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Estudos de Tradução

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  • Em louvor de Cassandra : uma teoria da tradução
    Publication . Pais, Carlos Castilho; Júdice, Nuno; Marques, Maria Emília Ricardo
  • Traduzir em Macau : ler o outro : para uma história da mediação linguística e cultural
    Publication . Paiva, Maria Manuela Gomes; Pais, Carlos Castilho
    Identificar protagonistas – mediadores – finalidades e contextos, descrever sucessos e fracassos, avaliar resultados, no âmbito da tradução / interpretação em Macau, eis alguns dos objectivos que se propõem neste estudo, que tem como balizas temporais os anos de 1557 – 1915. A Tradução e a Interpretação sempre assumiram, em Macau, um papel relevante na sociedade que ali se foi desenvolvendo, desde a chegada dos primeiros ocidentais (os portugueses) às costas do Sul da China. A mediação linguística, social e cultural, protagonizada, ao longo dos séculos, pelos jurubaças, línguas, intérpretes e tradutores, mas também pelos missionários, principalmente jesuítas, foi fundamental para a criação de uma sociedade multilingue e multicultural e para a coexistência pacífica de comunidades tão diferentes. Apesar das pontes estabelecidas pelos mediadores, não foram fáceis as relações, quer comerciais, quer diplomáticas, que levaram à fixação dos primeiros comerciantes, à expansão informal da cidade mercantil e à criação de órgãos de poder próprios, como a Câmara (Senado) e a Misericórdia. Os comerciantes ocidentais que se deslocavam à China recorriam sempre a intérpretes, de início, chineses. Mas os missionários tiveram necessidade, desde cedo, de aprender chinês, porque era impossível propagar o Cristianismo, ou seja, evangelizar, através de um intérprete. Os missionários vão, assim, para além da sua missão evangelizadora, educacional e cultural, assumir um papel importante na mediação linguística e cultural. Partindo do conceito de mediador cultural, defendido por Stephen Bochener’s1 (1981), em The Mediating Person and Cultural Identity, mostra-se como os intérpretes-tradutores actuavam, em Macau, assumindo a mediação linguística, social e cultural, pois que vivendo em dois mundos diferentes, tinham que adquirir competências nesses mesmos mundos. Era-lhes exigido que desenvolvessem determinadas competências nas duas culturas, como por exemplo, o conhecimento da História, dos valores, das tradições, dos costumes, e ainda competências de comunicação, técnicas e sociais. Perante interlocutores tão diferentes, tanto a China como os cristãos revelaram aspectos até aí desconhecidos. Mas só através do diálogo com o outro se pode descobrir as semelhanças e as diferenças, os aspectos fundamentais e os particulares e chegar-se ao entendimento e enriquecimento mútuos e ao que hoje designamos por comunicação intercultural. Portanto, não é a diferença inicial que é importante, mas o compromisso com o intercâmbio linguístico, ideológico e cultural, pois que cada língua dá forma à maneira de pensar e favorece linhas de pensamento, por vezes, incompatíveis. Parafraseando o linguísta C. Hagège (2002), as sociedades não morrem, não só porque têm historiadores ou analistas ou narradores oficiais, mas também porque têm línguas e porque são narradas por elas.
  • Tradução científica e técnica : proposta para a formação de tradutores pluricompetentes especializados na produção de documentação científica e técnica do inglês para o português
    Publication . Durão, Maria do Rosário; Pais, Carlos Castilho
    A tradução científica e técnica constitui uma das maiores, senão mesmo a maior, faixa do mercado de trabalho dos tradutores profissionais de todo o mundo, sendo, também, uma das suas principais fontes de rendimento. A crescente globalização da informação tem vindo, no entanto, a aproximar a tradução do universo da comunicação especializada internacional, modificando o perfil dos profissionais da tradução. Estes, de quem, há pouco, se esperava que soubessem converter textos escritos de uma língua para outra, vêem-se, hoje, também, interpelados a produzir e a gerir conteúdos cada vez mais pluridisciplinares, nos mais diversos suportes, para públicos situados em qualquer parte do planeta que esperam conteúdos ‘personalizados’ e ‘originais’. Porém, o estudo correspondente a estas (novas) realidades, em Portugal, tem sido escasso, sobretudo se se tiver em conta a formação de tradutores. A finalidade do presente trabalho de investigação consiste em ajudar a colmatar esta lacuna. A tese procura atingir este objectivo, apresentando uma proposta de formação inicial de tradutores que, sem esquecer uma formação específica em tradução, dá especial atenção às competências a adquirir ao nível da produção de documentação científica e técnica em português (e) a partir do inglês. A proposta é, a um tempo, uma proposta de formação profissionalizante, que permite aos futuros licenciados responderem aos desafios do mercado, e uma proposta crítico-reflexiva, uma vez que ela não é indiferente à própria ideia de ensino superior universitário, na qual se insere. Um inquérito a Fornecedores de Serviços de Tradução, na combinação/orientação linguística inglês > português europeu, e uma análise dos cursos portugueses de primeiro ciclo em Tradução e relacionados com a tradução que, no ano lectivo de 2006-2007, se encontravam adaptados aos critérios do processo de Bolonha constituem as bases do estudo empírico. O desenvolvimento teórico centra-se no estudo da relação específica entre a tradução e a comunicação científicas e técnicas. Uma proposta de um curso de primeiro ciclo em «Tradução e Comunicação Científicas e Técnicas» encerra a parte final da tese. Nesta proposta de curso enunciam-se os conteúdos e a estrutura do curso, bem como as competências e os resultados esperados da aprendizagem dos módulos de prática da tradução de documentação científica e técnica, do inglês para o português.