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O mercador de palavras ou a rescrita do mundo. Literatura e pensamento económico na Idade Média

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Numa altura em que tende a acentuar-se o aparente divórcio epistemológico entre paradigma mercantil e imaginário literário e artístico, este ensaio volta a mergulhar-nos numa época em plena efervescência (os séculos XII e XIII) onde pensamento económico e criação poética participam de uma mesma visão semiológica e simbólica do mundo; uma visão plural, complexa e, não raras vezes, paradoxal que nos permite questionar e apreender aspetos cruciais da nossa própria identidade cultural. «A ousadia do autor manifesta-se desde logo por se ter aventurado num campo riquíssimo e intensamente perscrutado desde há mais de duzentos anos pelos mais categorizados especialistas da literatura medieval europeia […]. Move-se neste amplo e complexo conjunto de predecessores com perfeito à vontade e notório prazer. Consegue comunicar ao leitor o seu próprio encanto por uma escrita saborosa, pitoresca, inventiva, cheia de frescura e, quase sempre, bem mais complexa do que parece à primeira vista […]. Na reconstituição do sentido e na contextualização do meio social em que essa figura [do mercador] aparece e ganha identidade, têm lugar os mais variados apoios da interpretação proposta: a história de conceitos formulados já desde a patrística, mas reformulados por teólogos, moralistas, comentadores, pregadores e mestres espirituais dos séculos XII e XIII; a transformação das condições sociais e económicas da sociedade do centro europeu […]; a construção das teorias sobre as relações entre o poder espiritual e o poder temporal e sobre a função monárquica; as variadíssimas interpretações e adaptações da ideologia das "três ordens"; o papel e a simbólica do dom, da troca, do dinheiro, da compra; a doutrina sobre os vícios e as virtudes; as representações do poder, da avareza e da generosidade; a simbólica da cidade e da floresta, do castelo, da torre e da catedral; enfim, uma imensa multidão de temas, conceitos, discursos, pressupostos e representações que, no seu conjunto, não deixam praticamente nenhum aspecto da vida medieval por examinar, tal como ela é representada em toda a espécie de textos da época» (José Mattoso, do prefácio).

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Literatura francesa medieval Imaginário oblativo Cultura Poesia Imaginário mercantil Civilização medieval Retórica mercantil

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