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- Violência doméstica e de género : crenças, atitudes e valores dos militares da GNRPublication . Coelho, Rui Pedro Pinto da Silva; Vieira, Cristina Pereira; Costa, Paulo ManuelA violência doméstica e de género é um fenómeno transversal à sociedade e afeta um número significativo de mulheres, mostrando-se como um grave problema. O impacto e as consequências que esta violência causa na mulher e na sua vida familiar são profundas, sendo uma prioridade alterar pensamentos pré-concebidos, que podem comprometer as respostas das mais variadas entidades públicas e privadas. A presente dissertação tem como principal objetivo compreender crenças, atitudes e valores dos/as militares da GNR (Guarda Nacional Republicana) em relação à violência de género e perceber de que modo estas determinam a atuação face ao fenómeno. Para atingir esse objetivo foi constituída uma amostra, a nível Nacional, de 1872 militares da GNR, pertença dos 20 Comandos Territoriais (Portugal Continental e Ilhas). Optamos por uma metodologia quantitativa, com a construção e aplicação de um questionário online, no qual se fez uma adaptação de duas escalas já aplicadas e testadas anteriormente, a Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (ECVC), de Machado, Matos & Gonçalves (2000), e a Escala de Atitudes Policiais (EAP), de Gracia, García & Lila (2008). A primeira escala permitiu avaliar as crenças dos/as militares da GNR quanto aos fatores legitimadores da violência contra a mulher e a segunda escala possibilitou aferir a atitude dos/as militares da GNR face a determinadas situações de intervenção ou não intervenção, bem como, saber qual o grau de responsabilidade pessoal por essa decisão e o grau de gravidade percebida perante as situações apresentadas. Em termos gerais, pode-se concluir que os/as militares da GNR, na sua maioria, não expressam crenças legitimadoras de violência de género. Todavia, os resultados mostram-nos que existem ainda elementos desta força de segurança que manifestam uma visão estereotipada e simplista do fenómeno, nomeadamente pela externalização da culpa, o que pode levar a inadequada atuação perante ocorrências.