Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento | Master's Degree in Women Studies - TMEMU
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- O Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947)Publication . Costa, Célia Rosa Batista; Cova, AnneResumo - A presente dissertação insere-se na área da História das Mulheres e pretende ser um contributo para a monografia do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Cronologicamente, esta pesquisa situa-se entre 1914 e 1947, período que corresponde à existência da Associação. O Conselho foi uma organização de mulheres inserida no movimento feminista do início do século XX – o designado feminismo da primeira vaga –, que registou a maior longevidade na história das organizações feministas em Portugal. O boletim, órgão de propaganda do Conselho, editado de Novembro de 1914 até Maio de 1947, constitui um corpus coeso que justificou tomar-se como fonte privilegiada deste trabalho. O Boletim Oficial do CNMP intitula-se, a partir de 1917, Alma Feminina, e no final de 1946 passa a ter a designação de A Mulher. Perante uma fonte tão rica quanto extensa como o Boletim do Conselho, procura-se dar visibilidade ao Conselho, enquanto organização feminista, quer na sua orgânica, quer na perspectiva da sua actuação, e caracterizar o que foram as iniciativas que promoveram e em que participaram em prol do feminismo. Pretende-se também dar visibilidade ao maior número possível de mulheres que participaram nos corpos gerentes, as activistas, as militantes e as sócias aderentes. O Boletim do Conselho, enquanto periódico feminista, assume-se como objecto fundamental para o estudo do movimento feminista português, assim como dos constructos sociais veiculados sobre as mulheres
- A emergência das mulheres repórteres nas décadas de 60 e 70Publication . Ventura, Isabel; Mesquita, MárioO tema desta dissertação é a emergência das mulheres repórteres, em Portugal, nas décadas de 60 e 70. Na década de 60, Portugal atravessa um período político muito particular da sua história. O regime ditatorial imposto por Oliveira Salazar cerceou a liberdade de expressão e impôs a censura como instrumento de controlo da imprensa. No que respeita ao estatuto de homens e mulheres, estas eram consideradas inferiores aos homens e o acesso a certas profissões estava-lhes vedado. A obrigatoriedade – imposta por lei – de autorização do cônjuge para poderem deslocar-se ao estrangeiro ou para iniciar um negócio –, equiparava-as a menores. Em simultâneo, o país sofre de uma elevada taxa de analfabetismo, a qual afecta as mulheres em particular. Após as eleições presidenciais de 1958 – às quais concorre o General Humberto Delgado enquanto candidato da oposição –, Portugal vive um período de instabilidade social, durante o qual proliferam as manifestações estudantis; ao mesmo tempo, os movimentos de libertação das colónias africanas gritam pela independência. A guerra colonial inicia-se com o conflito em Angola, e rapidamente se alastra à Guiné-Bissau e Moçambique. É durante este período que as mulheres portuguesas começam a aparecer em maior número nas redacções dos jornais. Quem são estas mulheres, em que condições entraram na profissão, como foram recebidas e como é que se caracterizava a relação com os seus pares? Como é que lidavam com a censura, qual o seu posicionamento face ao feminismo, e que condições é que favoreceram este clima de aceitação das mulheres nas redacções? Estas são algumas das questões às quais tentaremos dar resposta