Browsing by Author "Vieira, Cristina Coimbra"
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- Diagnóstico social: reflexões teóricas e desafios empíricos. redes, género e desenvolvimento socialPublication . Fialho, Joaquim; Vieira, Cristina Pereira; Moreira, J. António; Vieira, Cristina CoimbraA presente publicação reúne um conjunto de textos apresentados no IV Encontro do Programa Circulação de Saberes: uma iniciativa organizada em conjunto pela Delegação Regional do Porto, da Universidade Aberta e pela Universidade de Coimbra: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX – nesta edição juntaram-se ainda outras instituições parceiras, nomeadamente: o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais/Pólo da Universidade de Évora e o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género/ISCSP. O espaço Circulação de Saberes, que está a ser implementado desde novembro de 2015, tem como objetivo principal criar espaços de debate e produção de conhecimento sobre diferentes áreas temáticas das Ciências Sociais e Humanas, nos seus múltiplos aspectos e em contextos variados. Neste cenário, tem sido possível proporcionar momentos de debate e de conhecimento, aproveitando as sinergias do pensamento combinado dos vários participantes, numa discussão aberta e interativa, com o propósito de aproximação entre Academia e o Saber Técnico, de diferentes agentes de instituições/setores que interagem diretamente com a sociedade em múltiplos contextos profissionais. A IV edição deste programa, que decorreu nos dias 02 e 03 de junho de 2016, nas cidades de Coimbra e do Porto, respetivamente, procurou discutir a problemática do Diagnóstico Social associado a reflexões teóricas e aos desafios empíricos no Género, Saúde, Envelhecimento e Desenvolvimento Social. Nomeadamente, o que se propôs foi a reflexão do conceito de Diagnóstico Social, a partir do seu uso como ferramenta de intervenção social, naturalmente contextualizada a partir da crescente complexidade dos problemas sociais, que colocam aos diferentes agentes um conjunto de desafios que importam compreender. Neste sentido, o uso desta ferramenta permite conhecer a realidade social, desocultando e interpretando a sua complexidade. Paralelamente, há que refletir sobre formas de realização do diagnóstico especialmente numa abordagem a partir de diferentes problemáticas, mas também há que pensar na realização do diagnóstico como um processo de apuradamente de medidas e de programas, no âmbito de políticas setoriais ou transversais, pensadas no sentido da promoção de direitos humanos e do desenvolvimento social. Trata-se, pois, de uma obra que pretende promover uma reflexão aprofundada nesta área, combinando sinergias de investigadores e profissionais que vêm desenvolvendo atividades neste domínio. O capítulo I, intitulado Diagnóstico Prospetivo: teoria, métodos e pistas de aplicação, da autoria de José Saragoça, Joaquim Fialho e Carlos Silva, abre este livro, discutindo a prospetiva enquanto abordagem dos future studies e as potencialidades da sua aplicação no diagnóstico social enquanto base de intervenções orientadas para o desenvolvimento estratégico e amplamente participado das organizações e dos territórios que pretendem intervir em busca de um futuro desejável. Cristina Pinto Albuquerque assina o segundo capítulo, A dimensão estratégica do diagnóstico como mecanismo de desenvolvimento social, assumindo o diagnóstico social, simultaneamente, como uma ferramenta e um processo que permite não apenas conhecer e caracterizar os vários contextos e os respetivos constituintes e conexões, mas também perspetivar e analisar os obstáculos ou constrangimentos que os mesmos podem comportar. Sob este prisma, e como a autora defende, a relevância estratégica do diagnóstico é a possibilidade de orientar, de forma implícita ou explícita, a ação e as decisões que enquadra ou permite justificar, bem como de comportar alternativas e recomendações e de poder conduzir a novos estudos e aprofundamentos. Por sua vez, no terceiro capítulo, Descodificando interações sociais. A análise de redes sociais aplicada ao diagnóstico social, os investigadores Joaquim Fialho, José Saragoça e Carlos Alberto da Silva procuram demonstrar as potencialidades da análise de redes sociais enquanto metodologia passível de utilização na elaboração de diagnósticos sociais. Cristina Pereira Vieira, também organizadora desta obra, no quarto capítulo, “Diagnosticar o Género”: Desenvolvimento social a partir de princípios de igualdade e não-discriminação em função do sexo e da orientação sexual, aborda o uso do diagnóstico social nas questões da igualdade de género e da não-discriminação em função do sexo e da orientação sexual, analisando as implicações diretas na promoção do desenvolvimento da sociedade. Finalmente, no quinto capítulo, Diagnóstico de Género na promoção de Direitos Humanos, Dália Costa, debruça-se sobre a questão da realização de um diagnóstico de género para a promoção de Direitos Humanos, que implica, necessariamente, partir dos princípios universais definidos no principal instrumento de consagração de direitos humanos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, designadamente dignidade, integralidade, igualdade e não discriminação. Do conjunto destes contributos resulta, pois, um menu de possibilidades que se pretende sejam ilustrativas da importância do diagnóstico social enquanto elemento desconstrutor da complexidade da realidade social. J. António Moreira Cristina Coimbra Vieira Cristina Pereira Vieira
- Género, educação e cidadania: que "agenda" para a investigação científica e para o ensino e a formação?Publication . Alvarez, Teresa; Vieira, Cristina Coimbra; Ostrouch-Kamińska, Joanna
- O papel da educação no caminho que falta percorrer em Portugal na desconstrução dos estereótipos de género: breves reflexõesPublication . Alvarez, Teresa; Vieira, Cristina CoimbraApesar das evidentes mudanças na sociedade portuguesa nos últimos quarenta anos, após a queda do regime ditatorial, o eixo estruturante das relações entre homens e mulheres continua eivado de um certo desequilíbrio, muitas vezes menosprezado tanto pelas entidades políticas como pela sociedade civil. E tal acontece, quer em virtude da crença generalizada de que está tudo conseguido na construção de uma nação com tolerância zero às leis e atitudes sexistas do passado, quer devido ao poder silencioso das estereotipias de género, que continuam a constituir obstáculos reais ao exercício da cidadania pelas pessoas de ambos os sexos, ao longo da vida. Neste artigo pretende-se refletir brevemente sobre o papel da educação na promoção de uma cidadania sem visões de género estereotipadas, em rapazes/homens e em raparigas/mulheres, chamando para o debate diferentes agentes de socialização e percorrendo contextos formais e não formais de aprendizagem.
- Para quê usar as "lentes de género" na escolaridade obrigatória em Portugal?: reflexões de docentes participantes em ações de formação acreditadasPublication . Vieira, Cristina Coimbra; Alvarez, TeresaOs curricula da escolaridade obrigatória em Portugal não têm um tempo de lecionação obrigatório em todos os ciclos para fomentar com crianças e adolescentes a discussão de temas incontornáveis de cidadania, como as questões de género e outras formas instaladas de desigualdade de poder, que conduzem a assimetrias sociais, embora o eixo estruturante da promoção da igualdade entre mulheres e homens através da educação formal seja um princípio integrante das atuais políticas públicas. Da nossa experiência como coautoras dos Guiões de Educação Género e Cidadania, da responsabilidade da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), e facilitadoras de ações de formação acreditadas de docentes, é nossa intenção nesta comunicação refletir, com base nas respostas de mais de 200 docentes, de ambos os sexos, que frequentaram ações de formação contínua, entre 2013 e 2016, sobre o impacto percebido por formandas e formandos nas suas práticas, quer enquanto docentes, quer como cidadãos ou cidadãs.
- Questões de género e cidadania: reflexões breves sobre o poder emancipatório da educaçãoPublication . Vieira, Cristina Coimbra; Alvarez, Teresa; Ferro, Maria JorgeNeste capítulo pretende -se discutir o papel da educação, considerada em sentido lato, na promoção da consciência crítica de quem aprende, mas também de quem ensina, seja qual for o contexto em análise, a respeito das aprendizagens de género, na sua maioria assentes em estereótipos que restringem a auto-determinação de cada pessoa nas suas escolhas e trajetos de vida. A reflexão apresentada resulta de experiências de formação contínua de docentes sobre as temáticas de género, educação e cidadania, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Portugal, durante um período de dois anos, tendo envolvido sete cursos e cerca de 100 participantes.