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- Encontrar o outro nos livros : a literatura juvenil ao serviço da construção de uma cidadania globalPublication . Tomé, Maria da Conceição; Bastos, GlóriaA questão do Outro, na actual sociedade global, reveste-se de grande importância, tendo em conta as grandes transformações ocorridas nas últimas décadas. A construção de uma cidadania global passa incontestavelmente pela formação dos mais jovens para o respeito e aceitação do Outro e da sua diferença. Neste contexto, a literatura juvenil é um espaço privilegiado de encontro dos jovens com a diversidade cultural, com a alteridade e a diferença, apoiando o desenvolvimento de competências interculturais. Pretende-se neste texto analisar a importância da literatura juvenil para a formação da cidadania global dos leitores (pré)adolescentes, pelo encontro que possibilita com imagens sociais e culturais do Outro.
- O outro na literatura juvenil portuguesa no novo milénio : vozes, silêncios, (con)figuraçõesPublication . Tomé, Maria da Conceição; Bastos, GlóriaEm Portugal, desde a década de 80 que uma literatura de potencial recepção juvenil tem vindo a marcar território a nível editorial, deparando-se os leitores com produções inseridas em várias tendências, desde os textos realistas aos textos fantásticos, passando pelas narrativas de aventura e mistério. A literatura juvenil constitui-se como um lugar de cruzamento de olhares do leitor com a Alteridade e outras culturas e formas de ver o Mundo, podendo ser um espaço de encontro fraternal com o Outro ou um privilegiado disseminador de estereótipos. As práticas discursivas, entre as quais integramos os textos literários, têm poderosos efeitos ideológicos, pelo modo como representam a realidade, sendo mecanismos que produzem e reproduzem as relações de poder. Neste contexto, os textos literários, enquanto formas de discurso, mas também os autores, enquanto agentes sociais, contribuem para a criação de imagens culturais e sociais do Outro e para a consolidação, em alguns casos, de preconceitos. Neste estudo, analisam-se as narrativas de recorte realista publicadas em Portugal entre1995 e 2010, nas suas especificidades narrativas, linguísticas e literárias, centrando-se a análise ao nível da história e ao nível do discurso, procurando verificar-se a relação que as mesmas estabelecem, a nível temático e formal, com um leitor modelo inserido numa fase específica de desenvolvimento (adolescência). Por outro lado, buscam-se as representações da Alteridade presentes num corpus de produções literárias de autores portugueses, estudando-se o seu impacto ideológico sobre o potencial público receptor e a forma como remetem para um conjunto de modelos socioculturais. No contexto das representações da Alteridade, analisam-se não só as imagens do «estrangeiro», mas também do Outro que, embora vivendo entre nós, é percepcionado como diferente e/ou estranho, nomeadamente o Outro cigano, o Outro gordo, o Outro homossexual e o Outro portador de deficiência física ou mental. Nas narrativas analisadas surgem vozes que consolidam (con)figurações da alteridade e outras que desconstroem estereótipos. Por outro lado, abundam os silêncios que a seu modo cristalizam visões e não suscitam o encontro com o Outro.
- A Amazónia em livros para os mais novos: espaços de encontro e de aprendizagemPublication . Bastos, Glória; Tomé, Maria da ConceiçãoA literatura funciona como um local para a criação de significado cultural, e especificamente os livros para os mais novos refletem e fazem refletir sobre normas e valores sociais. Neste sentido, analisam-se dois livros para crianças e jovens com ação situada na Amazónia, concretamente, Yara/Iara e Uma aventura na Amazónia, procurando identificar as imagens transmitidas, seguindo uma leitura de aproximação à ecocrítica, e examinando de que forma podem promover a ecoliteracia junto dos seus potenciais leitores. Ao retratar ambientes naturais e culturais distintos, estes livros colocam a criança perante a variedade que caracteriza o mundo, desenvolvendo um discurso através da palavra e da ilustração que, com diferentes graus de complexidade, em função da faixa etária alvo de cada obra, facilita a compreensão da alteridade e procura uma implicação do leitor na defesa do contexto retratado, a floresta amazónica.