Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS
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- Imigrantes em Portugal : filhos ou enteados de uma nova nação?Publication . Anes, Cesaltina Maria da Luz Silva; Ramos, NatáliaAs migrações têm estado presentes na história da humanidade desde os tempos mais remotos, só se tornando objecto de estudo dos vários ramos da ciência quando as deslocações territoriais passaram a ser feitas em número considerável e com repercussões significativas a nível político, cultural, social e económico quer no país de origem como no país de acolhimento. Sendo este um processo complexo e multifacetado, a sua etiologia é variada podendo englobar motivações de ordem política, de emergência, étnicas, sociais e económicas. No entanto as últimas, causadas pelas acentuadas diferenças entre os níveis de desenvolvimento e de riqueza entre os países parecem ser a causa principal que leva as pessoas a optarem pela emigração. Forçados a abandonarem as suas famílias, quebrando os laços familiares e culturais presentes desde sempre, os migrantes vêem-se obrigados a terem de aprender novas realidades culturais e sociais, na maioria das vezes sem qualquer tipo de apoio, a viverem em condições de extrema pobreza, em habitações degradadas e sem saneamento básico, excluídos da sociedade de acolhimento e sendo vítimas de práticas discriminatórias. Este conjunto de factores podem originar graves problemas físicos, mentais e emocionais e cujas manifestações, muitas vezes apenas se tornam visíveis decorridos alguns anos. Portugal, um país de natureza emigratória, tem vindo a receber um número considerável de imigrantes desde a segunda metade da década de 70. Sem uma política de imigração definida e consistente, tem sido particularmente difícil fazer face aos problemas resultantes desse crescimento cultural e social. Sendo frequentemente apontados como a principal causa do desemprego, da criminalidade e da crise sócio-económica que o país atravessa, os imigrantes são encarados com desconfiança e preconceito. As suas poucas ou nenhumas qualificações académicas, a urgência em auferir algum rendimento vitais à sobrevivência, aliadas à ilegalidade, forçam-nos a aceitar todo o tipo de trabalho, quase sempre os menos diferenciados, fazendo deles alvos fáceis de exploração e maus-tratos. isando conhecer e compreender o percurso migratório e os principais problemas dos imigrantes de diferentes nacionalidades no distrito de Lisboa, este estudo teve como objectivos: Conhecer as motivações que levaram o migrante a «abandonar» o seu país de origem Identificar quais os problemas encontrados no país de acolhimento a nível social, sanitário, educativo, económico e laboral Perceber que estratégias de adaptação foram utilizadas para fazer face a estes problemas Identificar quais os problemas de saúde mais comuns e perceber qual a sua relação com a pessoal de saúde dentro das unidades de saúde. Para os atingir foi realizado um estudo exploratório, descritivo, indutivo e transversal, baseado numa abordagem qualitativa. A aplicação de um inquérito por entrevista, semi-estruturado permitiu saber a Cesaltina Maria da Luz Silva Anes a versão do imigrante relativamente à sua vivência de ser imigrante em Portugal mais concretamente em Lisboa. Principais conclusões: Portugal é o país de primeira escolha para a grande maioria dos participantes, por questões de afinidade linguística, cultural e pela pouca severidade relativamente à imigração, em particular à imigração ilegal O factor económico é o principal motivador do processo migratório Os principais problemas encontrados pelos participantes: A língua – o seu desconhecimento ou fraco domínio, condicionam relações sociais e profissionais A burocracia – referida por muitos como excessiva e extensiva a quase todas as áreas A discriminação – presente ou não, consoante o país de origem fazendo-se notar a nível social, profissional, cultural e instituciona