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Advisor(s)
Abstract(s)
A emergência e desenvolvimento de sofisticadas redes de informação e comunicações electrónicas nas últimas décadas possibilitaram o desenho e a implementação de novas práticas pedagógicas que transformaram, e continuam a transformar, significativamente, o ensino e a aprendizagem de uma forma global.
O crescente potencial destas novas infra-estruturas tecnológicas em rede permitiu, nomeadamente no ensino aprendizagem a distância, a criação de contextos que proporcionam novas formas de interacção onde são possíveis a comunicação entre professor e estudante, estudante com estudante, e estudante
com professor. Ou seja, permitiu a criação de comunidades educativas virtuais onde professores e estudantes interagem a partir de qualquer lugar e em qualquer momento.
Apesar desta forma de ensino aprendizagem a distância mediada por computador ser muito promissora a diversos títulos, não deixa, porém, de levantar algumas interrogações quanto à sua capacidade e eficácia interactiva.
A interacção online é na sua grande maioria baseada na linguagem escrita, o que condiciona, ou até elimina, todos os indicadores de linguagem não verbal que facilitam a comunicação num contexto presencial. A impossibilidade de facilmente se percepcionar através do texto escrito a linguagem corporal, as variações na tonalidade da voz, as expressões faciais, e toda uma panóplia de outros indicadores visuais e sonoros potenciadores de interacção social e de comunicação, aumenta a dificuldade de interpretação do sentido do que se pretende comunicar, e pode até tornar ambíguas, ou mesmo incompreensíveis,
muitas das posições e condutas dos elementos de uma comunidade de ensino aprendizagem em contexto virtual.
Partindo da definição de Presença Social dada por Garrison, Anderson, e Archer (2000) “the ability of participants in a community of inquiry to project themselves socially and emotionally, as ‘real’ people (i.e., their full personality), through the medium of communication being used” (p. 94), recolhemos, observámos e analisámos, durante dois quadrimestres, o conteúdo de todas as mensagens escritas, produzidas por professores e alunos, de um curso de mestrado online, de uma universidade pública portuguesa, de forma a compreender as manifestações da presença social em três contextos diferentes – informal, formal, e híbrido.
Quisemos ver, de um modo geral, como se manifesta a presença social e de que forma a coesão, a compreensão, e a proficiência educativa da comunidade de ensino aprendizagem, objecto do presente estudo, pode fornecer pistas para que se melhore o desenho de cursos em ambientes online. Quisemos também saber, de uma forma particular, se a presença social está mais presente nos espaços de comunicação informal. Dos resultados que obtivemos podemos dizer que a presença social se manifesta em todos os conteúdos, variando no espaço e no tempo, e que a coesão do grupo demora tempo a revelar-se. Constatámos também que o café é, sem dúvida, o espaço privilegiado para a manifestação da presença
social, principalmente na forma de emoções e afectividade. Estamos convictos de que conseguimos desbravar determinados caminhos que podem vir a melhorar o desempenho de uma comunidade virtual de aprendizagem. Para todos os efeitos: tomar um café online é um comportamento desejável em comunidades de aprendizagem virtual.
Description
Keywords
Interação online Presença social Comunidade de inquirição Socialização online Cibercafé MPeL
Citation
Crato, Maria Raquel Tavares Pereira; Ramalho, Glória; Morgado, Lina - Vamos tomar um café online? [Em linha]: a expressão da presença social numa comunidade de ensino aprendizagem online. Lisboa: ISPA, 2008. 231 p. (Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional)
Publisher
Instituto Superior de Psicoloia Aplicada