Psicologia | Psychology
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Browsing Psicologia | Psychology by Sustainable Development Goals (SDG) "05:Igualdade de Género"
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- Os avós na família e sociedade contemporânea : uma abordagem intergeracional e interculturalPublication . Rodrigues, João Paulo Vieira; Ramos, NatáliaO estudo sobre a importância dos avós na família e sociedade contemporâneas visa compreender qual o papel que os avós têm para a dinâmica familiar, quer como recurso quer como transmissão de saberes numa perspectiva intergeracional. Foram analisadas neste estudo 50 famílias, 25 famílias num contexto rural e 25 famílias num contexto urbano. Foram entrevistadas diferentes gerações ou seja, pais, mães, avós e avôs do mesmo núcleo familiar perfazendo um total de 200 entrevistas. Concluiu-se que os avós são um recurso familiar, social e económico imprescindível e são muito importantes na transmissão de valores sociais e culturais e no cuidar dos seus netos. Também a transmissão de saberes por parte dos avós, sobretudo das avós sobre os cuidados infantis, são uma mais-valia para as mães que estão a iniciar o seu projeto maternal. Na atualidade, os recursos de saúde disponíveis são melhores no entanto os recursos de saúde locais nem sempre dão resposta às necessidades dos pais e das mães. A utilização de cuidados tradicionais diminuiu, apesar de alguns ainda continuarem a ser utilizados pelas avós. Verifica-se uma diminuição intergeracional na importância e transmissão das práticas e valores religiosos dos pais, educação e na proteção infantil, apesar dos mesmos não se oporem a que os seus filhos frequentem as igrejas ou pratiquem a religião. A investigação sublinha a manutenção da importância do núcleo familiar para a qualidade de vida, bem-estar e crescimento harmonioso dos seus elementos, assim como da solidariedade familiar existente entre avós, pais e netos.
- Climatério/menopausa, relacionamento conjugal e qualidade de vidaPublication . Presado, Helena; Ramos, NatáliaO climatério é uma etapa especial do ciclo de vida natural da mulher que integra a menopausa. Esta fase de transição encontra-se associada a mudanças que podem influenciar a saúde e a qualidade de vida da mulher; as necessidades de adaptação bio-psico-sócio-culturais e espirituais devem ser consideradas nesta etapa de vida que apresenta características análogas a outras etapas do ciclo de vida da mulher. As repercussões no relacionamento do casal, implicam que ambos façam readaptações, a todos os níveis, no sentido de manter ou melhorar a qualidade do relacionamento conjugal e de vida de que desfrutavam. Desenvolvemos um estudo descritivo de abordagem mista em duas fases: na primeira pretendeu-se identificar as representações sociais através da resposta a palavras estímulos: menopausa, climatério, relacionamento conjugal e sexualidade. Na segunda fase pretendeu-se compreender as implicações do climatério no relacionamento conjugal, recorrendo-se ao questionário de auto-preenchimento com utilização das escalas EASAVIC, ISS e WOQOOL (Bref) a 116 casais. Destacamos algum desconhecimento relativamente ao climatério e uma conotação da menopausa associada a disfuncionamento e problemas de saúde. Os indivíduos com idades mais baixas e nível de escolaridade superior apresentam maior qualidade de vida, satisfação sexual e satisfação conjugal. O sexo masculino apresenta melhor qualidade de vida e uma visão mais positiva do casamento. O funcionamento conjugal alvitra (re)ajustes ao longo do tempo de relacionamento conjugal. A forma como cada casal se entrega e vivencia o próprio relacionamento, influência e é influenciado pelas etapas do climatério. Os casais consideram ainda que não têm preparação suficiente para vivenciar saudavelmente esta etapa do ciclo de vida. Investir na formação dos profissionais para uma intervenção individual e culturalmente adequada no processo de transição da menopausa e melhorar a resposta dos serviços de saúde parece um desafio importante na melhoria da qualidade de vida, bem-estar e equilíbrio da mulher e do casal.
- Crenças, atitudes e práticas de saúde reprodutiva em Timor-Leste : uma abordagem interculturalPublication . Manuel, Helena Isabel Borges; Ramos, NatáliaAo longo dos anos tem ocorrido, em Timor-Leste, um processo de intensificação dos contactos interculturais, quer entre timorenses pertencentes a diferentes grupos etnolinguísticos, quer entre timorenses e outros povos, alguns dos quais exercendo autoridade. Apesar das transformações operadas na sociedade a diversos níveis, subsistem algumas das suas instituições e valores tradicionais. O presente estudo, de cariz etnográfico, tem como objectivos de investigação descrever e comparar crenças, atitudes e práticas de saúde reprodutiva de timorenses pertencentes a diferentes grupos etnolinguísticos de Timor-Leste; e identificar modificações no comportamento de saúde reprodutiva dos timorenses, resultantes do contacto entre culturas. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e comparativo, que tem por base uma metodologia qualitativa. O trabalho de campo foi efectuado em dez dos treze distritos de Timor-Leste, em meio rural e urbano, e abrangeu onze grupos etnolinguísticos. Mediante um processo de amostragem em cadeia, tipo “bola de neve”, foram recolhidos dados provenientes de informadores privilegiados, profissionais de saúde prestadores de cuidados de saúde reprodutiva, parteiras tradicionais, mulheres e casais com filhos. A recolha de dados foi efectuada com recurso a entrevistas exploratórias e semi-estruturadas, à observação directa e participante e à observação fotográfica e fílmica. Na análise dos dados foi utilizada a técnica da análise de conteúdo. Concluímos que a cultura exerce uma forte influência sobre o comportamento das mulheres e famílias desde a concepção até ao período pós-parto. Existe uma grande diversidade etnolinguística/cultural em Timor-Leste, e muitas das crenças e práticas relativas à saúde reprodutiva não são generalizáveis a todo o país. A fecundidade é elevada e há uma preferência generalizada por famílias numerosas, com curtos intervalos entre nascimentos e baixo recurso à contracepção. Apesar da implementação dos programas de planeamento familiar, primeiro pela Indonésia, e mais recentemente pelo Governo timorense, muitas mulheres têm falta de acesso a informação e a métodos contraceptivos. Factores de ordem sociocultural exercem, por sua vez, grande influência a este nível. Há determinadas recomendações, tabus e restrições que rodeiam a mulher grávida, que visam proteger a mãe e o feto de danos físicos. A maior parte das mulheres recorre à consulta pré-natal dos estabelecimentos de saúde, mas também há muitas que consultam a parteira tradicional quando têm problemas durante a gravidez, para que ela verifique se o bebé está em boa posição, corrigindo-a se considerar necessário, ou para determinar o seu sexo. Há uma preferência generalizada pelo parto em casa, sendo geralmente assistido por familiares ou pela parteira tradicional. O período pós-parto envolve uma série de procedimentos baseados na permanência da mãe com o recém-nascido em casa, seguindo determinadas prescrições e restrições alimentares, e na aplicação de calor sob diversas formas. Actualmente, mantém-se a prática de diversos rituais tradicionais associados ao nascimento, apresentando variações regionais.
- O efeito do sorriso na percepção psicológica da pessoaPublication . Freitas-Magalhães, Armindo; Neto, FélixO objectivo do estudo foi o de verificar o efeito do sorriso na percepção psicológica da pessoa em jovens, adultos, idosos e jovens negros. Pretendia-se verificar se o sorriso contribui para os traços diferenciais entre os grupos humanos em estudo e se o mesmo era descritor de género. O estudo envolveu um delineamento transversal analítico ou estudo não-experimental, também classificado por estudo pós-facto, estudo de observação passiva ou estudo correlacional e de observação, de comparação entre grupos, mediante o juízo ou julgamento psicológico da face neutra e do tipo de sorriso contrastados, de matriz factorial 4 x 2 x 2 (face neutra, sorriso fechado, sorriso superior, sorriso largo; género dos estímulos; género dos respondentes) e a sua finalidade foi descrever a percepção psicológica do sorriso em função das variáveis género do estímulo, género do respondente e grupo étnico, na Escala de Percepção do Sorriso (EPS), em formato diferenciador semântico, com 19 itens bipolares opostos, tendo a avaliação sido feita numa escala ordinal de 1 a 7 pontos, nas dimensões Avaliação (12 itens) e Movimento Expressivo (7 itens) resultante dos estudos preliminares sobre a atractividade facial (estudo preliminar 1) e a escolha de dípolos de adjectivos preditores para percepção psicológica da face neutra (estudo preliminar 2). Nos estudos principais 1, 2 e 3 foram utilizados 24 estímulos fotográficos apresentando o tipo de sorriso (fechado, superior e largo) e a face neutra (12 do estímulo mulher e 12 do estímulo homem) referentes aos três grupos etários (18-25 anos, 40-50 anos e 60-70 anos) e a Escala de Percepção do Sorriso (EPS) foi aplicada a uma amostra não probabilística ou intencional do tipo homogénea de 480 participantes portugueses de ambos os géneros (240 mulheres e 240 homens) distribuídos por grupos etários de jovens (80 mulheres e 80 homens, média: 22.2 anos), adultos (80 mulheres e 80 homens, média: 43.1 anos) e idosos (80 mulheres e 80 homens, média: 65.0 anos) No estudo principal 4, foram utilizados 8 estímulos fotográficos apresentando o tipo de sorriso (fechado, superior e largo) e a face neutra (4 do estímulo mulher e 4 do estímulo homem) de universitários de Cabo Verde, a estudar em Portugal, e a Escala de Percepção do Sorriso (EPS) foi aplicada a uma amostra não probabilística ou intencional do tipo homogénea de 160 participantes de ambos os géneros (80 mulheres e 80 homens) e estudantes universitários portugueses (média: 21.8 anos). Os resultados revelam e confirmam o efeito do sorriso na percepção psicológica da pessoa, à semelhança de outros estudos, isto é, sorrir torna a percepção psicológica mais positiva ou negativa e verifica-se que tal sucede em função do género do estímulo e do género do respondente. As diferenças significativas na percepção da face neutra e tipo de sorriso contrastados são justificadas pela pertença de género de quem os percepciona e pela pertença do género de quem é percepcionado. Tal apenas não sucede no factor Avaliação do grupo dos adultos. Os resultados obtidos indicam que, quer no factor Avaliação quer no factor Movimento Expressivo, os tipos de sorriso largo e superior são os que registam médias ponderadas mais elevadas. Pelo contrário, a face neutra e o sorriso fechado registam valores menos elevados na percepção. A análise da percepção da pessoa em função da face neutra e tipo de sorriso contrastados revelou uma correspondência entre a expressão facial, o género do estímulo e o género do respondente. No factor Avaliação, a mulher é percepcionada mais positivamente que o homem, verificando-se o inverso no factor Movimento Expressivo no grupo dos adultos e dos idosos. Verificou-se efeito do sorriso na percepção psicológica dos estímulos de cor negra. No grupo dos jovens que percepcionaram estímulos de cor negra, o homem é considerado mais positivo que a mulher em ambos os factores. O efeito significativo do género revela que a sua percepção é condicionada pelo seu próprio género. Os resultados apontam ainda para a configuração pronunciada de uma hierarquização ascendente da face neutra e tipo de sorriso contrastados em dois conjuntos bem delimitados e distinguindo diferentes formas topográficas de sorrir: a face neutra e o sorriso fechado e o sorriso superior e o sorriso largo.
- Homofobia : medo de quê, medo de quem? : análise dos componentes das atitudes homofóbicasPublication . Faria, Miguel Nuno Pereira Silva; Miranda, Joana; Joaquim, TeresaO objectivo deste estudo consistiu na avaliação da influência de um conjunto de variáveis (preditores) nas atitudes homofóbicas. Foi elaborado um modelo estrutural, onde como preditores foram escolhidos o hipergénero, a dominância social, as atitudes perante a sexualidade e o índice de religiosidade, tendo as atitudes homofóbicas sido consideradas segundo os níveis cognitivo, afectivo e comportamental. Foi recolhida uma amostra de 1322 participantes, que foram divididos em quatro grupos, de acordo com o sexo (masculino/feminino) e idade (18-25 anos/35-50 anos). Após a confirmação da adequabilidade da inclusão do modelo tripartido das atitudes homofóbicas, foram construídos e testados os modelos estruturais para cada um dos quatro grupos. Os resultados mostraram que, de uma forma geral, nas diferenças entre os vários grupos, o factor sexo teve um efeito superior ao factor idade, tendo o número de efeitos de interacção entre estes dois factores sido relativamente baixo. A análise geral dos modelos estruturais obtidos traduziu este facto de forma marcada, já que evidenciou, em primeiro lugar, a igualdade entre os modelos correspondentes aos dois grupos de participantes masculinos, enquanto os modelos relativos aos grupos femininos apenas exibiram uma semelhança parcial. A nível das variáveis utilizadas como preditores, observou-se que o índice de religiosidade esteve presente nas raízes principais dos modelos de todos os grupos, com ligações preferenciais ao nível cognitivo no sexo masculino e ao nível afectivo no sexo feminino, enquanto as atitudes perante a sexualidade estiveram ausentes das raízes significativas em todas as circunstâncias. Por outro lado, verificou-se no sexo masculino a ausência de preditores significativos para o nível afectivo, tendo sido predominantes as ligações ao nível cognitivo, enquanto o sexo feminino apresentou um comportamento mais diversificado, dependendo do grupo etário considerado. Estes resultados são discutidos de acordo com o enquadramento teórico apresentado na primeira parte do trabalho.
- Violência conjugal contra a mulher : representações sociais e práticas dos profissionais de saúde face às mulheres vítimasPublication . Calvinho, Salete; Ramos, NatáliaA Organização Mundial de Saúde classifica a violência conjugal contra a mulher como um problema e uma prioridade de saúde pública pelo que os profissionais de saúde devem intervir ao nível da prevenção, do diagnóstico, do acompanhamento e encaminhamento da mulher com alterações na saúde secundárias à violência (OMS, 1996; WHO, 2002). A violência conjugal contra a mulher é responsável por grande morbilidade, aumento dos casos de mortalidade e pode ter consequências permanentes para a mulher e sociedade, com mais consumo de recursos de saúde e mais propensão a comportamentos de risco para a saúde. As mulheres vítimas manifestam dificuldades para solicitar o apoio dos profissionais de saúde, nomeadamente por processos psicológicos complexos de reacção à violência mas, também por falta de condições e confiança para abordar o assunto com os profissionais. Face a estes pressupostos delineamos um desenho de investigação centrado no paradigma qualitativo, do tipo estudo de caso e ancorado na teoria das representações sociais, com os seguintes objectivos: conhecer as representações sociais dos profissionais de saúde, que contactam com mulheres vítimas de violência conjugal, sobre a violência conjugal contra a mulher; analisar a articulação entre os diversos profissionais de saúde que atendem mulheres vítimas de violência conjugal. Colaboraram no estudo enfermeiros (as), médicos (as), psicólogas e assistentes sociais, a exercer em contexto de prestação de cuidados de saúde na comunidade e no hospital. Utilizou-se como técnicas de recolha de dados a entrevista semi-estruturada e a técnica da associação livre de palavras (TALP). Os resultados apontam para a necessidade de formação específica sobre a questão da violência conjugal e em comunicação em saúde destes profissionais, assim como de políticas públicas adequadas. Salientam também a necessidade de recursos de saúde e de uma intervenção articulada com os outros recursos da comunidade para a prevenção, diagnóstico e encaminhamento das mulheres vítimas de violência conjugal.