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Os debates como estratégia de trabalho curricular participado dos estudantes no ensino superior: cumprindo o desígnio da coesão social e da inclusão
dc.contributor.author | Vale, Ana | |
dc.contributor.author | Mouraz, Ana | |
dc.date.accessioned | 2020-01-22T11:56:42Z | |
dc.date.available | 2020-01-22T11:56:42Z | |
dc.date.issued | 2019 | |
dc.description.abstract | A ideia da economia do conhecimento “knowledge economy” tem sido estruturante, desde o início do século, do trabalho desenvolvido no Ensino Superior, quer pela sua influência nos critérios de qualidade do ensino e aprendizagem disponibilizados, quer pela valorização e privilégio dado às finalidades económicas do ensino superior, presentes nos discursos dos responsáveis institucionais e dos governos (cf. por exemplo o argumentário da meta dos 40% de graduados com o HE dos cidadãos com menos de 35 anos). Um dos aspetos essenciais da economia do conhecimento está associado à volatilidade do mercado de trabalho, e à mutação constante da configuração dos empregos, que torna mais necessárias competências transversais e de auto regulação das aprendizagens. A pergunta que daí decorre é a de questionar se as Instituições de Ensino Superior estão a preparar todos os seus estudantes para esses cenários, cumprindo o desígnio da coesão social e da inclusão, necessário à sua contribuição para o aperfeiçoamento da democracia. O outro conceito estruturante que fundamenta este trabalho, agora de um ponto de vista mais pedagógico é o da voz dos estudantes. Se o termo pode ser entendido em diferentes contextos, incluindo os mais políticos, como o reconhecimento de que os estudantes são parte integral do sistema e por isso têm uma voz que deve ser ouvida, neste texto interessa-nos evidenciar o sentido pedagógico do conceito, quer pelo reconhecimento de que os estudantes são o primeiro agente da sua aprendizagem, quer pelo reconhecimento da diversidade epistémica da produção do conhecimento, quer ainda pela valorização dos atos de fala, de escuta e do direito a ser ouvido, como produtores de competências discursiva e argumentativa. Os debates são um exemplo de estratégia pedagógica que implica uma maior participação dos estudantes porque pressupõe que estes são elementos ativos e críticos na aquisição do saber que a Universidade lhes propõe. Produzir saber sobre as formas de melhor implementar e assegurar a qualidade científica dos debates, pensados como estratégia pedagógica, é o propósito deste capítulo. São seus objetivos caracterizar o trabalho docente associado à implementação da metodologia dos debates em sala de aula; identificar as competências transversais associadas à maior participação nos debates; estudar a adesão dos estudantes à metodologia; identificar os constrangimentos associados à sua implementação; discutir os efeitos da implementação da metodologia à luz dos conceitos de coesão social e de inclusão que o Ensino Superior deve perseguir. O capítulo decorre de um estudo empírico realizado na Universidade do Porto sobre a importância dos debates como estratégia pedagógica, conduzido no ano de 2016. Realizaramse 10 entrevistas a professores que incluíram o recurso aos debates como estratégia pedagógicas das suas Unidades Curriculares. Os 10 professores pertencem a 10 diferentes faculdades da U. Porto. As entrevistas semiestruturadas, ou “conversas com um objetivo”, foram audiogravadas, e posteriormente transcritas e objeto de análise de conteúdo. Entre os resultados da análise verificou-se a diversidade do uso do debate por parte dos docentes e a constatação de que estes nem sempre avaliavam o resultado da prática. Tal resultado autorizaria discutir a questão da presença/ausência da prática reflexiva docente, se este também fosse um objetivo do capítulo. Outro resultado, constatado em algumas das UC, dá conta que os alunos (em alguns casos) não valorizam a prática, não lhe reconhecem valor ou pertinência, o que torna as aulas, e sobretudo os conteúdos e produtos dos debates (as competências transversais associadas) pouco significativos. Também as dinâmicas do debate, realizadas com todo o auditório, não são de molde a envolver todos os estudantes, o que desvanece a finalidade de coesão social com que se problematiza o assunto. | pt_PT |
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dc.identifier.citation | Vale, Ana; Mouraz, Ana - Os debates como estratégia de trabalho curricular participado dos estudantes no ensino superior: cumprindo o desígnio da coesão social e da inclusão. In Tavares, José; et al., org. - Docência no ensino superior [Em linha]: experiências no Brasil, Portugal e Espanha. Itapetininga: Edições Hipótese, 2019. ISBN 978-65-80428-01-4. p. 184-216 | pt_PT |
dc.identifier.isbn | 978-65-80428-01-4 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.2/9088 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.peerreviewed | yes | pt_PT |
dc.publisher | Hipótese | pt_PT |
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