Loading...
5 results
Search Results
Now showing 1 - 5 of 5
- Contributos para a análise de modelos organizativos de Intervenção Precoce na Infância em PortugalPublication . Gronita, Joaquim; Ramos, Natália; Pimentel, Júlia SerpaA presente pesquisa pretende contribuir para uma caraterização pormenorizada dos modelos organizativos da Intervenção Precoce na Infância, clarificando a sua diversidade organizativa e a sua relação com as práticas. Procurou-se recolher as ideias dos profissionais sobre a operacionalização da Intervenção Precoce na Infância na comunidade onde desenvolvem a sua atividade profissional. Participaram no estudo organismos/equipas de doze distritos, a partir dos quais caraterizamos modelos organizativos da Intervenção Precoce na Infância em Portugal. O primeiro estudo incide sobre as perceções dos profissionais e é um estudo descritivo, onde se analisam 62 respostas a um questionário aplicado ao mesmo número de equipas sobre o modelo organizativo e funcional da intervenção precoce na área geográfica do inquirido. O segundo é um estudo de caso, onde são observadas as práticas. É um estudo qualitativo e exploratório, que visa compreender quais os procedimentos dos profissionais de intervenção precoce observados no âmbito do desempenho das suas tarefas profissionais. Analisámos a heterogeneidade dos organismos/equipas de Intervenção Precoce na Infância e as suas implicações nas dimensões organizacionais e nas práticas profissionais. Os resultados confirmam que têm coexistido em Portugal diferentes modelos organizativos das respostas em Intervenção Precoce na Infância e a inexistência de opções políticas nacionais consistentes, claras e amplas, com vista ao atendimento das crianças nos primeiros anos de vida e das suas famílias. Esta diversidade organizativa tem repercussões nas práticas profissionais. Encontramos caraterísticas dos modelos organizativos e das práticas de gestão que agrupam os organismos/equipas de intervenção precoce na infância entre si e percebemos a influência destas modalidades na prática dos profissionais, aproximando-as ou afastando-as das práticas recomendadas. Emergiram recomendações que parecem adequar as práticas profissionais à realidade da sociedade portuguesa. A par da afetação de pessoal, assinala-se a necessidade de concertação com os de outros programas, de modo a afirmar uma estratégia global para a resolução dos problemas que afetam as crianças com menos de seis anos, na sociedade portuguesa. Reconhecemos a importância da participação das Contributos para a Análise de Modelos Organizativos de Intervenção Precoce na Infância em Portugal organizações não governamentais e da sociedade civil em geral, no desenvolvimento das comunidades, influenciadoras do desenvolvimento das crianças e das suas famílias. As organizações não governamentais, envolviam e articulavam muito mais com toda a comunidade, incluindo as estruturas oficiais o que nem sempre acontecia, quando a iniciativa da resposta social era das entidades públicas. A legislação fomentou a estatização da IPI, desresponsabilizando e condicionando a iniciativa privada e a participação da sociedade civil na resolução dos problemas das crianças e das suas famílias. No segundo estudo observámos práticas de profissionais de um organismo de Intervenção Precoce na Infância. Procuramos compreender a apropriação dos profissionais em relação às teorias, modelos, conceitos e recomendações internacionais. Neste estudo estivemos mais centrados no que efetivamente acontece, nas funções/tarefas dos profissionais, no âmbito do atendimento às crianças/famílias. Os casos observados proporcionaram a compreensão do que se passa no atendimento das crianças e das famílias e a sua relação com a maneira como a resposta social está organizada. Concluímos que as práticas dos profissionais são diferentes, mesmo quando partilham o mesmo enquadramento teórico e combinam práticas. Esta diferença, quando relacionada com as características específicas das famílias/crianças e dos seus contextos de vida, pode ser considerada como uma prática recomendada e um procedimento de adequação à realidade social e cultural portuguesa. Reconheceram-se procedimentos dos profissionais que visam reunir informação da criança e da família, numa perspetiva holística e que, genericamente correspondem às recomendações internacionais. O estudo identifica práticas recomendadas.
- E quando atendemos crianças... diferentes: como podem os profissionais orientar as famílias com criança com deficiênciaPublication . Gronita, Joaquim; Pimental, Júlia; Matos, Cátia; Bernardo, Ana Cristina; Marques, JoanaAs crianças que se desenvolvem de uma forma harmoniosa e saudável são o melhor garante de futuro para qualquer sociedade. Porém, a pobreza, a exclusão social, a violência e tantos outros fenómenos com um forte impacto negativo no respeito pelos mais fundamentais direitos das crianças encontram nelas ainda uma grande vulnerabilidade apesar de todos os instrumentos legais e sociais que foram sendo criados para sua protecção. Continuam, ainda hoje, a ser muito impressionantes e reveladores da nossa incapacidade de cuidar dos mais novos os números relativos a crianças vítimas ou em risco de negligência, maus tratos ou abandono. Por tudo isto, a Fundação Calouste Gulbenkian, desde a sua criação, tem apoiado instituições, projectos e iniciativas que promovem o desenvolvimento equilibrado das crianças, muito particularmente daquelas que, por força das circunstâncias, se encontram em situações de maior vulnerabilidade ou em risco de exclusão. É o caso das crianças em risco de atraso de desenvolvimento, portadoras de deficiência, ou com necessidades educativas especiais. Geralmente as suas famílias vivem sentimentos de decepção, isolamento social, stress, frustração e desespero. Para ajudar estas crianças a superarem ou diminuírem as limitações que resultam dos atrasos de desenvolvimento é recomendado que se inicie, tão cedo quanto possível, uma intervenção multidisciplinar que inclua a prestação de serviços educativos, terapêuticos e sociais a estas crianças e às suas famílias. Foi neste quadro que a Fundação apoiou, ao longo de três anos, a realização, no concelho de Sesimbra, do projecto-piloto Intervenção Precoce – O Processo de Construção de Boas Práticas, para apoiar as crianças dos 0 aos 6 anos com deficiência ou atraso de desenvolvimento e suas famílias. O projecto foi executado pela Cercizimbra e coordenado pela Cooperativa TorreGuia tendo os respectivos resultados sido validados por uma avaliação independente realizada pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Como corolário de todo o trabalho e reflexão desenvolvidos no quadro do projecto, a Fundação decidiu apoiar a divulgação de informação relevante e de recomendações destinadas às famílias destas crianças e aos profissionais que com elas interagem. Esta brochura “E quando atendemos crianças diferentes” que agora publicamos foi preparada para dar resposta e orientação aos profissionais que na sua actividade se deparam com crianças com necessidades de acompanhamento especial.Damos, desta forma, continuidade a uma linha iniciada com a publicação da brochura “Os Nossos Filhos São Diferentes” dirigida aos Pais, contribuindo para disponibilizar informação necessária às famílias e aos profissionais para os ajudar a identificar, o mais precocemente possível, sinais de atrasos de desenvolvimento nas crianças e a poderem encaminhá-las para os Serviços competentes. Dado o interesse que esta brochura tem suscitado, a Fundação Calouste Gulbenkian toma agora a iniciativa de a reeditar e distribuir pelos profissionais que atuam nesta área. Cabe-nos agradecer à Professora Júlia Serpa Pimentel pelo papel fundamental que tem tido na divulgação destes materiais. Isabel Mota Administradora - Fundação Calouste Gulbenkian
- Os nossos filhos são… diferentes: como podem os pais lidar com uma criança com deficiênciaPublication . Gronita, Joaquim; Pimentel, Júlia; Bernardo, Ana Cristina; Matos, Cátia; Marques, JoanaAs problemáticas ligadas às crianças e aos jovens têm vindo, cada vez mais, a assumir um carácter prioritário na actuação da Fundação Calouste Gulbenkian, que pretende contribuir para promover o desenvolvimento equilibrado das crianças, sobretudo daquelas que se encontram em situações de risco social e pessoal. Assim, a intervenção através de projectos-piloto inovadores, estruturantes e identificadores de boas práticas tem ganho expressão, pretendendo-se, desta forma, encontrar novas e melhores respostas para as necessidades sociais, que sejam replicáveis noutros contextos. O projecto Intervenção Precoce – O Processo de Construção de Boas Práticas, desenvolvido no concelho de Sesimbra, foi um projecto-piloto que procurou melhorar e alargar a resposta às necessidades de famílias com crianças com deficiência ou em situação de risco. Os resultados alcançados ao fim de três anos, validados por uma avaliação independente, indicam que o reforço de capacidade e de qualidade dos serviços prestados pela equipa de intervenção precoce viabilizaram uma actuação mais atempada e em rede com os vários intervenientes: famílias, unidades de saúde, estabelecimentos de ensino e organizações de solidariedade social. Trata-se pois de uma prática aconselhável para facilitar a integração e o desenvolvimento destas crianças. Esta brochura foi concebida em 2009 para informar as famílias, tendo sido distribuída pelos serviços de saúde nacionais e pelos centros de intervenção precoce espalhados por todo o país. O interesse manifestado pelos pais e o reconhecimento da utilidade desta ferramenta por parte dos profissionais que acompanham as crianças, levam-nos a publicá-la pela terceira vez em 2016. Cabe-nos agradecer à Professora Júlia Serpa Pimentel pelo papel fundamental que tem tido na divulgação destes materiais. Isabel Mota - Administradora Fundação - Calouste Gulbenkian
- Intervenção precoce na infância enquanto processo de inclusão e de desenvolvimentoPublication . Gronita, JoaquimEm Portugal, a Intervenção Precoce na Infância tem sofrido uma rápida evolução na sua operacionalização, refletindo a apropriação de algumas teorias e modelos internacionais que a enquadram, assim como a evolução de valores e princípios, consubstanciada nas diferentes Declarações Universais. O movimento da educação inclusiva emergiu em Portugal, nesta última perspetiva evolutiva. Na apropriação dos modelos e práticas recomendados internacionalmente, importa contemplar as dimensões culturais e sociais específicas que caraterizam o povo português, com especial evidência para o grau de participação das famílias, a sua atitude e modo como exercem a cidadania. O fortalecimento das famílias portuguesas para lidar com a situação problemática que estão a vivenciar, respeitando a sua cultura, é imprescindível para que a intervenção dos profissionais não se constitua como mais um grande fator de stresse para as famílias/crianças.
- Intervenção precoce: o processo de construção de boas práticas: relatório finalPublication . Gronita, Joaquim; Bernardo, Ana Cristina; Marques, Joana; Matos, Cátia; Pimentel, JúliaO projeto apresentado neste texto focaliza-se no Serviço Técnico de Intervenção Precoce, da Cercizimbra e visa a promoção e a identificação de boas práticas em IPI, assim como o estudo do seu processo de construção. A focalização num único serviço permitirá um grau de investimento e aprofundamento mais intenso e pormenorizado daquelas práticas. O presente relatório discriminará, na íntegra, as atividades desenvolvidas no âmbito do projeto Intervenção Precoce – O Processo de Construção de Boas Práticas desde o último trimestre de 2005 até Setembro de 2008. Numa primeira parte – O processo de construção de boas práticas: da implementação ao impacto do projeto no STIP –, após uma breve contextualização teórica do projeto, faz-se a caracterização da Entidade Promotora e Parcerias, assim como do Serviço Técnico de Intervenção Precoce (STIP). Nesta primeira parte, são ainda definidos os objetivos gerais e específicos do projeto, os aspetos metodológicos da sua implementação e o impacto que o projeto teve no STIP. Na segunda parte – Estudo de avaliação do Serviço de Intervenção Precoce (STIP) da Cercizimbra – após a definição dos objetivos e questões gerais de investigação, apresenta-se o método, caracterizando-se o local e equipa do estudo avaliativo e os participantes das diversas fases, os instrumentos utilizados e os procedimentos de implementação do estudo. Após a apresentação e análise dos dados, faz-se a sua discussão, terminando com algumas conclusões do estudo avaliativo relativamente às perceções dos profissionais do STIP, das famílias atendidas e da comunidade, bem como às práticas observadas. Na terceira parte apresentam-se as conclusões gerais do projeto, salientando-se o seu impacto geral e, no seu âmbito, algumas práticas recomendadas em IPI adaptadas à realidade Portuguesa.