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  • Relatos de fundação de cidades: permanências e mutabilidades
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo sobre múltiplos relatos de fundação de cidades ibéricas, desde a Alta Idade Média até textos atualmente disponíveis na Internet e que mostram a perenidade deste tipo de narrativa. Especial destaque é dado às Etimologias de santo Isidoro e a crónicas ibéricas medievais, nomeadamente, a Estoria de Espanna de Afonso X, e ainda a contos tradicionais etiológicos. São identificados topoi recorrentes, características específicas e vestígios de rituais e de convicções atávicas. Reflete-se sobre a palavra que nomeia, a função sagrada e identitária da nomeação, e a respetiva influência na ductilidade, adaptabilidade e perenidade dos relatos de fundação
  • O humor nos assuntos «sérios»
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    A historiografia, na Idade Média, é uma forma textual que se assume como veículo de narrativas sobre assuntos «sérios». O seu modelo ideal é a própria Bíblia cujo reflexo terreno fundador, na cultura cristã deste período, é a obra de Eusébio- -Jerónimo que múltiplos historiadores procuraram actualizar. Com efeito, no seu patamar mais elementar, a Bíblia pode ser entendida como «O» livro de história primordial a partir do qual decorrem todos os outros dado que Deus continua a «escrever o Mundo» pelas acções e acontecimentos que permite que aí tenham lugar1. Assim, a historiografia torna-se uma forma textual contígua à obra bíblica uma vez que avança com o relato da continuação e da permanência da acção de Deus no Mundo.
  • O «Outro» João de Fernão Lopes
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Fernão Lopes tem sido, com justiça, considerado o historiador mais genial da Idade Média Portuguesa, estando a sua obra indelevelmente ligada à promoção da imagem do rei D. João I e ao início da segunda dinastia. Tendo este contexto em conta, analisa-se o modo como Fernão Lopes constrói (ou desconstrói) a imagem de outro João, o filho de D. Pedro I e Inês de Castro que, a ser verdadeiro o casamento secreto entre os seus pais, seria o legítimo herdeiro da coroa portuguesa após a morte do seu meio-irmão Fernando I e o afastamento da filha deste, Beatriz, da sucessão. Considera-se que o estudo desta personagem pode lançar alguma luz sobre o modo como a narrativa histórico-literária foi usada, com eficácia, no quadro de combates ideológicos e políticos.
  • Linhagens imaginadas e relatos fundacionais desafortunados
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Portugal não cultivou mitos de origem troianos, nem bíblicos. O reino legitimou-se com base, sobretudo, na ação bélica e conquistadora do seu primeiro rei, Afonso Henriques. A força da glorificação, quase mitificação desta figura terá abafado outras possibilidades alternativas de justificação fundacional. A análise de algumas passagens presentes em crónicas e em livros de linhagens, permite-nos verificar que terão existido outros potenciais relatos de origem, frequentemente assentes em linhagens parcialmente imaginadas. Com base nos testemunhos que veiculam estas narrativas, são debatidas algumas razões que poderão ter estado subjacentes, quer à formação, quer ao esquecimento destes relatos.