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- Literatura e históriaPublication . Reis, Carlos; Vila Maior, Dionísio
- Poesia, história e a voz outraPublication . Vila Maior, DionísioTendo em consideração a relação entre Poesia e História, procurar-se-á refletir sobre o impulso dialógico do discurso, bem como sobre a relação entre a essência instintiva e a abordagem intelectiva do fazer poético, fatores conformadores da verdade do texto poético. Seguindo esse raciocínio, lembrar-se-á, no diálogo entre texto literário e o outro contextual, a problemática da referência, bem como a da dimensão gnosiológica e da medida simbólica intrínsecas ao texto literário, bases necessárias para (suportando a “compreensão responsiva” bakhtiniana) o acrescento do eu-sujeito produtor e do outro-leitor (Octavio Paz).
- Identidade(s) : literatura, língua e históriaPublication . Vila Maior, Dionísio
- Jose Saramago: ficção, história e Memorial do ConventoPublication . Vila Maior, DionísioQuando, em 1990, José Saramago publica no Jornal de Letras um artigo intitulado «História e ficção», pode dizer-se que não só atesta, ao nível da teorização literária em geral, a importância da problemática inerente à relação entre História e Literatura, como, sobretudo, vinca um cunho de algum modo programático da sua obra narrativa. Para apreendermos com nitidez qual a posição assumida por Saramago, parece-nos desde já indispensável atentar, nesse artigo, numa reflexão estreitamente relacionada com a questão que diz respeito às duas soluções discursivas possíveis, pelas quais um romancista que escolhe os “caminhos da História” pode optar: «[…] uma, discreta e respeitosa, consistirá em reproduzir ponto por ponto os factos conhecidos, sendo a ficção mera servidora duma fidelidade que se quer inatacável; a outra, ousada, leva-lo-á a entretecer dados históricos não mais que suficientes num tecido ficcional que se manterá predominante. Porém, estes dois vastos mundos, o mundo das verdades históricas e o mundo das verdades ficcionais, à primeira vista inconciliáveis, podem vir a ser harmonizados na instância narradora» (SARAMAGO, 1990: 19). Trata-se, como se vê, de uma passagem muito sugestiva, menos pela novidade do que pelas pistas que desvela. Com efeito, para além de nela esclarecer algo sobre o problema acarretado por um tipo particular de escrita literária narrativa, Saramago ajuda-nos a abrir caminho para um dos domínios mais delicados dos estudos literários — a relação entre História e Literatura —, e isto pelas consequências que, em termos operatórios, ele arrasta a um determinado nível: o que engloba a discussão dos termos e conceitos ficcionalidade, referência, verdade, mundo possível, História, pacto de leitura, relação verdade—ficção e relação História—ficção. Assim, as duas opções acima referidas por Saramago conduzem-nos, em primeiro lugar, a uma reflexão geral sobre o problema da ficcionalidade. A leitura de um romance como o Memorial do Convento obviamente que não interessa apenas adoptando uma atitude inconsequente (que consistiria na mera identificação dos elementos ficcionais desse texto, pela verificação do tipo de existência que lhes podemos atribuir). É, com efeito, necessário reflectir sobre o carácter ficcional do discurso literário, tentando compreender, a um nível imediato, as virtualidades técnico-discursivas e, a um nível mediato, as estruturas profundas de índole semântico-ideológica que estão inerentes a essa discursividade. Para isso, há que fazer apelo à Teoria da Literatura, à Narratologia, à Semântica e à Pragmática.
- Futurismo: entre a carnavalização e a reedificaçãoPublication . Vila Maior, DionísioProcuraremos refletir sobre algumas das figurações literárias, estéticas e artísticas que configuraram o gesto vanguardista futurista (italiano e português): um forte sentido de carnavalização e de transcensão; a intensificação da desumanização do sujeito; a categorização pluridiscursiva do discurso e gesto futuristas; a configuração de uma atitude de revolta, que passa, em primeira instância, por uma reconfiguração da relação entre o indivíduo futurista e a coletividade e, em última instância, pela reconfiguração da identidade dessa coletividade. Nesse sentido, recorreremos a um corpus de trabalho delimitado essencialmente pelos manifestos literários do Futurismo Italiano e do Futurismo Português, neles acentuando a relação entre o indivíduo e a coletividade, entre o eu, ou o nós, futurista e o outro coletivo — procurando, então, justificar até que ponto essa relação conjuga a atitude de confronto aberto, o desacordo com a coletividade, com a modificação da consciência coletiva e a construção de um novo estádio histórico e de uma nova identidade.