Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas | Master's Degree in Portuguese Literature and Culture - TMLCP
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Browsing Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas | Master's Degree in Portuguese Literature and Culture - TMLCP by advisor "Vasconcelos, Ana Isabel"
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- A luz que ilumina O Lodo : representações existencialistasPublication . Ribeiro, Luísa Maria da Silva; Vasconcelos, Ana IsabelA presente pesquisa incide sobre a análise da peça O Lodo, de Alfredo Cortez, representada pela primeira vez a 2 de julho de 1923, e sobre as tendências estéticas que nela estão presentes. Da produção dramática deste autor foi escolhido este texto pelo seu caráter vanguardista e pela polémica que o mesmo desencadeou aquando da sua subida à cena, pela mão do autor. Numa primeira fase, faz-se a contextualização política, social e cultural da obra, com particular atenção ao ano de 1923, e o enquadramento teórico, em torno das estéticas naturalista e existencialista e das principais vozes que as sustentam. Relativamente ao naturalismo em Portugal, destaca-se Júlio Lourenço Pinto, enquanto que para o existencialismo sobressaem Kierkegaard, Heidegger e Sartre. Neste âmbito, recuperam-se as características que distinguem os dois pensamentos, dando conta da evolução estética verificada em Portugal entre o fim do século XIX e a segunda década do século XX, no que ao teatro diz respeito. Numa segunda parte, é feita a análise da peça que constitui o corpus desta investigação, de forma a comprovar a presença de representações de teor existencialista, embora este movimento só tivesse a sua materialização alguns anos mais tarde. Para levar a bom termo este estudo, analisa-se a reação que o texto teve aquando da sua primeira representação, com base em documentos encontrados nos periódicos coevos. Finalmente, são apontadas as conclusões desta investigação, no que diz respeito à prevalência do postulado existencialista na peça O Lodo, assim como ao posicionamento do seu autor no panorama literário e dramatúrgico português.
- Zilda : a arte dramática de Alfredo CortezPublication . Borges, Maria Manuela; Vasconcelos, Ana IsabelEsta dissertação tem como objeto de estudo Zilda, a peça de estreia de Alfredo Cortez. Nela se faz a análise da obra enquanto texto dramático e teatral, por um lado, e, por outro, a sua inserção nas principais tendências do teatro em Portugal no início dos anos vinte do século passado, retratadas a partir de visões críticas suscitadas em publicações periódicas da época. Zilda, que subiu à cena em 1921, é, de algum modo, representativa do esforço de renovação do teatro português. A inquietação política e social vivida no início do século XX e a nova conceção do mundo originam um momento de crise que o drama começaria a enfrentar, levando-o a refletir sobre os novos temas que preocupam o homem. Se, formalmente, a peça ainda se revela presa aos pressupostos da estética naturalista, apresenta-se inovadora em termos da temática explorada. Para além da abordagem de diferentes áreas que consideramos relevantes, como o cenário, as personagens, as suas relações com os outros, a interação com os espaços e com o tempo, procuramos analisar o reflexo da obra no panorama teatral português. Apontamos, por fim, o sentido da obra no seu tempo, bem como o humanismo que perpassa todo o texto.