Ambiente e Sustentabilidade | Capítulos/artigos em livros internacionais / Book chapters/papers in international books
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- A globalização do risco de desastres e o desenvolvimento sustentávelPublication . Trindade, Jorge; Santos, Pedro PintoOs desastres globais associados a fenómenos naturais são uma característica intrínseca da dinâmica do nosso planeta e, ao longo da história da Terra, provocaram impactos elevados na distribuição mundial das espécies e na forma como estas utilizam recursos. Este trabalho pretende contextualizar a gestão dos desastres, ligando-a às tendências de globalização verificadas no passado recente e debatendo a importância da adoção de conceitos comuns para os modelos de governança dos riscos. Neste sentido, é possível verificar que a globalização dos desastres associados a fenómenos naturais corresponde a um processo recente e segue lógicas globais, onde os efeitos sistémicos originam uma ampliação das consequências de fenómenos locais ou regionais. A resposta aos desastres tem sido coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em articulação com os governos dos estados-membros, organizações não governamentais e entidades privadas. Em conjunto, definem planos de prevenção, reação e resiliência às catástrofes e estabelecem estratégias de médio prazo para a mitigação e adaptação. Os quadros de ação de Hyogo (2005 e 2015) e de Sendai (2015-2030) representam uma resposta coordenada da ONU e assumem compromissos nacionais no âmbito da redução do risco de desastres, com ligações muito claras aos objetivos do desenvolvimento sustentável. Esta resposta globalizada exige a adoção de conceitos e metodologias uniformes na fase de avaliação e na fase de comunicação de resultados a atores-chave com capacidade decisória. Assim, a decisão de ação será mais eficiente se os modelos de governança souberem enquadrar a resposta a dar nas fases de avaliação e de gestão do risco, com vista ao desenvolvimento sustentável das sociedades. A governação do risco está hoje centrada nas ações de prevenção, com grande incidência em medidas de adaptação suportadas pelo estudo dos fatores naturais e humanos de predisposição. Estes modelos de governação tendem também para uma maior ligação ao desenvolvimento sustentável, com estratégias, ações e metas que implicam uma atuação direta nos fatores que potenciam e melhoram o desempenho sustentável das comunidades e, com isso, diminuem exposições e vulnerabilidades face ao risco de desastres.