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A criação de uma (nova) divindade é obviamente um fenómeno que transporta em si, consciente ou inconscientemente, um conjunto de motivações e de características que fazem do (novo) deus e do seu culto novos e diferentes contributos para os plasmas culturais e mentais onde ocorre. Serápis, o grande deus da antiga cidade de Alexandria, não fugiu à regra.
O seu papel religioso-cultual derivou, simultaneamente, das motivações político-ideológicas que estiveram na base da criação e da manutenção do seu culto pelos primeiros Ptolomeus e dos seus idiossincráticos e sincréticos atributos e funções. Na prática, todos estes elementos se conjugam numa mistura comportamental e atitudinal global e integral que, só por razões operatórias, devemos compartimentar e isolar.
Neste texto, destaca-se a acção efectiva desempenhada por Serápis em prol da harmonização (mas não fusão) das culturas e das memórias religiosas e cultuais de Gregos e de Egípcios e, pelo seu sentido ideológico, a vertente de figura protectora da dinastia ptolomaica e da cidade de Alexandria que assumiu e cumpriu.
O culto de Serápis é por ninterpretado à luz da caleidoscópica multiplicidade de aspectos (harmonização intercultural, reorganização das memórias religioso-cultuais e protecção à Casa Real lágida) que nele convergem e que dele divergem.
e Neste pequeno texto são descritos e comentados os dois bustos de Serápis do Museu Nacional de Arqueologia que correspondem, no fundo, à representação iconográfico-cultual típica de Serápis
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Pedagogical Context
Citation
Sales, José das Candeias - Motivações e valências ideológicas do culto alexandrino de Serápis in Serápis nos confins do Império: O complexo sagrado de Panóias, Vila Real, 2013, pp. 20-24
