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  • Tutankhamon em Portugal: relatos na Imprensa Portuguesa (1922-1939): como um projeto de recepção da Antiguidade pode contribuir para fazer História da Comunicação em Portugal
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    As principais fontes do nosso projecto de investigação no âmbito dos Estudos da Recepção da Antiguidade, centrado nos relatos sobre a descoberta do túmulo de Tutankhamon na imprensa portuguesa, são, em primeira instância, os jornais e revistas nacionais e depois as notícias que estes publicaram. Deste modo, egiptólogos habituados a trabalhar com textos antigos e vestígios arqueológicos, tivemos a necessidade de estudar e conhecer a realidade da imprensa portuguesa nos anos 20 do século XX. Este processo de estudo e aprendizagem acabou por conduzir, por um lado, à identificação de lacunas e existência de informações que, quando confrontados com os dados por nós reunidos, não se confirmavam e, por outro lado, ao reconhecimento de práticas que ajudam a melhor conhecer o funcionamento dos periódicos nacionais. Assim, o objectivo desse texto é demonstrar de que forma a nossa investigação em Recepção da Antiguidade pode igualmente contribuir para fazer História da Comunicação em Portugal.
  • Agência Latino-Americana: um contributo para a história das agências de notícias em Portugal
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    No âmbito do Projecto de Investigação intitulado Tutankhamon em Portugal. Relatos na imprensa portuguesa (1922-1939), na área da Recepção da Antiguidade, dedicado à identificação, recolha e análise das notícias publicadas nos periódicos portugueses sobre a descoberta e escavação do túmulo de Tutankhamon, confrontámo-nos com a necessidade de aprofundar o nosso conhecimento sobre a realidade da imprensa portuguesa nas décadas de 20 e 30 do Século XX, designadamente no que respeita às agências de notícias. Neste domínio, acabámos por detectar algumas lacunas e/ ou imprecisões que, por terem implicação na nossa investigação de base, procurámos compreender e solucionar. Isto verificou-se, por exemplo, com a Agência Radio, de Alejo Carrera Muñoz, mas também com uma outra agência noticiosa, supostamente portuguesa, para além da Radio, sobre a qual a bibliografia é igualmente omissa ou pouco rigorosa: a Agência Latino-Americana. Apesar de ter uma presença constante nos jornais portugueses durante cerca de um ano – entre o fim de 1921 e o fim de 1922 –, aquela que, segundo os nossos dados, é, de facto, a primeira agência de notícias portuguesa, não só nunca é identificada como tal, como até parece ter passado totalmente despercebida aos estudiosos da matéria. Assim, tendo como fontes essenciais os jornais da época (principalmente portugueses, mas também brasileiros) e alguns dados esparsos que a investigação permitiu recolher, procuraremos reconstituir a história da Agência Latino-Americana, considerando igualmente a biografia da sua proprietária (a reconhecida jornalista e publicitária Virgínia Quaresma) e a empresa publicitária sua homónima que estará na sua origem.
  • A Agência Radio de Alejo Carrera Muñoz: contributos para a história das agências noticiosas em Portugal (anos 20 e 30 do séc. XX)
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    No âmbito de uma investigação na área da Recepção da Antiguidade em Portugal, dedicada à identificação, recolha e análise das notícias e artigos sobre a descoberta do túmulo do faraó Tutankhamon publicados entre 1922 e 1939 nos jornais e revistas nacionais, deparámo-nos com a necessidade de conhecer, de forma aprofundada, a realidade da imprensa portuguesa nas décadas de 20 e de 30 do século passado. Tendo por objectivo determinar a forma como os eventos que ocorriam no Egipto, mais concretamente no Vale dos Reis, em Luxor ocidental, chegavam aos jornais e às revistas em Portugal, embrenhámo-nos na análise do funcionamento das agências de notícias ou agências telegráficas, como também eram chamadas, com especial interesse pelas agências com que os jornais portugueses trabalhavam. Neste contexto, encarámos com a Agência Radio e com a figura do jornalista e empresário galego Alejo Carrera Muñoz. Foi esta agência, dirigida por aquele, que forneceu aos jornais portugueses no período considerado o maior número de notícias telegráficas sobre a descoberta do túmulo de Tutankhamon. Este facto chamou-nos a atenção, por um lado, porque na bibliografia existente é assumido que a única agência telegráfica com a qual a imprensa portuguesa trabalhava na altura era a Havas e, por outro, porque a possibilidade de a Agência Radio ser uma agência portuguesa conflitua com a ideia de que a primeira agência nacional, a Lusitânia, data de 1944. Pretendemos, assim, demonstrar a relevância da Agência Radio, principalmente na década de 20 do século XX, reconstituir a sua história e tentar desvendar a sua verdadeira natureza.
  • As agências de notícias portuguesas/em Portugal: um contributo para a sua história
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    No âmbito do Projecto de Investigação intitulado Tutankhamon em Portugal. Relatos na imprensa portuguesa (1922-1939), na área da recepção do antigo Egipto, dedicado à identificação, recolha e análise das notícias publicadas nos periódicos portugueses sobre a descoberta e escavação do túmulo do faraó Tutankhamon (1333-1323 a.C.), confrontámo-nos com a necessidade de aprofundar o nosso conhecimento sobre a realidade da imprensa portuguesa nas décadas de 20 e 30 do século XX, particularmente no que respeita às agências de notícias. Neste domínio, percebemos que a história das agências de notícias em Portugal — portuguesas e estrangeiras — não só é significativamente parca como apresenta também bastantes lacunas e ideias erróneas. São disso exemplos a ideia de que a Havas terá sido não só a primeira agência estrangeira a trabalhar com os jornais portugueses, como também a única durante muitos anos e a certeza de que a primeira agência portuguesa, a Lusitânia, foi criada apenas em 1944, por Luís Lupi. Com vista a sanar as imprecisões identificadas, focámos a nossa atenção nos anos 20 do século XX e conduzimos uma consulta exaustiva de alguns jornais publicados à época (por exemplo: A Capital, Diário de Lisboa e Correio da Manhã), com o objectivo de identificar as agências responsáveis pelas notícias telegráficas publicadas (nomeadas por extenso ou por siglas no final do texto). Esta investigação permitiu, no que respeita às agências estrangeiras, identificar a presença nos jornais portugueses não só da Havas, como também da Americana e da United Press; relativamente às agências portuguesas, percebemos que a primeira, a Latino-Americana, foi criada por Virgínia Quaresma, em 1921, e que, além desta, também a Agência Radio e uma outra Lusitânia, homónima da de Luís Lupi, tiveram uma forte presença nos jornais portugueses durante os anos 20 do século XX.