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  • Integração de crianças recém-chegadas a Portugal numa escola do 1º ciclo de escolaridade
    Publication . Botas, Dilaila; Moreira, Darlinda
    Num tempo caraterizado pela diversidade cultural, a escola tem também de desenvolver uma perspetiva inclusiva e de ser um espaço aberto a todos e para todos, apoiando-se numa ideologia abalizada pelo princípio da democracia e igualdade o que significa que a diversidade que existe na escola, nos seus múltiplos aspetos, tais como as diferentes línguas, religiões e costumes tem de ser objeto de práticas pedagógicas que contemplem as necessidades de todos. O presente artigo aborda a problemática do acolhimento e da integração de alunos provenientes de diferentes nacionalidades através do acompanhamento de várias crianças numa escola do 1º ciclo de escolaridade localizada na região da grande Lisboa, onde os alunos de origem não portuguesa correspondem a cerca de dez por cento da população escolar. O principal objetivo da investigação é procurar compreender quais as práticas escolares inerentes aos processos de receção e integração face aos alunos recém-chegados. Metodologicamente, esta pesquisa utiliza uma abordagem etnográfica, incidindo o processo de recolha de dados na observação participante. Também foram realizadas conversas informais com os professores e pais donde resultaram informações que completaram o registo de campo. Através de um acompanhamento de proximidade em locais diversificados, como o recreio e o refeitório a investigação focou-se no processo de integração escolar de nove crianças recém- chegadas a Portugal, que ingressaram na escola anos letivos 2011/2012 e 2012/2013 destacando-se as seguintes dimensões: Notas biográfica; Entrada na escola: Início do processo escolar; Convívio com os adultos; Problemas e necessidades do dia a dia. O grupo de alunos pertence à faixa etária entre os 7 e 10 anos de idade e são falantes de diferentes línguas maternas. Devido a essa situação foram sujeitos a um teste diagnóstico de modo a aferir-se o seu nível de proficiência linguística. A análise de dados teve como referência três momentos: descrição, análise e interpretação e permite desde já concluir que estes nove alunos ingressaram todos na escola de forma muito similar, obedecendo aos mesmos procedimentos: matricula no ano de escolaridade correspondente ao que já frequentavam no seu país. Também o seu primeiro dia de aulas decorreu de forma semelhante. Acompanhados por um familiar apresentaram-se na sala onde conheceram a professora e os colegas, iniciando a sua vida escola no dia seguinte. Neste processo a família demonstrou interesse e tentou sempre acompanhar a integração do aluno no novo ambiente, comparecendo sempre que convocada pela professora e auxiliando o aluno, de acordo com as suas possibilidades, na realização dos trabalhos de casa. A escola preocupa-se com que haja igualdade de acesso, no entanto não tem, nem desenvolve projetos diferenciados para facilitar a integração dos alunos recém - chegados. Emergindo que os principais agentes de inclusão são os alunos portugueses ou estrangeiros com mais tempos de permanência, os professores e os auxiliares de educação. As rotinas simples da vida escola são aprendidas informalmente entre pares no contexto exterior à sala de aula.
  • A utilização dos materiais didáticos nas aulas de matemática: um estudo no 1º Ciclo
    Publication . Botas, Dilaila; Moreira, Darlinda
    O artigo apresenta uma investigação cujo principal objetivo foi conhecer quais os materiais didáticos usados mais frequentemente no ensino da Matemática num Agrupamento de Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico nos arredores de Lisboa e qual a visão pedagógica subjacente à sua utilização. Metodologicamente, optou-se por um estudo de natureza quantitativa com características descritivas. A população envolvida no estudo é relativa a 53 professores do 1º Ciclo que exerciam a sua atividade letiva e não letiva no referido Agrupamento de Escolas. Conclui-se que os professores definem o material didáctico como sendo um objeto que visa a motivação do aluno, auxiliando-o na concretização e construção dos conceitos matemáticos. O manual escolar, o próprio corpo do aluno, as réguas e o ábaco são os materiais mais usados pelos professores. Os professores consideram o material didático importantíssimo e afirmam usá-lo "muitas vezes" na resolução de problemas e na prática compreensiva de procedimentos.
  • Histórias que a escola conta: integração de crianças imigrantes no 1º ciclo de escolaridade
    Publication . Botas, Dilaila; Moreira, Darlinda
    A presente investigação aborda a problemática da receção, acolhimento e inclusão de alunos provenientes de outros países nas escolas portuguesas, designadamente, numa escola do 1º ciclo de escolaridade localizada na região da grande Lisboa, onde os alunos de origem não portuguesa correspondem a cerca de dez por cento da população escolar e tem como principal objetivo conhecer em profundidade as práticas escolares utilizadas nos processos de receção, integração e desenvolvimento inclusivo dos alunos recém-chegados à escola, bem como entender quais as principais medidas escolares contempladas no Plano de Atividades (PA), no Plano Educativo (PE) e no regulamento interno para o acolhimento deste tipo de alunos. Metodologicamente, esta pesquisa utiliza uma metodologia qualitativa de abordagem etnográfica, incidindo o processo de recolha de dados na observação participante despercebida, nas conversas informais com professores, alunos, funcionários da escola e encarregados de educação, bem com na análise documentos escolares. Através de um acompanhamento de proximidade em locais diversificados, como o recreio, o refeitório e a sala de aula, a investigação foca-se no processo de integração escolar de nove de idades compreendidas entre os 6 e 10 anos, recém-chegadas a Portugal e de várias nacionalidades, que ingressaram na escola no final do ano letivos de 2011/2012 e durante o ano letivo de 2012/2013. Assim, a observação decorreu ao longo do terceiro período do ano letivo 2012/2013 e continuará no ano letivo 2013/2014. As principais conclusões apontam para práticas similares no que diz respeito ao procedimento de matrícula, tendo todos os alunos ingressado no ano de escolaridade que frequentariam se tivessem permanecido no país de origem. Além disso, todos os encarregados de educação acompanhavam de forma regular o percurso escolar das crianças. No que diz respeito à escola, observaram-se medidas e práticas para garantir a igualdade no acesso, no entanto não revela o desenvolvimento de projetos diferenciados para facilitar a integração dos alunos recém - chegados. Emergindo do estudo que os principais agentes de integração escolar são os próprios alunos com a ajuda dos colegas, nomeadamente daqueles com mais tempos de permanência na escola, bem como os professores e os auxiliares de educação. As rotinas simples da vida escolar são aprendidas informalmente entre pares no contexto exterior à sala de aula. “Histórias que a escola conta: integração de crianças imigrantes no 1º ciclo” resultou numa investigação que reforça e mostra mais uma vez a complexidade das respostas que a escola tem que construir para proporcionar uma educação de qualidade e sucesso para crianças tão diferentes umas das outras que ao nível social, linguístico e cultural, para não falar do individual. Esta complexidade observa-se a diferentes níveis e etapas. Ao nível da escola, através como é que se acolhe e se integra a criança, destacando-se, a relação com os pais, as matrículas e equivalências, os apoios prestados aos alunos e a oferta do PLNM. Também ao nível da sala de aula, podem-se destacar as estratégias dos professores e o relacionamento com os colegas.
  • A utilização dos materiais didácticos nas aulas de matemática : um estudo no 1ª Ciclo
    Publication . Botas, Dilaila; Moreira, Darlinda
    Esta investigação tem como objectivo principal analisar a utilização dos materiais didácticos nas aulas de Matemática do 1ºciclo num Agrupamento de Escolas nos arredores de Lisboa, percebendo quais os materiais mais usados e a visão pedagógica subjacente à sua utilização. Depois de apresentar vários materiais didácticos, referindo a sua importância e as várias perspectivas e recomendações sobre o seu uso no ensino da Matemática ao nível do 1º ciclo do Ensino Básico, e tendo em conta os objectivos do estudo, optou-se por um estudo de natureza quantitativa com características descritivas. Construiu-se um pré-questionário, que, depois de validado, deu origem ao questionário definitivo que foi aplicado a uma população de 53 professores do 1º ciclo que exerciam a sua actividade lectiva e não lectiva no Agrupamento. Este questionário recolheu a opinião dos professores sobre as seguintes questões: (1) O que pensam os professores da utilização dos materiais didácticos na aula de Matemática? (2) Está essa ideia relacionada com o que pensam sobre a Matemática? (3) Que materiais didácticos existem na Escola do Agrupamento? (4) Como é que esses materiais didácticos são utilizados na aula de Matemática? (5) Qual o material mais utilizado pelos professores na aula de Matemática? Por fim algumas questões focam-se no manual escolar. A análise dos resultados permite concluir que os professores do 1ºciclo, do Agrupamento onde decorreu o estudo, definem o material didáctico como sendo um objecto que visa a motivação do aluno, auxiliando-o na concretização e construção dos conceitos matemáticos. Consideram o material didáctico importantíssimo nas aulas de Matemática porque melhora a compreensão dos conteúdos e permite ao aluno construir o seu próprio conhecimento. Relativamente à ideia da Matemática, os professores inquiridos encaram-na como um conhecimento em construção, associada a métodos próprios de estudo, de pesquisa e de organização de informação que enriquecem a formação geral dos alunos. O manual escolar, o próprio corpo do aluno, as réguas e o ábaco são os materiais mais usados pelos professores nas aulas de Matemática, sendo a calculadora, as transparências e os pentaminós os menos usados. Relativamente ao modo como os materiais didácticos são usados na aula de Matemática, os professores afirmaram usá-los muitas vezes quer na resolução de problemas, quer na prática compreensiva de procedimentos. A selecção dos materiais a usar na aula é baseada nos seguintes critérios: conteúdo a trabalhar, características dos alunos, a existência do material em quantidade suficiente e saber explorar o material. No momento da planificação das aulas de Matemática, os professores destacaram o manual escolar como sendo o seu principal apoio. Para além de constituir, também, um instrumento de apoio ao aluno e um material útil para praticar e consolidar conteúdos. Em relação aos materiais existentes no Agrupamento, os professores assumiram ter conhecimento que materiais existem e onde se encontram guardados. Também consideram que os materiais estão adequados às exigências do currículo apesar de não existirem em quantidades suficientes de modo a fazer face às suas necessidades. Quanto à participação dos professores no processo de aquisição dos materiais didácticos, declararam serem apenas solicitados na escolha de manuais escolares e material estruturado. Na escolha dos manuais escolares consideraram a linguagem dos textos, o rigor científico e o tipo de actividades apresentados nestes como critérios determinantes.