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  • Mulheres em contexto migratório : figurantes ou protagonistas?
    Publication . Miranda, Joana
    Nos últimos anos foi surgindo uma maior consciência de que as migrações não têm o mesmo efeito e impacto nos homens e nas mulheres e de que uma exclusiva focalização nos homens não permite apreender as complexidades envolvidas. Passou a ter-se em consideração duas novas questões: Que factores determinam a migração das mulheres? Que impacto o processo migratório tem no estatuto das mulheres imigrantes? A feminização da imigração é agora internacional e alguns autores consideraram a feminização da migração como uma das cinco características que definem a actual era das migrações (Castles & Miller, 1998). Mas estaremos, de facto, face a uma feminização da imigração à escala mundial ou apenas face à feminização do discurso sobre migrações e a uma maior aceitação da imigração das mulheres? Os discursos feministas das últimas décadas têm proporcionado várias conquistas por parte das mulheres, que acompanham a sua saída do espaço privado e a sua entrada na esfera pública. Mas será que essa maior ocupação da esfera pública resulta num aumento de empowerment das mulheres trabalhadoras exercendo funções indiferenciadas? As mulheres migram sozinhas assumindo o protagonismo dos processos migratórios ou são meras figurantes em processos de reagrupamento familiar? De que forma a relação das mulheres com a família é alterada em resultado da imigração? Ou, de outra forma, de que forma o patriarcado é alterado ou reconstituído depois da imigração? De que forma as migrações afectam as relações de poder entre homens e mulheres e os processos de tomada de decisão e de gestão da economia familiar? Que factores desencadeiam as decisões de imigrar e tornam a migração mais ou menos possível para diferentes mulheres? Estes foram alguns dos aspectos que procurámos analisar numa investigação sobre mulheres exercendo funções indiferenciadas e pertencentes às comunidades de imigrantes que apresentam maior dimensão em Portugal na actualidade: brasileiras, cabo-verdianas e ucranianas.
  • Resenha: Migrant belongings : memory, space, identity
    Publication . Miranda, Joana
    Resenha do livro "Migrant Belongings. Memory, space, identity" de Anne-Marie Fortier. Apesar da primeira edição do livro ter sido publicada em 2000 e de, desde então, terem sido significativas as transformações, quer a nível da dinâmica dos movimentos migratórios europeus, quer a nível do state of the art da discussão teórica sobre identidades e, em particular, sobre a fecunda articulação identidades-migrações-género, este livro constitui uma referência incontornável da literatura na área pelos importantes contributos que trouxe à reflexão teórica e metodológica.
  • A identidade nacional : do mito ao sentido estratégico : uma análise psicossociológica das comparações entre os portugueses e os outros
    Publication . Miranda, Joana; Amâncio, Lígia; Rocha-Trindade, Maria Beatriz
    A presente tese representa uma tentativa de reconstruir e de compreender os processos concretos que regem as dinâmicas de expressão da identidade nacional dos Portugueses. Em termos de objectivos, pretendem-se analisar as dinâmicas intergrupais dos Portugueses, enquanto grupo nacional, em relação a outros grupos que deles se distinguem em termos de nacionalidade e a nível de dimensões simbólicas, históricas e económicas. No plano teórico, a investigação situa-se no âmbito das identidades sociais enquanto representações sociais e a hipótese geral é a de que a identidade social não constitui uma criação do próprio grupo, inscrevendo-se, antes, numa dinâmica intergrupal de ordem psicossociológica. O ser Português é um processo de construção, desempenhando os demais alvos de comparação, um papel determinante na construção da identidade nacional. Dado que a questão da tolerância e das relações com grupos particulares está ligada à dinâmica intergrupal, não se pretende quantificar o grau de tolerância dos Portugueses, mas demonstrar que, enquanto atitude, a tolerância dos Portugueses pode variar consoante os alvos e os contextos de comparação social. Desta hipótese decorre considerar-se que a identidade se toma tanto mais saliente quanto mais comparações entre a nacionalidade portuguesa e outras nacionalidades forem suscitadas e que as representações daí resultantes podem ser captadas mediante as respostas a um conjunto de indicadores com os quais construímos o questionário que serviu de instrumento de recolha de dados. Com base na concepção de que a representação da identidade nacional é situacional, ou seja, que é influenciada pelas dinâmicas de comparação social, considerámos que as representações dos participantes sobre a sua nacionalidade e a dos outros poderiam depender, não só da posição do grupo nacional com o qual se comparam numa escala de poder simbólico, como da posição que o grupo nacional e o alvo de comparação ocupam no contexto concreto da comparação.
  • Narrativas sobre imigrantes
    Publication . Miranda, Joana
    As narrativas constituem um objecto cada vez mais frequente da investigação social. O estudo das narrativas promete trazer mudança nos paradigmas e nos métodos de investigação bem como novas formas de análise do indivíduo e da sociedade. Podendo as narrativas ser perspectivadas de formas bem diversas, focalizaremos a nossa análise nas narrativas culturais, narrativas estas que se situam num nível intermédio entre os eventos concretos de Labov e a identidade abstracta de Ricoeur. Analisaremos as potencialidades desta abordagem centrando-nos em narrativas fílmicas ou fotográficas, nomeadamente o documentário premiado “Os Lisboetas” de Serge Trefaut e as fotografias de Sebastião Salgado sobre as populações migrantes.
  • Construção e re-invenção da nação
    Publication . Miranda, Joana
    Este artigo desenvolve-se em quatro pontos. No primeiro: A construção da nação, teceremos reflexões de carácter geral sobre a forma como se constroem e imaginam as nações. Posteriormente, no segundo ponto: A identidade nacional, procuraremos analisar a forma como o sentimento de pertença à nação foi sendo construído ao longo do tempo. No terceiro ponto: Memória, mitos e reinvenção, analisaremos a forma como a memória do que os Portugueses são enquanto povo foi sendo construída e reconstruída. Sendo a identidade nacional uma identidade social, no quarto ponto: A complexidade do processo identitário, discutiremos algumas questões actuais relativas às identidades sociais.