Em 1746, Deparcieux criava as famosas «tábuas de mortalidade» que muito proveito deram às empresas de seguros. Com elas desenvolvia-se o moderno conceito de «esperança de vida», mas de uma vida «secularizada»... que deixara de ter em conta o Além. Por essa mesma altura dava-se também início à «secularização» dos cemitérios, arrancados ao controlo da Igreja, e a própria escatologia individual (os chamados «novíssimos do homem») entrava em crise. Chegava ao fim uma longa história de «domesticação» da escatologia (e da morte). A moderna mudança de «paradigma» não impede de refletir teologicamente a morte num mundo secularizado.