Psicologia | Teses
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Browsing Psicologia | Teses by Sustainable Development Goals (SDG) "10:Reduzir as Desigualdades"
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- Os avós na família e sociedade contemporânea : uma abordagem intergeracional e interculturalPublication . Rodrigues, João Paulo Vieira; Ramos, NatáliaO estudo sobre a importância dos avós na família e sociedade contemporâneas visa compreender qual o papel que os avós têm para a dinâmica familiar, quer como recurso quer como transmissão de saberes numa perspectiva intergeracional. Foram analisadas neste estudo 50 famílias, 25 famílias num contexto rural e 25 famílias num contexto urbano. Foram entrevistadas diferentes gerações ou seja, pais, mães, avós e avôs do mesmo núcleo familiar perfazendo um total de 200 entrevistas. Concluiu-se que os avós são um recurso familiar, social e económico imprescindível e são muito importantes na transmissão de valores sociais e culturais e no cuidar dos seus netos. Também a transmissão de saberes por parte dos avós, sobretudo das avós sobre os cuidados infantis, são uma mais-valia para as mães que estão a iniciar o seu projeto maternal. Na atualidade, os recursos de saúde disponíveis são melhores no entanto os recursos de saúde locais nem sempre dão resposta às necessidades dos pais e das mães. A utilização de cuidados tradicionais diminuiu, apesar de alguns ainda continuarem a ser utilizados pelas avós. Verifica-se uma diminuição intergeracional na importância e transmissão das práticas e valores religiosos dos pais, educação e na proteção infantil, apesar dos mesmos não se oporem a que os seus filhos frequentem as igrejas ou pratiquem a religião. A investigação sublinha a manutenção da importância do núcleo familiar para a qualidade de vida, bem-estar e crescimento harmonioso dos seus elementos, assim como da solidariedade familiar existente entre avós, pais e netos.
- Imigrantes ucranianos em Portugal : da satisfação das necessidades de imigração à adopção de comportamentos saudáveisPublication . Sousa, José Edmundo Xavier Furtado de; Ramos, NatáliaA Ucrânia é a segunda comunidade estrangeira mais representativa em Portugal, com 52.293 imigrantes ucranianos que representavam, em 2009, 12% do universo da comunidade estrangeira a residir em Portugal. As necessidades resultantes do processo de migração iniciam-se no país de origem, e confrontam-se com as singularidades que irão encontrar na sociedade de acolhimento. Os modos de aculturação interferem na adopção dos comportamentos saudáveis. Este enquadramento sugere-nos a finalidade deste estudo assim como a pergunta de partida. A finalidade é conhecer e interpretar o perfil sócio demográfico e comportamental dos imigrantes ucranianos em Portugal. O que se traduz na seguinte pergunta de partida: “que relação existe entre o processo migratório dos Imigrantes Ucranianos em Portugal, a satisfação das necessidades emergentes desse movimento migratório e a adopção de comportamentos de saúde?”. Utilizamos a triangulação de métodos, a recolha de dados ocorreu através do inquérito quer na forma de questionário, quer na de entrevista. Realçamos que, devido às características culturais e linguísticas, optamos por administrar um questionário bilingue. Os itens emergiram baseados na observação participada, na revisão de literatura e em entrevistas exploratórias que nos permitiram conceber um corpus de conhecimento. A amostragem foi probabilística, por conglomerados. Na sequência do procedimento, o conglomerado que constitui a amostra do nosso estudo, corresponde ao distrito de Lisboa sendo constituído por 1970 associados inscritos na Associação dos Ucranianos Imigrantes de Lisboa e na Escola Ucraniana “Dyvosvit”. Destes participaram, voluntariamente, 143 imigrantes ucranianos, que constituem a nossa amostra. Como principal resultado salientamos a existência de uma relação estatisticamente significativa e positiva entre a Satisfação das Necessidades de Imigração e a adopção de Comportamentos Saudáveis, globalmente quanto mais satisfeitas estiverem as necessidades de imigração, maior será a adopção de comportamentos saudáveis. Poderemos concluir, que o modo de aculturação do imigrante ucraniano à sociedade de acolhimento influencia a adopção de comportamentos saudáveis.
- Migração, saúde e qualidade de vida : brasileiros residentes na região de LisboaPublication . Reis, Lyria; Ramos, NatáliaA mobilidade humana é uma constante no mundo globalizado. Historicamente o Brasil tem sido um país de imigrantes. Por vários motivos, a partir dos anos 50 do século passado, muitos brasileiros tornaram-se emigrantes tendo como principais destinos migratórios os Estados Unidos, o Paraguai, o Japão, Portugal, Inglaterra, Itália entre outros. Em 2011 a comunidade brasileira residente em Portugal contava com 111.445 indivíduos (42,6% do sexo masculino e 57,4% do sexo feminino), contabilizando 25,5% dos imigrantes com situação regularizada junto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. A mudança de um país para outro provoca modificações no contexto biopsicossocial dos indivíduos. Nesse movimento, o migrante deixa o seu espaço conhecido e vai de encontro ao novo e passará por um processo de adaptação nos mais diversos aspetos da sua vida quotidiana, processo esse que acontecerá de diferentes formas e com maior ou menor dificuldade para cada pessoa. Nas migrações internacionais, a adaptação poderá ser mais ou menos fácil, de acordo com aspetos relacionados tanto ao indivíduo quanto ao meio que o envolve. Os indivíduos poderão alterar comportamentos relacionados à saúde e estilos de vida, adequando-se à nova realidade encontrada. Algumas alterações poderão ser prejudiciais à saúde das pessoas quando estas abandonam hábitos saudáveis e adotam hábitos prejudiciais que podem dar origem a doenças crónicas. Esta investigação tem como objetivo conhecer e compreender a situação dos imigrantes brasileiros residentes na região de Lisboa, a sua relação com a saúde e a doença, o seu processo migratório e os possíveis efeitos deste sobre a sua saúde, os seus estilos de vida e qualidade de vida, analisados comparativamente (pré e pós migração) através das crenças e comportamentos face à saúde e a doença, a inserção no contexto de saúde brasileiro e português, os estilos de vida adotados em Portugal e a qualidade de vida desta comunidade. A investigação é exploratória, descritiva e transversal e utiliza uma amostra não probabilística. Foram entrevistados 120 brasileiros, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, residentes em Portugal há pelo menos um ano e que, após esclarecimento por escrito, concordaram em responder a um inquérito construído especificamente para esta investigação. Utilizou também o WHOQOL-breve para o estudo da qualidade de vida destes imigrantes. O tratamento dos dados foi realizado através de análise quantitativa (estatística descritiva) e qualitativa (análise de conteúdo e temática). Os principais resultados indicaram alterações nos comportamentos relacionados à saúde, nomeadamente no consumo de bebidas alcoólicas, na prática de atividade física e na procura por serviços de saúde. A pesquisa vem alertar para as múltiplas dimensões implicadas no processo de adaptação dos imigrantes. Para além dos aspetos legais e políticos, a adaptação e a integração dos imigrantes deverá ser realizada também na dimensão psicossocial, através do aumento dos apoios e informações sobre recursos existentes para os imigrantes, como também da necessidade de reorganização das suas redes de suporte social, do desenvolvimento do sentimento de pertença e da promoção e desenvolvimento de hábitos e estilos de vida saudáveis.
- Qualidade de vida e saúde mental em contexto migratório : um estudo com brasileiros e portugueses residentes na cidade de Genebra/SuiçaPublication . Rodrigues, Ieda Franken; Ramos, NatáliaA relação entre migração e busca por melhores condições de vida, qualidade de vida, tem-se registado como uma das maiores forças vectoriais na decisão de imigrar. Actualmente, há cerca de 200 milhões de migrantes no mundo (ONU, 2007). Porém entre a chegada ao país de acolhimento e a real melhoria da qualidade de vida atravessam-se aí inumeras situações de sofrimento vivenciados pelo actor migrante. Esta pesquisa tem por objectivo geral investigar o fenómeno migratório internacional, a qualidade de vida e a saúde mental entre brasileiros e portugueses imigrantes, residentes na cidade de Genebra/Suíça. Utiliza-se o suporte da teoria das Representações Sociais. Trata-se de uma pesquisa de campo, com abordagem multimétodo, envolvendo 509 imigrantes. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Associação Livre de Palavras; WOQOL-bref; Questionário biossociodemográfico; SQR-20; Questionário com questões pertinentes sobre a temática estudada, e Entrevista Semi-Dirigida. Os dados obtidos pelos questionários, WOQOL-bref e SQR-20 foram analizados pelo pacote estatístico SPSS-16; e os recolhidos pela técnica de Associação Livre de Palavras foram analisados por Análise Factorial de Correspondência através do software Tri-DeuxMots; e os recolhidos pela entrevista, foram analisados pela Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados revelaram: que as migrações internacionais intra e extra europeia apresentam diferenças significativas na vida destes actores sociais: as associações evocadas reflectem as diferentes formas de inserção na sociedade de acolhimento; a avaliação positiva da qualidade de vida e da saúde mental são mais elevadas na população com maior tempo de imigração; a imigração laboral foi a motivação para imigrar; as maiores facilidades encontradas foram os transportes e as dificuldades, encontrar moradia. Concluiu-se que as representações sociais um melhor entendimento sobre as atividades cognitivas, simbólicas e afectivas dos participantes nas suas interações cotidianas e posicionamentos sociais. A avaliação da qualidade de vida e da saúde mental resultou mais positiva quanto maior o tempo de imigração. Espera-se que estes resultados contribuam para aprofundar o estudo das migrações internacionais bem como proporcionar mudanças que favoreçam a população imigrante.