Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS
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Browsing Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS by advisor "Jesuíno, Correia"
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- O erro na administração de medicação: causas e factores contributivos e atitudes dos enfermeirosPublication . Lobo, Ana Catarina Machado; Jesuíno, CorreiaEste estudo de investigação surge de uma preocupação da investigadora, enfermeira na prestação de cuidados, que advém da sua experiência profissional em serviços de internamento de adultos e idosos, tendo presenciado o acontecimento de erros de administração de medicação. A temática da segurança do doente é enfatizada neste trabalho, realizado no Serviço de Medicina III do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa. Procurou-se recolher a opinião dos enfermeiros e dos enfermeiros gestores sobre as causas e factores que contribuem para o erro, os tipos de erro mais frequentes, as implicações que dele advêm, para o enfermeiro e para o utente e quais as atitudes tomadas pelos enfermeiros e pelas chefias, que representam a organização, quando dele tomam conhecimento. O estudo enquadrou-se numa metodologia qualitativa, sendo do tipo exploratório e descritivo. Recorreu-se à entrevista livre semi-estruturada aplicada a 6 enfermeiros prestadores de cuidados e a 3 enfermeiros com cargos de gestão. Os enfermeiros na prestação de cuidados consideram os factores ambientais preponderantes para o acontecimento do erro em relação aos factores pessoais. No processo de administração da terapêutica, os erros nas diluições dos fármacos são o factor dominante para ocorrerem erros, associado aos enganos da dose administrada, enquanto que o incumprimento do horário da toma é a violação de regras mais vezes visada. A prescrição electrónica, levou à redução dos erros de transcrição e o método individual de trabalho assume extrema importância na melhoria da segurança do doente internado. Os profissionais mais experientes preferem ocultar os erros por receio que a revelação do erro possa comprometer a sua idoneidade profissional. A conduta da chefia é considerada positiva na abordagem ao enfermeiro que cometeu o erro, procurando compreender aquilo que o motivou. Os enfermeiros gestores consideram que a gravidade dos erros deve ser enquadrada nas consequências para o doente, que são mais gravosas do que para o enfermeiro. Estes encaram a compreensão do erro e do indivíduo como medida mais importante após o seu acontecimento ao invés da penalização. Daqui pode-se extrair uma tentativa real de compreensão do erro embora a punição seja igualmente considerada
- Estudo exploratório sobre as atitudes dos profissionais de saúde face à eficácia da fisioterapia e dos fisioterapeutas e sua relação com a auto eficácia percebida pelos fisioterapeutas: contributo para o estudo das representações sociais da fisioterapia e dos fisioterapeutasPublication . Rebelo, Pedro Jorge Lapa; Jesuíno, Correia
- O factor comunicação em provas de espirometriaPublication . Vinha, Maria do Céu Barradas Poeiras; Jesuíno, CorreiaO presente estudo procura analisar a comunicação que se estabelece entre os Técnicos de Saúde – Cardiopneumologistas e os doentes, na prática de exames complementares de diagnóstico e terapêutica da área da Pneumologia – Provas de Função Respiratória (PFR) – Espirometrias. Este estudo desenvolve-se na área da comunicação em saúde, centrando-se na importância dos factores comunicacionais na relação entre o doente e os prestadores de cuidados, na satisfação percebida pelo doente, enquanto indicadores da qualidade dos serviços. Insere-se no âmbito do Estudo Funcional Respiratório (EFR) e circunscreveu-se apenas à técnica da Espirometria, que sendo uma das técnicas mais utilizadas, é também muito influenciada pelo desempenho do doente e do CPL. O estudo teve lugar no laboratório de função respiratória do Hospital Garcia de Orta onde a autora desempenha a sua actividade profissional. Partindo de uma contextualização teórica em que se analisa o processo de comunicação e toda a sua envolvente. Foi dado especial relevo ás relações interpessoais, ás diferentes formas de comunicação, ás atitudes e crenças, ás emoções e à tecnologia de diagnóstico nomeadamente à correspondente à Cardiopneumologia (CPL). O modo de comunicar e de agir de um indivíduo com outro promove o êxito ou o fracasso da relação interpessoal. Durante a interacção humana, gestos e voz são simultaneamente utilizados para expressar não só informação verbal, mas também aspectos comunicativos importantes que enriquecem, complementam e clarificam a conversação. De entre estes aspectos comunicativos não linguísticos encontra-se o estado emocional do falante, que se manifesta através da modulação de diferentes canais de comunicação, incluindo a expressão facial e a entoação. Foram estudados doze doentes durante a realização de Espirometrias, através de um estudo exploratório. Os objectivos do estudo foram: - Verificar se o acolhimento, a integração e a explicação dada ao doente no laboratório de função respiratória, influenciam os resultados, - Verificar se durante a realização da Espirometria, sendo a comunicação/explicação, transmitida pelo CPL considerada uma parte importante deste, influencia o desempenho e a satisfação do doente e por sua vez, a fidedignidade dos resultados, - Verificar se para além da comunicação, existem outros factores que influenciam no desempenho e na satisfação do doente, sendo assim necessário alterar a forma de comunicar com os doentes para promover uma melhor colaboração nestes exames, - Verificar se o tipo de acolhimento dado aos doentes pode ser influenciado pelo número de exames diários realizados no laboratório. Foi utilizada uma metodologia qualitativa e os resultados obtidos confirmaram maioritariamente as expectativas
- Gestão de conflitos e desgaste profissional no bloco operatório : o caso dos enfermeirosPublication . Vargas, Maria do Carmo Fialho; Jesuíno, CorreiaEste trabalho de Investigação surgiu no âmbito da Dissertação de Mestrado em Comunicação em Saúde, da Universidade Aberta. O ponto de partida para esta investigação consistiu em conhecer qual a estratégia de gestão de conflitos que a equipa de enfermeiros do Bloco Operatório do Hospital Garcia de Orta, E.P.E. mais utiliza e, se estas estão associadas aos níveis de Desgaste Profissional – Burnout. Baseando-nos em vários autores que defendem que as profissões de ajuda, onde se inserem os profissionais de saúde, são altamente susceptíveis ao desgaste profissional, o denominado Burnout, surgiram os seguintes objectivos de investigação: Identificar as estratégias de gestão de conflitos utilizadas pela equipa Identificar as dimensões do Burnout Partindo da definição de Burnout como a resposta prolongada no tempo a stressores interpessoais crónicos no local de trabalho e, sendo o Bloco Operatório um local extremamente despersonalizante, que submete os seus trabalhadores a um stress contínuo, quer pelos aspectos físicos propriamente ditos, quer pelas situações críticas que aí sucedem, colocamos a seguinte questão de partida para este estudo: “ Será que os estilos de gestão de conflitos utilizados pelos enfermeiros do Bloco Operatório do HGO, EPE estão associados aos seus níveis de desgaste profissional?” Metodologicamente trata-se de um estudo do tipo descritivo, de carácter exploratório e transversal, uma vez que partimos da formulação de Hipóteses explicativas de uma realidade concreta que pretendemos testar e, recorremos ao questionário como instrumento de colheita de dados. O questionário é um método de colheita de dados que recorre às respostas escritas a um conjunto de questões, por parte dos sujeitos. Trata-se dum instrumento de medida que traduz os objectivos de um estudo com variáveis mensuráveis. A opção pelos inquéritos como instrumento de colheita de dados, revela a nossa escolha pelo paradigma quantitativo. Este tipo de investigação mostra-se geralmente apropriado quando existe a possibilidade de recolha de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras de uma dada população. A população deste estudo são os enfermeiros que prestam cuidados num Bloco Operatório de um Hospital da Grande Lisboa, sendo a nossa amostra constituída por 40 enfermeiros. Os indivíduos da amostra serão seleccionados de forma aleatória, serão submetidos a um processo de amostragem não probabilística, mais concretamente optámos por utilizar o método da amostragem intencional ou de conveniência, a qual consiste em recorrer aos sujeitos que estão acessíveis num dado momento e em determinado local. Cada um dos indivíduos da amostra respondeu a três questionários: um de caracterização sócio-demográfico, o MBI ( Maslach Inventory Burnout) e um de Estratégias para Gestão de Conflitos. O inventário de Burnout de Maslach (MBI) resulta da tradução e adaptação do Maslach Burnout Inventory (Maslach & Jackson, 1986) para a língua portuguesa por Cruz e Melo em 1996 e que permite avaliar o stress e Burnout nos profissinais de ajuda em Portugal. Este questionário resultou de vários estudos efectuados com indivíduos cujas profissões implicassem o contacto directo com outras pessoas, com o intuito de perceber os efeitos do Burnout nos profissionais de ajuda. Para avaliar o estilo de gestão de conflitos foi utilizado o questionário de “Estratégias para Gestão de Conflitos ” referenciado por Jesuino (2003) adaptado de Thomas (1976). As estratégias distribuem-se pelos cinco estilos: Imposição, Compromisso, Integração, Acomodação e Evitamento. Numa fase posterior, os dados foram sujeitos a análise estatística, através de modelos matemáticos, no sentido de testar as hipóteses levantadas, com recurso ao SPSS (Statistical Package for the Social Sciences).Os princípios da beneficência e anonimato foram integralmente respeitados na investigação, nomeadamente durante o processo de recolha de dados. Após análise e tratamento dos dados obtidos foram várias as conclusões emergentes neste estudo: - Os enfermeiros inquiridos apresentam níveis baixos de exaustão emocional e de despersonalização e, um nível médio de realização pessoal. Desta forma, podemos afirmar que, de um modo geral, os Enfermeiros participantes no estudo manifestam um baixo nível de Burnout. - Relativamente à estratégia de gestão de conflitos primária a que os enfermeiros da amostra mais recorrem verificamos que é o Compromisso sendo a secundária a Acomodação. - Da correlação efectuada entre as várias variáveis: Estilos de gestão de conflitos, Burnout e variáveis sócio-demográficas, os resultados em termos estatísticos não demonstraram diferenças significativas, pelo que não nos foi permitido aceitar as hipóteses por nós levantadas; com excepção para a relação existente entre o tipo de vínculo ao quadro e a escolha da estratégia de gestão de conflitos. Nesta hipótese confirmámos que os enfermeiros que pertencem ao quadro da instituição utilizam mais o estilo de imposição para resolver os seus conflitos. Se os enfermeiros não mobilizarem adequadamente os recursos que têm ao seu dispor na gestão de conflitos, poderá ocorrer um maior índice de Desgaste. O trabalho em equipa pluridisciplinar como o desenvolvido pelos enfermeiros no Bloco Operatório em que o stress é presença assídua e, a escolha de um estilo de gestão de conflitos desajustado à situação pode deteriorar as relações interpessoais e diminuir a realização profissional conduzindo a situações de exaustão e despersonalização. Neste sentido, é essencial a criação de recursos de suporte que apoiem estes profissionais. A formação dos vários técnicos de saúde nestas temáticas traria um grande contributo para o bem-estar da equipa e dos seus utentes.
- A relação enfermeiro/médico: contribuição para a gestão de conflitosPublication . Nero, Ana Cristina Gomes Lopes Pereira; Jesuíno, CorreiaProcurar ter a percepção de como os enfermeiros e os médicos se vêem entre si e compreender o tipo de comunicação na relação existente entre ambos, tendo em vista uma comunicação/actuação adequada por parte dos dois profissionais de saúde no seu dia-a-dia, constituiu o grande objectivo deste estudo. Com base em entrevistas e questionários efectuados a enfermeiros e médicos da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, foram identificadas as seguintes categorias: ser enfermeiro, ser médico, comunicação interprofissional e relação interprofissional. Os resultados obtidos revelam uma evolução na relação profissional, baseada numa comunicação mais eficaz, existindo campo e lugar a um aperfeiçoamento no sentido de cada um encontrar o seu lugar nesta relação de trabalho em equipa com um objectivo comum: o utente. Não se pretende que deste estudo sejam retiradas fórmulas ou dados estatísticos precisos, mas sim que sirva de reflexão para enfermeiros e médicos e que sejam levantadas questões e dadas sugestões que possam constituir um contributo para a relação entre enfermeiros e médicos e consequentemente para uma melhoria na qualidade dos cuidados prestados aos utentes
- Stress e burnout na equipa multidisciplinar cirúrgicaPublication . Rodrigues, Maria do Céu Assis; Jesuíno, CorreiaResumo - Este trabalho de Investigação surgiu no âmbito da Dissertação de Mestrado em Comunicação em Saúde, da Universidade Aberta. O ponto de partida para esta investigação consistiu em Conhecer quais são os Factores Indutores de Stresse para a Equipa Multidisciplinar Cirúrgica, no Bloco Operatório do Hospital Pulido Valente E.P.E.. De acordo com vários autores que defendem que as profissões de ajuda, onde se inserem os profissionais de saúde, são altamente susceptíveis à síndrome de exaustão, o denominado Burnout, surgiram os seguintes objectivos de investigação: Identificar os factores indutores de stresse para a equipa multidisciplinar; Identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pela equipa; Sabendo que o Bloco Operatório é um local altamente despersonalizante, que confere aos seus utilizadores diários stresse continuado, não só pela envolvente física, como pelas situações críticas que aí acontecem, foi interessante saber como os profissionais as enfrentam na sua actividade. Assim a questão de partida para este estudo é a seguinte: Quais são os factores indutores de stresse e estratégias de (coping) enfrentamento utilizadas pela equipa multidisciplinar, no bloco operatório do Hospital Pulido Valente E.P.E.? Metodologicamente trata-se de um estudo misto, quantitativo e qualitativo, descritivo e exploratório. A técnica de amostragem foi a não probabilística e intencional ou de conveniência, onde numa primeira parte todos os profissionais utilizadores do bloco operatório responderam ao questionário MBI. Numa segunda parte foram realizadas trinta (30) entrevistas não estruturadas, aos utilizadores dos diferentes grupos profissionais onde se questionava a importância do Bem-estar, a Identificação dos Factores Indutores de Stresse e as Estratégias de Enfrentamento utilizadas. Numa terceira fase, aos mesmos entrevistados, foi pedido que relembrassem uma situação crítica e/ou stressante, que tivessem vivido, onde descrevessem quais os factores de stresse existentes e quais as estratégias de enfrentamento utilizadas. Para o tratamento estatístico de dados do teste psicométrico MBI foi utilizado o SPSS 14. Na análise das entrevistas foi utilizado o processo de categorização e análise de conteúdo. Finalmente para a análise dos incidentes críticos foi feita análise de conteúdo e tratamento estatístico com o programa Excel 2003. Os princípios da beneficência e anonimato foram integralmente respeitados na investigação, nomeadamente durante o processo de recolha de dados. Após análise e tratamento dos dados obtidos foram várias as conclusões emergentes neste estudo. Observa-se na análise de dados obtidos a partir da escala MBI que a realização profissional surge com o seu maior valor 33 para os grupos de ambos os sexos da faixa etária dos 18–29. Nesta faixa etária 38% da amostra, onde 24% pertence ao sexo feminino e 14% ao sexo masculino, é mantida a tendência masculina para a despersonalização com um valor médio de 6.6. Verificam-se ainda altos valores de exaustão no grupo de internos de especialidade, com inversão de tendência no género feminino para a despersonalização. Na análise das entrevistas observa-se uma abordagem da importância de bem-estar pela negativa, ou seja, pela sua ausência no dia a dia. Os factores indutores de stresse que sobressaíram dizem respeito às condições e características de trabalho e relações interpessoais. As subcategorias predominantes são a sobrecarga que afecta prioritariamente os enfermeiros e internos e os conflitos e contágio referidos por todos os profissionais. As estratégias de enfrentamento mais utilizadas são o autocontrole como estratégia individual e cooperação e suporte social como estratégias colectivas. Quanto aos incidentes críticos pode observar-se que a sobrecarga, as relações interdisciplinares e os recursos são os factores indutores de stresse a que os profissionais se mostram mais sensíveis. O autocontrole continua a ser a estratégia individual mais utilizada e nas colectivas surge a clarificação, a desvalorização e por fim a cooperação. Em suma, pode aferir-se, que os profissionais estão despertos para a temática embora por vezes não mobilizem adequadamente os recursos que tem ao dispor para enfrentar o stresse profissional, contribuindo para um maior indice de exaustão. O trabalho interdisciplinar como o desenvolvido pelos técnicos de saúde em bloco operatório onde o contágio de stresse prolifera e a estratégia colectiva de evitamento tende a dominar pode ser gerador de stresse colectivo, deteriorando as relações interpessoais e diminuindo a realização profissional conduzindo a situações de exaustão e despersonalização. Neste sentido urge criar recursos de suporte/apoio social que apoiem a equipa interdisciplinar, para este sector profissional. O reconhecimento social das fragilidades dos profissionais de saúde é importante para a formação de novos elementos mais vocacionada para a realidade existente nos serviços de saúde, a capacitação dos vários grupos de tecnicos de saúde em temáticas como a gestão de stresse e conflitos e ainda contribuir para a adequação ambiental dos serviços de saúde à actividade profissional aí desenvolvida