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- Transição para o ensino secundário em Portugal: vozes de estudantes sobre dificuldades académicasPublication . Torres, Ana Cristina; Mouraz, AnaO artigo apresenta e discute perspetivas de estudantes recém-chegados ao ensino secundário sobre as principais dificuldades acadêmicas que referem ter sentido na transição para esta última etapa obrigatória da escolaridade em Portugal, relacionando-as com a organização curricular das modalidades dos seus cursos. De acordo com as perspetivas recolhidas em seis grupos de discussão focalizada, esta transição parece configurar-se de sentimentos mais positivos para estudantes em cursos profissionais do que para estudantes em cursos científico-humanísticos. Os primeiros apenas referem ter de adaptar-se à elevada carga horária dos cursos. Os segundos lutam com a rapidez e exigência do ensino e do trabalho autônomo resultantes da pressão dos programas e exames. Estes resultados suportam a necessidade de se conceder maior flexibilidade e abertura à organização curricular do ensino secundário.
- Perspectives on the transition to higher education in Europe: an approach focused on literaturePublication . Pinto, Daniela; Lopes, Amélia; Mouraz, AnaThis article aims to map the research trends on the processes of students’ transition to higher education in the European context. For this, a review of literature was carried out, aiming to understand how the processes of transition to higher education in Europe are being studied. The qualitative analysis of these references allowed us to understand how the research relates to the social and political situations in the contexts in which it occurs, and it was possible to identify relationships between research perspectives and the challenges of educational contexts over time. From this premise, there are also differences found between studies of the European context, in general, and those that are specific to the Portuguese context. While in the European context an educational perspective on the transition is highlighted, in the Portuguese context, a more psychological or individual perspective was found, with a greater focus on the student and his/her characteristics.
- Os referenciais de avaliação externa para o ensino superior: o caso do e-learningPublication . Henriques, Susana; Abelha, Marta; Seabra, Filipa; Mouraz, AnaDiretrizes internacionais têm vindo a salientar a importância de um referencial de qualidade que suporte a acreditação quer das Instituições de Ensino Superior (IES), quer dos seus ciclos de estudos (CE). Em Portugal os referenciais para a avaliação externa são definidos para todas as IES pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) e encontram-se expressos no Regulamento nº392/20131. Sendo a Universidade Aberta a única instituição pública de ensino a distância (EaD) nem sempre os referenciais dão conta das especificidades organizacionais desta instituição e dos seus CE. A nível europeu, a European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA) desenvolveu um referencial, Standards and Guidelines for Quality Assurance in the European Higher Education Area (EGS)2 (2015). Considerou-se que este referencial constituía um tronco comum que compreendia os processos de garantia da qualidade para e-learning. Contudo, três anos mais tarde (2018) a ENQA reconhece a necessidade de referenciais específicos que impulsionem as IES com EaD no seu desenvolvimento metodológico e melhoria contínua. Define, assim, um conjunto de considerações orientadoras, Considerations for Quality Assurance of e-learning provision3. O objetivo era o de criar um novo enfoque para domínios que requerem orientações sobre a sua aplicação em contextos de e-learning. Neste texto entendemos e-learning como o conjunto de processos de ensino e aprendizagem que são facilitados pelo uso das tecnologias digitais e em rede. E EaD aquela que engloba recursos, ferramentas e práticas que empregam uma estrutura de partilha aberta para melhorar a eficácia do acesso educacional e procura aumentar as oportunidades educacionais aproveitando o poder da Internet, permitindo uma disseminação rápida e essencialmente gratuita do conhecimento, bem como a conexão e colaboração entre pessoas (OED, 2018). Propomos neste texto apresentar e discutir resultados de um exercício em que se confrontam os referenciais de qualidade aplicados em Portugal pela A3ES e as considerações da ENQA para o e-learning, identificando pontos de convergência e de especificidade.
- Os debates como estratégia de trabalho curricular participado dos estudantes no ensino superior: cumprindo o desígnio da coesão social e da inclusãoPublication . Vale, Ana; Mouraz, AnaA ideia da economia do conhecimento “knowledge economy” tem sido estruturante, desde o início do século, do trabalho desenvolvido no Ensino Superior, quer pela sua influência nos critérios de qualidade do ensino e aprendizagem disponibilizados, quer pela valorização e privilégio dado às finalidades económicas do ensino superior, presentes nos discursos dos responsáveis institucionais e dos governos (cf. por exemplo o argumentário da meta dos 40% de graduados com o HE dos cidadãos com menos de 35 anos). Um dos aspetos essenciais da economia do conhecimento está associado à volatilidade do mercado de trabalho, e à mutação constante da configuração dos empregos, que torna mais necessárias competências transversais e de auto regulação das aprendizagens. A pergunta que daí decorre é a de questionar se as Instituições de Ensino Superior estão a preparar todos os seus estudantes para esses cenários, cumprindo o desígnio da coesão social e da inclusão, necessário à sua contribuição para o aperfeiçoamento da democracia. O outro conceito estruturante que fundamenta este trabalho, agora de um ponto de vista mais pedagógico é o da voz dos estudantes. Se o termo pode ser entendido em diferentes contextos, incluindo os mais políticos, como o reconhecimento de que os estudantes são parte integral do sistema e por isso têm uma voz que deve ser ouvida, neste texto interessa-nos evidenciar o sentido pedagógico do conceito, quer pelo reconhecimento de que os estudantes são o primeiro agente da sua aprendizagem, quer pelo reconhecimento da diversidade epistémica da produção do conhecimento, quer ainda pela valorização dos atos de fala, de escuta e do direito a ser ouvido, como produtores de competências discursiva e argumentativa. Os debates são um exemplo de estratégia pedagógica que implica uma maior participação dos estudantes porque pressupõe que estes são elementos ativos e críticos na aquisição do saber que a Universidade lhes propõe. Produzir saber sobre as formas de melhor implementar e assegurar a qualidade científica dos debates, pensados como estratégia pedagógica, é o propósito deste capítulo. São seus objetivos caracterizar o trabalho docente associado à implementação da metodologia dos debates em sala de aula; identificar as competências transversais associadas à maior participação nos debates; estudar a adesão dos estudantes à metodologia; identificar os constrangimentos associados à sua implementação; discutir os efeitos da implementação da metodologia à luz dos conceitos de coesão social e de inclusão que o Ensino Superior deve perseguir. O capítulo decorre de um estudo empírico realizado na Universidade do Porto sobre a importância dos debates como estratégia pedagógica, conduzido no ano de 2016. Realizaramse 10 entrevistas a professores que incluíram o recurso aos debates como estratégia pedagógicas das suas Unidades Curriculares. Os 10 professores pertencem a 10 diferentes faculdades da U. Porto. As entrevistas semiestruturadas, ou “conversas com um objetivo”, foram audiogravadas, e posteriormente transcritas e objeto de análise de conteúdo. Entre os resultados da análise verificou-se a diversidade do uso do debate por parte dos docentes e a constatação de que estes nem sempre avaliavam o resultado da prática. Tal resultado autorizaria discutir a questão da presença/ausência da prática reflexiva docente, se este também fosse um objetivo do capítulo. Outro resultado, constatado em algumas das UC, dá conta que os alunos (em alguns casos) não valorizam a prática, não lhe reconhecem valor ou pertinência, o que torna as aulas, e sobretudo os conteúdos e produtos dos debates (as competências transversais associadas) pouco significativos. Também as dinâmicas do debate, realizadas com todo o auditório, não são de molde a envolver todos os estudantes, o que desvanece a finalidade de coesão social com que se problematiza o assunto.
- Reinventar o currículo para inovar as práticas: a utilização das tecnologias pelos professores veteranosPublication . Morgado, José Carlos; Mouraz, Ana; Freires, ThiagoA inovação nas escolas passou a ser uma tendência nos discursos sobre a melhoria educativa, associada à mudança necessária das práticas para assegurar essa melhoria que, por sua vez, são exigidas pelo desafio de preparar estudantes para um futuro imprevisível. A relação do conceito de inovação às tecnologias da informação é obvia e naturalizada. Não é, por isso, estranho que aos professores veteranos também se associe uma maior dificuldade de acesso às tecnologias da informação que assim contribuiriam para obstaculizar a inovação necessária, ao mesmo tempo que aos estudantes, habituados desde o berço a deslizar os dedos pelos ecrãs dos telemóveis e I-pads, se associa uma competência digital quase “inata”. Todavia esse “digital gap” dos professores veteranos, tal como a proficiência “inata” dos estudantes parecem ser crenças infundadas. Esta comunicação, que se inclui no âmbito do projeto Migrações digitais e inovação curricular: ressignificar a experiência e (re)encantar a profissão docente depois dos 50 (REKINDLE+50) é uma revisão de literatura sobre o uso das tecnologias pelos professores veteranos, realizada com o objetivo de contribuir para o debate que tem vindo a realizar-se em torno do mito do “digital gap”.
- Between external influence and autonomy of schools: effects of external evaluation of schoolsPublication . Mouraz, Ana; Leite, Carlinda; Fernandes, PreciosaThe article analyzes the relationship between the External Evaluation of Schools (EES) – which takes place in Portugal since 2006 – and the curricular management processes. Its objective is to identify the effects of this evaluation on the curriculum management of schools. Data were collected by 108 questionnaires, two interviews and two focus groups in two Portuguese school groups with two distinct situations: a school group that rose in the rankings from the first to the second evaluation cycle (from 2006-2011/2012 to 2012-2015/2016) and the other one which dropped. The data analysis showed that the EES had a moderate impact on the curricular practices of the school group studied. However, there was a difference: the school group that rose in the rankings recognizes in more aspects and with more clarity the impact of EES on the restructure of its curricular practices.