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- O Marquês de Pombal como personagem de ficção: primeiras anotações e aproximações hermenêuticasPublication . Oliveira, Luiz Eduardo; Franco, José EduardoA figura, o percurso de vida, a relevância e os impactos da política de Pombal têm inspirado, esparsamente ao longo dos três séculos da sua posteridade, significativa criação literária e dramatúrgica onde surge como personagem, ora principal ora secundária, nos cenários sociais, políticos e familiares do seu Século das Luzes. Embora a maior incidência da produção romanesca pombalina ocorra em Portugal, não são despiciendos os exemplos da produção ficcional brasileira, surpreendendo pelas suas publicações mais recentes e suas abordagens singulares à figura do Marquês de Pombal.
- A legislação pombalina e sua mitologia: o caso das reformas educativas e linguísticasPublication . Oliveira, Luiz EduardoEste artigo analisa a legislação pombalina referente ao ensino de línguas, com o objetivo de evidenciar o modo como a construção discursiva da noção de uma Europa polida e civilizada, ao contrapor-se ao alegado atraso da administração temporal e pedagógica dos Jesuítas, articula-se com uma mitologia que se apresenta como um arsenal léxico-discursivo composto de algumas palavras-chave grafadas com maiúsculas que dão sustentação à noção do «moderno», recorrendo ao mito da Idade de Ouro (Eliade, 2000), isto é, à invenção de uma tradição gloriosa do povo lusitano antes da chegada da Companhia de Jesus.
- Educação Iluminada: reforma ou revolução? Política educativa pombalina e justificação propagandísticaPublication . Franco, José Eduardo; Oliveira, Luiz EduardoRedescobrindo a importância capital do ensino para a reforma do Estado e do capital crítico e ideológico que o seu exercício poderia encerrar, o governo despótico do Marquês de Pombal empreendeu uma reforma contra o ensino tradicional, este de acesso alargado, que estava hegemonicamente nas mãos de privados, em especial nas da Companhia de Jesus. Na perspetiva da prossecução de uma ideologia política estatizante, absolutista e ultrarregalista, a reforma pombalina, de forma precursora (antecipando-se, neste aspeto, à própria França revolucionária), operou a constituição de um sistema de ensino estatal, ou estatizante, uniformizado e secularizado. Para o efeito, criou estruturas orgânicas centralizadas de direção e inspeção, e promoveu a dignificação social da profissão docente, para além de ser precursora da sua profissionalização e corporativização. O ministro de D. José I integrou nas suas medidas reformistas do ensino muitas das propostas que os intelectuais iluministas portugueses críticos do ensino tradicional tutelado pela Companhia de Jesus, como José de Castro Sarmento, Luís António Verney, Ribeiro Sanches e Pereira de Figueiredo, vinham fazendo desde a década de 40 do seu século. Em boa parte, o mérito de Pombal foi ter sido capaz de dar feição programática e execução política a um ideário reformista do ensino que já vinha sendo refletido e proposto por tais intelectuais.