Repository logo
 
Loading...
Profile Picture
Person

Silva Mendes Coelho, Maria Paula

Search Results

Now showing 1 - 4 of 4
  • Ensinar poesia no século XXI : a (im)possível resposta a um desejo infinito : do comparativismo à "hospitalidade" de Maria Gabriela Llansol
    Publication . Coelho, Paula Mendes
    A partir de um programa de promoção da leitura concebido por mim, aliado à minha própria investigação e docência no âmbito dos Estudos comparados, este artigo pretende contribuir para o debate em torno do papel desempenhado pela poesia, no contexto da atual crise das Humanidades.
  • Questões de poética simbolista : estudo comparativo
    Publication . Coelho, Paula Mendes; Gorceix, Paul; Reis, Carlos
    Trata-se nesta tese de questionar uma poética – a simbolista de expressão francesa - tendo por horizonte o inegável “risco” representado por Mallarmé, ou antes, pela sua “arquitectura” teórica e, como objectivo, uma reavaliação do Simbolismo, a partir da reapreciação e “desmontagem” de alguns lugares comuns que a História e a Crítica literárias, em geral, vieram a perpetuar. Parte-se da reavaliação do soneto “Correspondances” de Baudelaire, da teoria das “correspondências” (tidos como o fundamento “natural” do Simbolismo), todavia entendidos aqui na perspectiva acordo/desacordo, num distanciamento da Weltanshauung de matriz decadentista, do “homem decadente”, ponto de partida para a “dinâmica “ do movimento simbolista, para uma Estética da Modernidade. Dá-se conta do debate teórico em torno do conceito de símbolo (que teve lugar na década de 1885-1895), protagonizado por poetas tidos pela crítica como minores, mas cujo contributo se revelaria determinante para a reconstituição da rede teórico-doutrinária do movimento simbolista. Traça-se assim um percurso através de diferentes textos teóricos/doutrinários/poéticos, nas suas parecenças/contiguidades/contradições, na procura de uma “essência” primeira e do entendimento global da poética questionada. São assim detectados vectores que conduzem ao papel determinante da música (entre idealidade e arquitectura formal, bem longe do “De la musique avant toute chose...” de Verlaine), vectores que inesperadamente conduzem à recuperação do”humano”, da “sensação”, adquirindo uma dimensão nova, quando confrontados com a “arquitectura teórica” de Mallarmé, sobretudo quando articulados com o seu “démon de l´analogie”, conducente a uma “estética do objecto”, numa ligação inesperada às Artes Decorativas, ou seja, uma poética que se encontra nos antípodas de uma poética do “vago”, do “fluido”, tal como é geralmente considerada pela crítica. Este confronto constitui parte integrante do fenómeno simbolista, cuja especificidade enquanto entidade só é possível delimitar quando equacionada com as obras dos Simbolistas belgas (de origem flamenga, mas de língua francesa), cujo contributo teórico e poético se revelou da maior importância para o Simbolismo. A especificidade deste simbolismo é analisada, na sua relação privilegiada com o Romantismo alemão, através sobretudo do “diálogo intertextual” que fomos estabelecendo entre os textos de Novalis, de Maeterlinck e do místico flamengo Ruysbroeck. (importância do “inconsciente”, da “intuição”...) As conclusões acerca da “sugestão poética” e do processo de “simbolização”, no âmbito da tradicional oposição entre “alegoria” e “símbolo” (reafirmação da dicotomia vs reabilitação benjaminiana da alegoria), revelam-se decisivas para a compreensão dos mecanismos da escrita simbolista: a transformação dos valores “negativos” (obscuridade, indefinição, indeterminação), em valores performantes e operatórios. O símbolo (symbolon) aparece enquanto elo de ligação primordial, e o Simbolismo, enquanto última tentativa de reconciliação, através da arte, do sujeito com o mundo, com o universo.