem, através de comentários e republicações. O objeto do nosso estudo incide nos comentários que os utilizadores fazem nas publicações sobre violência de género, nos meios de comunicação social portugueses mais lidos na internet, publicados na rede social virtual com mais utilizadores em Portugal, o Facebook. Através do prisma das representações sociais, a nossa análise perceciona que o público tece considerações que refletem as suas convicções: sobre a aplicação ineficaz da justiça e a desigualdade com que é aplicada de acordo com o género da vítima, sobre os preconceitos, fazem revelações sobre o seu papel pessoal na vivência do fenómeno e manifestam a sua revolta contra os agressores. Exibem as suas representações da realidade partilhando emojis, memes e palavras que ficam presas no ciberespaço, prontas a serem consumidas e interpretadas por outros utilizadores que, em debate, concordam ou contrariam o conjunto. Verificámos que os factos são transmitidos com pouco conteúdo que caracterize os intervenientes e as circunstâncias, mas que fazem questão de referir factores comportamentais que desacreditam as vítimas e legitimam as agressões. Concluímos que este tipo de publicações não coopera na construção de valores ou desconstrução de crenças sobre a violência de género.
- Violência doméstica e de género : crenças, atitudes e valores dos militares da GNRPublication . Coelho, Rui Pedro Pinto da Silva; Vieira, Cristina Pereira; Costa, Paulo ManuelA violência doméstica e de género é um fenómeno transversal à sociedade e afeta um número significativo de mulheres, mostrando-se como um grave problema. O impacto e as consequências que esta violência causa na mulher e na sua vida familiar são profundas, sendo uma prioridade alterar pensamentos pré-concebidos, que podem comprometer as respostas das mais variadas entidades públicas e privadas. A presente dissertação tem como principal objetivo compreender crenças, atitudes e valores dos/as militares da GNR (Guarda Nacional Republicana) em relação à violência de género e perceber de que modo estas determinam a atuação face ao fenómeno. Para atingir esse objetivo foi constituída uma amostra, a nível Nacional, de 1872 militares da GNR, pertença dos 20 Comandos Territoriais (Portugal Continental e Ilhas). Optamos por uma metodologia quantitativa, com a construção e aplicação de um questionário online, no qual se fez uma adaptação de duas escalas já aplicadas e testadas anteriormente, a Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (ECVC), de Machado, Matos & Gonçalves (2000), e a Escala de Atitudes Policiais (EAP), de Gracia, García & Lila (2008). A primeira escala permitiu avaliar as crenças dos/as militares da GNR quanto aos fatores legitimadores da violência contra a mulher e a segunda escala possibilitou aferir a atitude dos/as militares da GNR face a determinadas situações de intervenção ou não intervenção, bem como, saber qual o grau de responsabilidade pessoal por essa decisão e o grau de gravidade percebida perante as situações apresentadas. Em termos gerais, pode-se concluir que os/as militares da GNR, na sua maioria, não expressam crenças legitimadoras de violência de género. Todavia, os resultados mostram-nos que existem ainda elementos desta força de segurança que manifestam uma visão estereotipada e simplista do fenómeno, nomeadamente pela externalização da culpa, o que pode levar a inadequada atuação perante ocorrências.