Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS
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Browsing Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS by advisor "Carmo, Hermano"
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- Diante da morte: representações sociais da morte em enfermeirosPublication . Teixeira, Pedro Fialho; Carmo, HermanoAs atitudes perante a morte têm-se modificado ao longo dos tempos, acompanhando o desenvolvimento da cultura social, da religião, da ciência e da tecnologia. No séc. XX a morte deixou de ser um acontecimento social, público e comunitário, deixou de se morrer em casa, junto dos familiares e amigos, e passa-se a morrer no hospital, o que traduz uma verdadeira “hospitalização da morte". Consequentemente, um maior envolvimento dos profissionais de enfermagem com esta problemática. Assim, realizamos um estudo de opinião com desenho descritivo, de carácter essencialmente exploratório, com o objectivo de conhecer a forma como os enfermeiros percepcionam e representam a morte, procurando apreender as dimensões que estruturam as representações da morte, em enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários (CSP) e de Cuidados de Saúde Diferenciados (CSD), considerando que as representações são estruturadas a partir de ideias ou pensamentos, emoções ou sentimentos e imagens ou símbolos, que estes sujeitos associam à morte. A amostra em estudo é constituída por 106 enfermeiros de CSP (53) e de CSD (53). A selecção dos sujeitos que integram a amostra foi obtida recorrendo a métodos de amostragem não probabilística intencional e de conveniência, procurando obter resposta para as seguintes questões de investigação: Que representações sociais têm os enfermeiros sobre a morte? e Quais os factores condicionantes das representações sociais da morte em enfermeiros? Utilizamos como instrumentos de colheita de dados o inquérito por questionário e a Escala de Dimensões Significativas da Morte de Abílio Oliveira (1995). Os dados colhidos foram tratados informaticamente recorrendo ao programa de tratamento estatístico SPSS, versão11.5. Os resultados obtidos permitiram verificar que na amostra em estudo: - As representações da morte são estruturadas pelas dimensões significativas, a “Consciência da morte", “ Inevitabilidade da morte", “A morte do outro", “Sentimentos de mal estar", Vida além da morte", “Crenças/Religiosidade" e “Sagrado/Religiosidade" - O género, a religião, a área de actuação do enfermeiro, a vivência recente de morte de alguém próximo (familiar ou amigo) e a experiência pessoal próxima da morte são factores condicionantes que influem na forma como os enfermeiros percepcionam e estruturam as representações da morte
- A família do idoso: o parceiro esquecido?: cuidar do idoso hospitalizado em parceria com a família, perspectivas dos enfermeirosPublication . Dinis, Rogério Paulo Antunes Borges; Carmo, HermanoA família representa uma importante fonte de suporte à pessoa idosa doente hospitalizada. As repercussões da doença não afectam só o doente, estendendo-se também aos familiares – também frequentemente idosos – podendo provocar uma situação de desorganização e de stress familiar. Cuidar em parceria pode permitir utilizar recursos da família, apoiando-a concomitantemente. Quer entendida como metodologia, relação ou conjunto de princípios, a parceria, tem vindo a ganhar relevo no âmbito da bibliografia e discurso dos enfermeiros. Este estudo, realizado num serviço de medicina de um hospital central de Lisboa, procurou conhecer as características da experiência de cuidar em parceria com os familiares de idosos internados, perspectiva de dez enfermeiros. As principais temáticas do enquadramento teórico e que suportam o estudo empírico são: Enfermagem; Envelhecimento; Família; Hospital e Parceria. Optámos pela realização de um estudo exploratório e descritivo, utilizando uma metodologia do tipo qualitativo, recorrendo à entrevista semi-estruturada como técnica de pesquisa. Foi utilizado o método de análise preconizado por Jean Watson. Procurámos conhecer a concepção de parceria, no âmbito da prestação de cuidados com a família, quais os factores que a condicionam, compreender como vivenciam os enfermeiros esta experiência e conhecer as suas repercussões. Relativamente aos factores que a condicionam emergiram, dos dados recolhidos, seis dimensões: Relação Interpessoal; Cooperação; Identidade; Ética; Projecto de Cuidados, e Contexto Organizacional. Cada uma destas tem um papel fundamental na estruturação desta parceria. O conceito de parceria para os enfermeiros participantes neste estudo tem atributos essenciais que se constituem como seus princípios básicos; estes podem definir a parceria isoladamente ou em complementaridade. Apesar da integração da parceria nas práticas de cuidados, a conceptualização da mesma é ainda incipiente. Quando envolvidos em experiências de cuidar em parceria, os enfermeiros tendem por um lado, a sentir medos e preocupações e, por outro, sentimentos de satisfação. Para cada um dos domínios que são suporte da parceria encontram-se repercussões positivas quando estão asseguradas as condições essenciais ao seu estabelecimento. A experiência de cuidar em parceria compreende uma acção comum, em complementaridade integrada, com um compromisso mútuo e de sentido consensual, entre o doente idoso internado, os seus familiares e o enfermeiro – o pivot de uma equipa de cuidados
- A satisfação profissional dos higienistas orais no exercício da profissãoPublication . Santos, Inês Duarte Silva Oliveira Pinto de Oliveira; Carmo, HermanoResumo - A profissão de Higienistas Orais (HO) nasceu no princípio do século XX nos Estados Unidos e depressa se estendeu à Europa. Em Portugal o curso teve início há 20 anos e praticamente nada foi publicado sobre ele. O objectivo primário dos HO é a prevenção de doenças que afectam a saúde oral e a promoção de estratégias que visam melhorar a saúde oral, estando por isso intrinsecamente ligados à área da comunicação em saúde. A satisfação destes profissionais com o trabalho e o reconhecimento dos factores que poderão contribuir para essa satisfação poderá ajudar a analisar a situação actual em que os HO vivem em Portugal e compará-los com as realidades vividas nos outros países. A sua auto-crítica em relação à formação académica recebida poderá igualmente auxiliar na redefinição dos planos curriculares que estão actualmente em alteração devido à integração deste curso numa licenciatura. De modo a avaliar estes aspectos foi conduzido um inquérito por questionário que visava abranger os 298 HO formados na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Foi enviado um questionário via email a 231 HO com uma taxa de resposta de 72,7%, correspondendo a 55,7% da totalidade da população. 80,7% dos respondentes eram do sexo feminino, apenas 13,3% tinham mais de 40 anos e 54,2% não tinham equivalência ao grau de bacharel. 63,1 % dos HO desempenhava funções em mais do que um local, 90,7%% desempenhava pelos menos alguma actividade clínica e 76% tinha um horário a full-time. A formação académica foi avaliada muito positivamente especialmente nas áreas de clínica e de comunidade. 94% da amostra considerou-se satisfeita a muito satisfeita com o trabalho, especialmente os profissionais com mais de 40 anos, os que tinham filhos e os que se formaram nos cursos até 93. Dos aspectos mais significativos para a satisfação realça-se a relação com os pacientes, uma supervisão adequada, a diversidade de actividades, o reconhecimento da profissão por outras pessoas e pelo próprio, a possibilidade de realizar um trabalho de boa qualidade, autoridade e responsabilidade suficientes e tempo para discutir trabalho com outros colegas. Consideraram pouco satisfatória a remuneração. Comparativamente com os outros países verifica-se um número superior de profissionais do sexo masculino e um maior número de actividades na área da comunidade. A satisfação geral é ligeiramente superior e os respondentes estavam, de um modo geral, mais satisfeitos com a diversidade de tarefas, não referiam problemas de pressão do tempo e não apresentavam queixas físicas resultantes do trabalho. Apesar das limitações metodológicas deste trabalho pode-se traçar um perfil, ainda que incompleto, da profissão em Portugal e compará-lo com os outros países. Com os novos desafios que agora se impõe na área da saúde, as novas tecnologias, a mobilização dos profissionais no espaço europeu e as alterações curriculares que se introduziram no curso seria interessante conduzir novos estudos sobre esta temática para se poder ir acompanhando as mudanças e as percepções destes profissionais
- Saúde oral na deficiência : avaliação de implementação de programas comunitáriosPublication . Bizarra, Maria de Fátima Paraneta; Carmo, HermanoPartindo de uma contextualização sobre a integração das pessoas com deficiência na sociedade e nas teorias sobre a avaliação de programas de saúde oral, este estudo pretendeu avaliar as intervenções de promoção de saúde oral nas instituições com pessoas com deficiências mentais e motores realizadas por alunos do curso de Higiene Oral da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa. Procurou-se identificar as expectativas, as motivações, e os obstáculos na perspectiva dos técnicos, dos utentes e dos pais, com o objectivo de melhorar a comunicação e as actividades nos próximos programas bem como avaliar a periodicidade mais favorável das intervenções. A abordagem metodológica escolhida foi a de um estudo qualitativo e exploratório, a partir de entrevistas semi-estruturadas a vinte e dois utentes e a um grupo de oito técnicos de instituições para deficiente, e um estudo quantitativo, realizado através de questionários efectuados a 182 famílias. As entrevistas foram sujeitas a análise de conteúdo o que permitiu analisar os dados em temas principais. Quanto à análise dos questionários, para além da caracterização dos inquiridos os dados foram analisados em forma descritiva, analisaram-se as intervenções do Higienista Oral na óptica das famílias. Os resultados obtidos permitem afirmar que técnicos, pessoas com deficiência e respectivas famílias avaliam os programas de saúde oral na sua globalidade positivamente, apesar de se fazerem sentir alguns constrangimentos e barreiras. Com este estudo procurou-se, fundamentalmente, reunir informação e dados que permitam, no futuro, implementar com maior eficácia as futuras intervenções de promoção de saúde oral na deficiência nas instituições frequentadas por pessoas com deficiência